Fabrício de Paula Lima e sua esposa Roberta
Não é que com os testemunhos dos irmãos acabamos também aprendendo umas dicas para um apostolado? Fabrício, - de Campinas SP - defendeu há poucos dias sua dissertação de mestrado e está fazendo as últimas alterações antes da homologação do documento. Para a defesa ele entregou apenas um boneco, sem diversos campos, como dedicatória e agradecimento.
Ele comentou que há um bom tempo tinha a intenção de colocar na dedicatória uma "declaração" de sua fé, algo que o identifica-se como católico, como crente em Cristo Nosso Senhor. Por esse motivo lhe veio à cabeça colocar na dedicatória o Credo. No entanto, o seu mestrado foi na educação, ambiente deveras habitado por marxistas, ateus e anti-católicos. Por esse motivo ele tinha pensado em colocar o credo em latim ou grego, pelo simples prazer de causar curiosidade e espanto naqueles que, ao lerem sua dissertação se deparassem com "aquelas palavras estranhas". Para informação ele gostaria de saber qual a versão original: o grego ou latim.
O parabenizei pelo Mestrado e por nos ter dado essa dica, de deixar nosso selo cristão em trabalhos acadêmicos. Ficou perfeito. O indiquei a deixar o grego clássico pelo fato dele ser mais trabalhoso e atiçar mais a curiosidade dos futuros leitores. O latim seria uma boa idéia mas como as palavras aparentam um grau de semelhança com o português logo de cara daria para notar que se trata de um texto religioso.
Sobre a antiguidades das linguas, a filologia românica não apresenta ao certo a data exata do surgimento das linguas clássicas porque tanto Roma como Grécia nascem através de lendas, não tendo uma definição exata de data nem do percurso da formação dos idiomas. Tudo o que se pressupõe nos livros e teses são apenas teorias. Agora, na Igreja o idioma primário foi o grego, como São Paulo utilizou a filosofia grega para apresentar o Cristianismo aos judeus e pagãos era certo que além de suas cartas os textos litúrgicos e o idioma eram grego mudando para o latim sob a determinação de um Concílio cujo nome não recordo no momento. O que permaneceu de grego no ordinário foi o Kyrie Eleison.
O Credo Niceno-Constantinopolitano em grego é desse modo:
Πιστεύω είς ενα Θεόν,
Πατέρα, παντοκράτορα,
ποιητήν ουρανού καί γής,
ορατών τε πάντων καί αοράτων.
Καί είς ενα Κύριον,
Ίησούν Χριστόν,
τόν Υιόν του Θεού μονογενή,
τόν εκ του Πατρός γεννηθέντα πρό πάντων τών αιώνων.
Φώς εκ φωτός,
Θεόν αληθινόν εκ Θεού αληθινού γεννηθέντα,
ού ποιηθέντα, ομοούσιον τώ Πατρί,
ού δι 'τά πάντα εγένετο.
Ημάς τούς ανθρώπους καί διά τήν ημετέραν σωτηρίαν κατελθόντα εκ τών ουρανών καί σαρκωθέντα εκ Πνεύματος
'Αγίου Τόν δι' καί Μαρίας τής Παρθένου καί ενανθρωπήσαντα.
Επί Ποντίου Πιλάτου καί παθόντα καί Σταυρωθέντα τε υπέρ ημών ταφέντα.
Καί αναστάντα τή τρίτη ημέρα κατά τάς Γραφάς.
Καί ανελθόντα είς τούς ουρανούς καί καθεζόμενον εκ δεξιών τού Πατρός.
Καί πάλιν ερχόμενον μετά δόξης κρίναι ζώντας καί νεκρούς,
ού τής βασιλείας ουκ εσται τέλος. Καί είς τό Πνεύμα τό ¨
Αγιον, τό Κύριον, τό ζωοποιόν, τό εκ τού Πατρός εκπορευόμενον, τό σύν Πατρί καί Υιώ συμπροσκυνούμενον καί συνδοξαζόμενον, τό λαλήσαν διά τών Προφητών.
Είς μίαν, αγίαν, καθολικήν καί αποστολικήν Έκκλησίαν.
'Ομολογώ εν βάπτισμα είς άφεσιν αμαρτιών. Προσδοκώ ανάστασιν νεκρών.
