Faço aniversário em abril, geralmente na 5ª semana da quaresma, que no antigo rito era mais severa do que as outras 4 semanas por iniciar o “tempo da paixão”, e que ainda no rito atual conserva esse caráter. Logo, está mais do que na cara que é um dia impróprio para festejar o que quer que seja.
Eu costumo transferir minha festa sempre para o domingo subsequente ao dia do aniversário. Nesse caso, seria o domingo de Ramos. Mas estou na dúvida se é uma boa idéia. Há quem se abstenha de certos alimentos em todos os dias da quaresma, incluindo domingos, e além disso esse domingo inicia a Semana Santa. Por outro lado, na Páscoa, muita gente viaja. O que faço?
Eu costumo transferir minha festa sempre para o domingo subsequente ao dia do aniversário. Nesse caso, seria o domingo de Ramos. Mas estou na dúvida se é uma boa idéia. Há quem se abstenha de certos alimentos em todos os dias da quaresma, incluindo domingos, e além disso esse domingo inicia a Semana Santa. Por outro lado, na Páscoa, muita gente viaja. O que faço?
Pecado não é, pois a lei divina ou a canônica não proíbe. Mas é sumariamente inconveniente e contrário ao sentido do tempo litúrgico.
Fazer ou ir em festa no Sábado Santo eu considero inapropriado. É um dia de luto, igual à Sexta-feira Santa. O próprio termo “Sábado de Aleluia” é impróprio, porque a Vigília Pascal é na verdade parte do Domingo da Páscoa, mas na prática antecipado para sábado a noite (que liturgicamente já é domingo).
Exceto na Vigília Pascal no sábado, quando se sai de lá quase à meia-noite e aí comemora-se o aniversário. Teoricamente, já é domingo de Páscoa.
No dia de São José, 19, é solenidade; dia festivo, logo alegre. Não é próprio do dia se penitenciar. Mas é claro que pode-se manter as penitências que quiser; eu, por exemplo, me abstive de algumas coisas que só voltarei a fazer quando chegar a Páscoa, ininterruptamente. Essa é uma escolha muito pessoal.
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O padre John Bartunek, LC, ajuda na resposta:
“Em primeiro lugar, lembre-se que deve abster-se de carne às sextas-feiras durante a Quaresma. Esta é uma forma de penitência e mortificação de que toda a Igreja se envolve. Também façamos nossas penitências pessoais e disciplinas espirituais em unidade como uma família católica, com todos os nossos irmãos e irmãs de todo o mundo ao longo dos séculos. Então, se o seu evento, como por exemplo um jantar de formatura era para acontecer em uma sexta-feira, você realmente precisa evitar por exemplo, comer carne servido nas refeições.
Em segundo lugar, lembre-se também que a Igreja não retirou suas solenidades litúrgicas do calendário durante a Quaresma. Dia de São José e da Anunciação, muitas vezes caem dentro de Quaresma. Da mesma forma, domingos ainda são solenidades litúrgicas durante toda a Quaresma. Nas solenidades, a Igreja é capaz de celebrar os triunfos de Nosso Senhor, sem macular a atmosfera quaresmal.
Em terceiro lugar, se o aniversário ou uma formatura de alguém caísse durante a Quaresma, não haveria nenhuma razão para abandonar essa celebração. A formatura é uma conquista real, e deve ser comemorado. Para se ter uma comemoração especial em homenagem à conquista da pessoa e é um ato bom e justo a fazer. Você pode comemorar de todo o coração naquele dia, sem desistir ou comprometer suas disciplinas quaresmais de oração e penitência, e você pode até ser capaz de combiná-los. Por exemplo, poderia dar ao graduado um presente de formatura que se adequasse ao tempo quaresmal, como uma doação em seu nome a um orfanato católico ou uma instituição católica de ensino. Isso iria mostrar a apreciação tanto para a realização do seu irmão, e também para o espírito de auto-sacrifício quaresmal que pode expressar e promover.
Eu espero que você tenha em mente que a Igreja nesta matéria sempre se concentra em mais do que simplesmente seguir regras externas específicas. Ela deixa essas semanas como um momento de transformação na intensidade da nossa busca da intimidade com Deus, nosso Criador e Salvador. Se seguir todas as “regras” perfeitamente, mas não se envolver ativamente nessa busca, estaríamos perdendo o foco. A Quaresma é um período de renovação espiritual, de primavera para a limpeza da alma. As regras e práticas específicas que a Igreja exige e recomenda são todas feitas para nos impulsionar para a nossa santificação pessoal.”
Em segundo lugar, lembre-se também que a Igreja não retirou suas solenidades litúrgicas do calendário durante a Quaresma. Dia de São José e da Anunciação, muitas vezes caem dentro de Quaresma. Da mesma forma, domingos ainda são solenidades litúrgicas durante toda a Quaresma. Nas solenidades, a Igreja é capaz de celebrar os triunfos de Nosso Senhor, sem macular a atmosfera quaresmal.
