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Profeta Maomé


Profeta é quem fala em nome de Deus. Alguém que contraria o que fala Deus pode ser profeta? 

Respeitamos os muçulmanos, por muitas coisas em comum que têm conosco. Mas são infiéis, sua religião é falsa, e Maomé foi instrumento do demônio! Tudo o que divide e aparta da Igreja procede do diabo! Ele se baseou em muitas coisas retiradas da heresia do nestorianismo para compor sua doutrina. 

É interessante a experiência de Ambrose Lisle Phillipps, que voltou a ganhar relevância nos dias de hoje, pois ele, no século XIX, quando deixou o anglicanismo pelo catolicismo imaginou algo muito parecido com a atual disposição tomada por Bento XVI a respeito da recepção de anglicanos na Igreja Católica.

Conta ele em suas memórias, que antes de sua conversão vivia obcecado pelos preconceitos dos anglicanos a respeito de Papa, que seria o anticristo... coisa do gênero, quando teve uma visão que o levou à fé católica. Nesta visão, ele teria recebido a revelação que Maomé era o anticristo, pois ele negava a divindade de Jesus. Segue o texto:

"One day in the year 1823, as I was rambling along the foot of the hills in the neighbourhood of the school, and meditating, as was my wont in those boyish days, over the strange Protestant theory that the Pope of Rome is the Anti-Christ of Prophecy, all of a sudden I saw a bright light in the heavens, and I heard a voice which said: 'Mahomet is the Anti-Christ, for he denieth the Father and the Son.' On my return home in the next holidays I looked for a Koran and there I found those remarkable words, 'God neither begetteth nor is begotten.'"

(Ambrose Lisle Phillipps)

Não sei se é verdade. Aliás, todo aquele que combate a Cristo é um anticristo, mas a observação é pertinente. 

Há muitos textos apologéticos mencionando com ênfase que ele mantivera um casamento com uma menina de 9 anos e teve posso de muitos escravos. Todas as essas coisas não são suficientes para impugnar Muhammad, mas só o fato de ter fundado uma religião em base em outra suposta revelação. Golpe do baú e posse de escravos não são nada que mancharia a memória de um santo. Nem mesmo o casamento com uma menina de 9 anos, pois naquela época, e com um costume totalmente diferente, poderia ser visto como normal o casamento com essa idade. 

Além de que, seria um simplismo aplicar essas expressões atuais à vida de Muhammad. Nem todos os valores de nossa sociedade contemporânea são de lei natural, e há alguns que não são princípios primários da lei natural, estando, portanto, encobertos à mentalidade de certos povos ou de certas épocas. 

Eu não vejo pecado em ter escravos, a não ser que a pessoa entenda que a escravidão fere a dignidade humana. Isso dificilmente iria acontecer nos dias do aparecimento do Islão, bem como não aconteceria durante séculos posteriores, no seio do próprio cristianismo. São Paulo não aconselhou Onésimo a voltar para Filêmon, o seu senhor cristão?

Quanto a casar com uma menina, também não é algo intrinsecamente mau, já que em sociedades cristãs, esses casamentos precoces também não são estranhos. Dona Carlota Joaquina casou-se com 10 anos de idade.

A questão da poligamia seria a única de que se pode acusar Muhammad, embora não pudesse ser considerada um pecado para os santos do Antigo Testamento, como Jacó, Davi e Salomão, já que não é um preceito primário da lei natural, e, como tal, admitiu dispensa transitória nos tempos do Antigo Testamento. No entanto, não pertence aos preceitos que imutavelmente se encontram impressos no coração humano, ainda não alcançado pelo evangelho (S. Th., I-II, q.94, a.6).  

Casamentos precoces ocorreram no seio do cristianismo. A questão da idade é uma norma eclesiástica, mas não creio ser de direito divino. De direito divino, penso ser apenas que o contraente tenha atingido já a idade da razão.

E, pelo que eu entendo do islamismo, a visão que eles têm de seu mensageiro é inferior a que nós temos de Jesus, o filho de Deus. Como eu disse, todos os mensageiros apontados pelo Islão são humanos; nenhum deles é Deus, ou filho de Deus, incluindo Jesus, que, para eles, é o profeta Isa ou Issa.

Além disso, o culto dos santos e a veneração à família do Profeta é admitido somente no ramo do islamismo conhecido como xiismo, sendo seus adeptos minoria no Islão. 


E Muhammad não é considerado o filho de Deus pelos muçulmanos. Ele é considerado um mensageiro, o maior dos mensageiros, mas ainda assim perfeitamente humano.