Καί ζωήν τού μέλλοντος αιώνος.
Άμήν.
Fabrício levantou uma questão que o preocupava no grego sobre o Filioque. De fato, essa versão do grego professa o Espirito Santo como procedente do Pai, apenas. Ele ficou de continuar pesquisando por uma versão grega adequada. Caso não encontrasse, optaria pela via latina.
E encontrou uma versão compatível com o Filioque neste site: http://www.prayerfoundation.org/nicene_creed.htm e recomendou cuidado para a versão em letras capitulares trás a expressão "και εκ του Υιού".
Houve também um questionamento da necessidade de adicionar o Filoque ao credo, pois mesmo os bizantinos gregos usam o credo sem o filioque, embora aceitem o filioque como doutrina, por tradição não o exprimem na fórmula da fé. Não se sabe se existe uma versão do credo em grego clássico por esta razão, acredita-se que os únicos que usam o grego clássico na liturgia são os gregos de rito bizantino (católicos ou ortodoxos) e ambos não exprimem o Filioque no creio, de forma que será difícil encontrar o texto já com o Filioque. A não ser que este seja adicionado à posteriori, mas ainda poderia causar risco de ser artificial e difícil de mais para algo que a própria Igreja achou desnecessário, ao aprovar o uso do rito bizantino sem o Filioque.
Após isso ele ainda encontrou uma versão melhor ainda com o Filoque.
Πιστεύω εἰς ἕνα Θεόν,
Πατέρα, Παντοκράτορα,
ποιητὴν οὐρανοῦ καὶ γῆς,
ὁρατῶν τε πάντων καὶ ἀοράτων.
Καὶ εἰς ἕνα Κύριον Ἰησοῦν Χριστόν,
τὸν Υἱὸν τοῦ Θεοῦ τὸν μονογενῆ,
τὸν ἐκ τοῦ Πατρὸς γεννηθέντα πρὸ πάντων τῶν αἰώνων·
φῶς ἐκ φωτός,
Θεὸν ἀληθινὸν ἐκ Θεοῦ ἀληθινοῦ,
γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα,
ὁμοούσιον τῷ Πατρί,
δι' οὗ τὰ πάντα ἐγένετο.
Τὸν δι' ἡμᾶς τοὺς ἀνθρώπους καὶ διὰ τὴν ἡμετέραν σωτηρίαν κατελθόντα ἐκ τῶν οὐρανῶν καὶ σαρκωθέντα ἐκ Πνεύματος Ἁγίου καὶ Μαρίας τῆς Παρθένου καὶ ἐνανθρωπήσαντα.
Σταυρωθέντα τε ὑπὲρ ἡμῶν ἐπὶ Ποντίου Πιλάτου, καὶ παθόντα καὶ ταφέντα.
Καὶ ἀναστάντα τῇ τρίτῃ ἡμέρα κατὰ τὰς Γραφάς.
Καὶ ἀνελθόντα εἰς τοὺς οὐρανοὺς καὶ καθεζόμενον ἐκ δεξιῶν τοῦ Πατρός.
Καὶ πάλιν ἐρχόμενον μετὰ δόξης κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς, οὗ τῆς βασιλείας οὐκ ἔσται τέλος
Καὶ εἰς τὸ Πνεῦμα τὸ Ἅγιον, τὸ κύριον, τὸ ζωοποιόν, τὸ ἐκ τοῦ Πατρὸς και εκ του Υιού ἐκπορευόμενον, τὸ σὺν Πατρὶ καὶ Υἱῷ συμπροσκυνούμενον καὶ συνδοξαζόμενον, τὸ λαλῆσαν διὰ τῶν προφητῶν.
Εἰς μίαν, Ἁγίαν, Καθολικὴν καὶ Ἀποστολικὴν Ἐκκλησίαν.
Ὁμολογῶ ἓν βάπτισμα εἰς ἄφεσιν ἁμαρτιῶν.
Προσδοκῶ ἀνάστασιν νεκρῶν.
Καὶ ζωὴν τοῦ μέλλοντος αἰῶνος.
Ἀμήν.
Ele ficou de se decidir se vai usar mesmo a versão grega ou a latina. Como tudo na vida ele sempre entregou nas mãos do Senhor, vai orar para melhor resposta.