Em terceiro lugar, se o aniversário ou uma formatura de alguém caísse durante a Quaresma, não haveria nenhuma razão para abandonar essa celebração. A formatura é uma conquista real, e deve ser comemorado. Para se ter uma comemoração especial em homenagem à conquista da pessoa e é um ato bom e justo a fazer. Você pode comemorar de todo o coração naquele dia, sem desistir ou comprometer suas disciplinas quaresmais de oração e penitência, e você pode até ser capaz de combiná-los. Por exemplo, poderia dar ao graduado um presente de formatura que se adequasse ao tempo quaresmal, como uma doação em seu nome a um orfanato católico ou uma instituição católica de ensino. Isso iria mostrar a apreciação tanto para a realização do seu irmão, e também para o espírito de auto-sacrifício quaresmal que pode expressar e promover.
Eu espero que você tenha em mente que a Igreja nesta matéria sempre se concentra em mais do que simplesmente seguir regras externas específicas. Ela deixa essas semanas como um momento de transformação na intensidade da nossa busca da intimidade com Deus, nosso Criador e Salvador. Se seguir todas as “regras” perfeitamente, mas não se envolver ativamente nessa busca, estaríamos perdendo o foco. A Quaresma é um período de renovação espiritual, de primavera para a limpeza da alma. As regras e práticas específicas que a Igreja exige e recomenda são todas feitas para nos impulsionar para a nossa santificação pessoal.”
O Padre Marcelo Tenório também nos orienta a respeito:
“A pessoa pode comemorar seu aniversário ou comparecer em uma festa de formatura ou de 15 anos sim, sem problema algum. A não ser que essa pessoa esteja sob penitência ou pertença à congregações com normas próprias para tempo quaresmal”
O que não podemos é dessacralizar o tempo quaresmal pelas comemorações. O padre da paróquia de Ana Maria Cunha é indiano e acha um absurdo o que acontece por aqui na Semana Santa, principalmente na Sexta Feira da Paixão. Ele diz que até na India é feriado neste dia e muitos não trabalham em respeito. E aqui muitos católicos não fazem jejum e alguns vão até em baladas e à praia. Muitos não conseguem fechar seus comercios. Isso porque são ignorantes no conhecimento doutrinário do que seja a Quaresma e os Ofícios Santos.
Uma pequena catequese
A Missa da Vigília e a Missa do Dia são diferentes ofícios para a mesma comemoração, da mesma forma que o Natal também possui três ofícios relacionados à mesma festa: missa da noite, da aurora e do dia. Qualquer uma delas cumpre o preceito, e o mesmo com as missas da Páscoa.
Cumpre-se o preceito durante todo o Tempo Pascal. Até porque o preceito é comungar PELA Páscoa, não NA Páscoa.
Ao que parece, o mandamento da Igreja não exige que se comungue na Páscoa, mas mormente uma vez por ano, de preferêcia na Páscoa ou no Tempo Pascal inteiro. Veja o Catecismo, parágrafo 2043:
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“O segundo mandamento (Confessar-se ao menos uma vez por ano) assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.”
Note que nada aí se diz sobre a Páscoa.
Código de Direito Canônico resolve o problema:
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“Cân. 920 - § 1. Todo fiel, depois que recebeu a santíssima Eucaristia pela primeira vez, tem a obrigação de receber a sagrada comunhão ao menos uma vez por ano.
§ 2. Esse preceito deve ser cumprido no tempo pascal, a não ser que, por justa causa, se cumpra em outro tempo dentro do ano.”
Nota de rodapé:
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“Como se vê, continua em vigor o preceito da comunhão pascal. Mas já não se impõe aos que chegaram ao uso da razão e sim aos que receberam a primeira Eucaristia. Insiste-se, no § 2, no tempo pascal, mas com uma fórmula bastante flexível: qualquer causa justa permite a transferência para outro tempo. Por tempo pascal, no sentido estrito, entende-se o que vai da quinta-feira santa (início do “tríduo pascal”) até o domingo de Pentecostes inclusive. As Faculdades decenais para os Bispos da América Latina permitiram ampliar o tempo do preceito da comunhão anual, do primeiro domingo de fevereiro, até o dia 16 de julho. Como já não se concedem essas faculdades e como a formulação atual da lei permite adaptações, cremos que o comum deveria ser tomar o tempo pascal em seu sentido próprio, deixando os casos especiais para essas adaptações permitidas.”
Dia de preceito nada tem a ver com dias de penitência. Não se deve comer carne em nenhuma sexta-feira do ano embora se possa substituir esta penitência por outra a critério do fiel, e nem por isso o dia é de preceito. O preceito se dá em dias santos de guarda, caracterizados pela solenidade e júbilo próprios da festa, e não à importância que o mistério possa significar.
É simples, devemos guardar os domingos e festas, na verdade, “festas” aqui se referem a algumas solenidades, porque o domingo é o dia solene por excelência, que nos remete ao mistério da ressurreição, centro de nossa fé e nossa alegria. O mesmo em algumas solenidades que estão de alguma forma relacionados ao centro da missão salvífica de Cristo - Natal, Imaculada Conceição, Corpus Christi, etc.
É isso que torna o dia santo e obriga o repouso e a santificação (consagração) do mesmo a Deus.
Sobre o órgão, no rito antigo o órgão era proibido em absoluto, mas no rito atual, segundo o cerimonial dos bispos, ele é permitido para sustentar o canto. Da mesma forma, a retirada ou ocultação das imagens com o véu é agora opcional, o que não significa que estes hábitos não devem ser justamente mantidos.
“Tristis est anima mea usque ad mortem sustinete hic et vigilate mecum - Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo.” (Evangelium secundum Matthaeum 26,38)
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