O primeiro dos mensageiros foi Nuh (Noé); o último, Muhammad (Surata 4:163). O primeiro dos profetas foi Adam (Adão). 

Há uma passagem do Alcorão que diz que Deus não pode ter um filho.

Os muçulmanos acusam a Bíblia de ter sofrido tahrif ("corrupção"), pelo fato de que consideram escandalosas as condutas morais descritas nela, dos profetas do Antigo Testamento, inclusive Jesus, que eles acusam, por exemplo, de ter se negado a permitir que um filho sepultasse seu pai, etc.  

Em português, é correto dizer "O Alcorão". Afinal, dizemos "o algodão", "o açúcar", e não "o godão", "o çúcar", etc.  A forma "Alcorão" já está incorporada à língua, não sendo portanto, pleonasmo. A forma "Corão" é que é artificial, importada. 

A crescente e velossíssima islamização da Europa pode vir a representar uma das maiores ameaças à democracia ocidental desde o Nazismo e desde os totalitarismos comunistas.

Este fenômeno possui suas origens nas doutrinas de filósofos muçulmanos que por meio da heresia gnóstica perenialista buscavam relativizar a fé católica. Guenon chegou a defender a união dos "pequenos mistérios com os grandes mistérios", o que quer dizer nada menos do que uma síntese pró-maçonaria cristã e Igreja Católica. Shuon semeou em várias sociedades esótericas e místicas (que moldam até hoje a ação política em vários países europeus) os princípios de conversão subliminar ao Islamismo.

O avanço do islamismo na Europa e sua ligação com o projeto da Nova Ordem Mundial que substituirá a velha ordem judaica e cristã) já se evidencia: O conselho de Direitos Humanos da ONU está tomado pelos países islâmicos que ocupam 17 cadeiras das 47 existentes, enquanto países de tradição democrática ocupam 11 cadeiras. As demais 19 cadeiras são compostas por países de tradição não democrática ou de situação política instável. Não é nenhum exagero dizer que o conselho de direitos humanos da ONU está ocupada por grupos terroristas que exercem poder de decisão política por meio da maioria simples.

É por isso que predomina na ONU hoje uma mentalidade anti-Israel, Pró-Irã, e uma certa tendência a negar símbolos cristãos em reuniões internacionais e a negar períodos históricos como o holocausto. 

O curioso é que a islamização da Europa deveria causar reação por parte daqueles que são considerados a vanguarda da modernidade civil européia: o movimento feminista e o movimento gay. Mas esses movimentos estão por demais vendidos à nova ordem mundial para se articularem contra o movimento islâmico que reduz em gigantescas proporções os direitos das mulheres e dos homossexuais.

Direitos de mulheres e gays são possivéis de serem estabelecidos em sociedades conservadoras ou liberais, a futura europa islâmica anti-cristã, anti-semita, xenófoba e androcêntrica irá estabelecer o novo sentido de nossa civilização.

O Papa Emérito Bento XVI já definiu a Europa como um continente fundamentado em alicerces cristãos, o que significa uma perda da identidade histórica e cultural da mesma diante o avanço islâmico. As críticas de Bento XVI ao mundo muçulmano são elogios educadíssimos perto, por exemplo, de passagens de São Tomás de Aquino na Suma contra os Gentios.

O Islamismo deve ser combatido enquanto uma ideologia política expansionista. Das grandes religiões mundiais o Islamismo é a única que possui um projeto revolucionário. Não é à toa que muitos comunistas e esquerdistas de hoje estão se convertendo aos Islamismo e estão recitando as suras do Alcorão.

Igreja & Islã, que valores tem em comum?

Uma vez que reconhecerem Jesus Cristo como Deus e Senhor teremos algo em comum. O narguilé, os damascos e o pistache nós já curtimos com eles, e os tapetes são maravilhosos!

Sim, eles cultuam, ainda de que de modo equivocado o mesmo Deus que nós. Mas isso não os exime de crerem em uma doutrina errada, e nem a nós de convertê-los. É importante buscarmos primeiro a salvação deles. O Papa tem trabalhado muito em busca de um ethos que possa ser aceito por todos os homens, inclusive os descrentes.

Isso não se confunde com relativismo ou irenismo. Mas por vezes a linha é tênue, e os exageros relativistas fazem com que a gente fique com certo pé atrás.

Sobre a questão da guerra recomendo a leitura do livro "A mística da Guerra: espiritualidade das armas no Cristianismo e no Islã" de Dag Tessore.

Santo Tomás de Aquino sobre a licitude da guerra contra os infiéis: ela é lícita não para obrigá-los a crer (mesmo quando vencidos e capturados se deixaria de qualquer forma a seu livre-arbítrio acreditar ou não), mas somente para obrigá-los a não criar obstáculos para a fé de Cristo. Precedência do que ensina a Dignitatis Humanae.

Uma curiosidade interessante de se relatar é que as chaves da Basílica do Santo Sepulcro e Jerusalém ficam sob a guarda de uma família de muçulmanos. Eles afirmam que isso é uma grande honra para eles.

Foram os próprios cristãos que pediram a essa família para guardasse as chaves com o fim de evitar brigas entre eles visto que as dependências do local são compartilhadas por ortodoxos, armenios, coptas e católicos (franciscanos). 

Mais de 10% da Rússia é muçulmana, além disso a Rússia domina e oprime regiões de maioria muçulmana com uma longa história, uma herança dos tempos czaristas, quando os eslavos começaram sua marcha e passaram a oprimir diversos povos, só no Cáucaso a Rússia já aprontou poucas e boas; então é compreensível que a Rússia também seja mal vista por muitos muçulmanos, e odiada por outros.  

Se Maomé e Marx não tivessem nascido o mundo hoje seria muito melhor, um é uma ditadura política, outro é uma ditadura política camuflada e misturada com religião, mais perigosa, duradoura e letal.

O problema será erradicar essas ideologias do mundo, o comunismo está quase no fim, mas o Islã  está bem enraizado, ainda, no mundo.
Os atuais seguidores do Islâ são totalmente desproporcionais, mas acredito que esse tema mereça mais pesquisa e debate, essa situação não se deve unicamente a religião. O fanatismo muçulmano talvez seja sintoma do medo de perder sua cultura, mas toda cultura está destinada a ser modificada. 

Os muçulmanos é que estão certos, enquanto que os cristãos, maioria na maioria dos países ocidentais, comportam-se como um bando de bundas moles quando procedem a ofensas a Cristo. Os cristãos já tiveram brios quando confrontados diante de ultrajes contra Deus, Jesus, etc. Para um cristão verdadeiro o nome de Deus é mais sagrado que a vida de um cartunista sacrílego, por exemplo. 

Em TODOS os países de maioria cristã as pessoas podem ter a religião que preferirem ou não ter nenhuma, assim como podem mudar de religião para outra ou para nenhuma e templos de várias religiões coexistem com as igrejas cristãs.

Agora o Islamismo varia:

1 - Em países como Afeganistão, Arábia Saudita, Somália e Maldivas o islamismo é a religião do Estado e não há templos religiosos de qualquer espécie, a não ser mesquitas. O Irã tem o islamismo como religião do Estado, mas permite a existência de templos religiosos não muçulmanos, mas somente para grupos religiosos reconhecidos, como armênios - católicos e cismáticos -, assírios - católicos e cismáticos - e católicos romanos, assim como para protestantes históricos terem suas igrejas.

No Afeganistão, Arábia Saudita, Irã e Somália apostasia do islamismo para o cristianismo católico ou para as seitas protestantes, como para religião nenhuma acarreta PENA DE MORTE. Nas Maldivas ocasiona pena pesada na cadeia.

2 - Em países como Indonésia, Malásia, Egito, Emirados Árabes e outros o islamismo é a religião de Estado. A apostasia do islamismo não acarreta pena de morte mas pode em alguns casos gerar prisões por motivos de apostasia do Islã. Todavia os cristãos e membros de outras religiões podem construir igrejas e templos, ter casas religiosas de publicações, e tem uma liberdade religiosa limitada a não fazer conversões de muçulmanos.

3 - Em países como a Turquia, Albania, Kosovo, Bósnia, Azerbaidjão, Cazaquistão e mais alguns o islamismo NÃO é a religião do Estado, que é laico. A apostasia do islamismo não acarreta pena de morte, e os cidadãos podem renegar o islamismo por outra religião ou nenhuma. Os cristãos e membros de outras religiões podem construir igrejas e templos, ter casas religiosas de publicações e fazer conversão de muçulmanos para suas religiões, tendo uma liberdade religiosa plena.

Não há uma igreja católica na Arábia Saudita, mas existem igrejas católicas no Kuwait, Bahrain, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iemen e Oman. Esta realidade na Península Arábica precisa mudar.

O fundamentalismo islâmico wahabita que vigora na Arábia Saudita não respeita nenhum culto religioso não islâmico, seja público e, pasmem, até privado. Nem orar dentro de casa é permitido.

O Islamismo ainda está bem dividido neste aspecto... 

O cristianismo tá certo e o Islã tá errado, basicamente essa é a diferença.


PARA CITAR ESTE ARTIGO:

Profeta Maomé David A. Conceição 06/2013 Tradição em Foco com Roma.

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