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Considerações da atitude de Pe Leonardo Holtz


Por Fr. Tiago de S. José, Carmelita Eremita

A propósito do que aconteceu com o Pe. Leonardo que decidiu se unir à FSSPX, desejo aqui fazer um depoimento pessoal como uma exortação para que, apesar de tudo, o seu exemplo não seja seguido.

Li sua entrevista em que ele comenta suas razões. Sem dúvida, há muitas razões... Eu posso dizer, sem perigo de estar mentindo ou de ser presunçoso que passei por tudo aquilo e talvez ainda mais. Só Deus sabe o que temos que sofrer pela Igreja nesses tempos tenebrosos que estamos vivendo!
Entretanto, também digo, e com a certeza absoluta de não estar errando que descobri por experiência própria que Deus não abandonou a sua Igreja!
Nada justifica deixar a comunhão da Igreja Católica! Um Reino dividido não subsistirá, advertiu Nosso Senhor. Que Eles sejam um! Rezou o Salvador no Monte das Oliveiras. Estes Cismas não colaboram senão para sangrar ainda mais as feridas do Corpo Místico de Cristo. Tenho certeza que este Padre vai se decepcionar com a FSSPX, como eu me decepcionei e muito (!), pois eles são muito bons para criticar, mas na hora de ajudar mesmo, são tão hipócritas quanto os piores modernistas! Digo isto porque os conheci bem e também tive estas ilusões!!!  E por acaso não acontecem também escândalos nos meios mais tradicionais? Por acaso ele não sabe dos gravíssimos escândalos que ocorreram em Econe?!
O que devemos fazer então? Oração, penitência e jejum. Eis o que Nossa Senhora nos pediu! Rezai também pelo Santo Padre! Nunca a Igreja passou por uma crise assim, entretanto, existe uma esperança, uma luz no fim do túnel. Feliz aquele que acreditar!
Eu posso dizer que hoje sou muito feliz! Celebro a missa no Rito Tradicional todos os dias e o ofício também. Ninguém vai me tirar isto! Nunca, jamais! Morro mártir mas não deixo de celebrar esta Santa Missa! Entretanto não deixo de estar na comunhão com a Igreja! E não faço nenhuma concessão a nenhuma forma de modernismo, nem de laxismo, nem de campanhas de fraternidade ou coisas parecidas! Somente sou um sacerdote católico e tenho direito de ter todos os recursos de santidade que a Santa Igreja viveu e aprovou!
Não quero com isso me gloriar, pois tudo é graça de Deus, mas quero somente exortar aos seminaristas e aos leigos que não julguem que um exemplo como desse padre deve ser seguido, pois, se eu tivesse um Bispo que se importasse comigo ou que me apoiasse, eu teria muito mais recursos que tenho agora! Entretanto, nunca tive apoio. Minha ordenação foi considerada um engano! Sou rejeitado e desprezado por aquilo que creio, mas ninguém me tira da Igreja! Isso é que me importa! E tenho certeza de que Deus está com aqueles que, rejeitando toda a profanação e secularismo, lutam pela renovação da Igreja de Cristo sem traí-la, nem abandoná-la, sob qualquer pretexto...
Rezemos por eles e permaneçamos firmes nesta barca que certamente nunca vai afundar, pois o Senhor está nela!
Salve Maria!
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A bipolaridade é uma doença emocional caracterizada por transtornos de humor. O bipolar tem momentos de depressão e outros de euforia excessiva (mania) e é por este motivo que as pessoas consideradas bipolares, até tempos atrás, eram chamadas de maníaco-depressivas.

O problema da bipolaridade é que o humor da pessoa reage de modo incompatível ou exagerado à situação e está sujeito a muitas variações que fogem ao controle, gerando muito sofrimento. Quando o bipolar está na sua fase maníaca, pode extrapolar quanto à noção de riscos e, em momentos de depressão, pode cometer atos extremos ou se retrair, ficar apático, etc., afetando suas atividades normais e rendimento.

Ambas as situações geram conflitos no relacionamento com as outras pessoas, podendo gerar relações desequilibradas, discussões impulsivas, dentre outros. Há também quadros mistos, em que euforia e depressão se misturam numa mesma fase e quadros em que, entre uma fase e outra, a pessoa pode ter um estado de humor normal ou apresentar leves sintomas. Em casos mais graves, estes intervalos não existem e o portador dificilmente levará uma vida dita normal e independente.

A bipolaridade é, muitas vezes, confundida com a depressão, uma vez que os portadores geralmente enfrentam mais momentos depressivos que de mania e o humor elevado é, muitas vezes, associado a um estado de felicidade normal da pessoa. Pode ser confundido também com o déficit de atenção, pela característica em comum de desatenção e agitação e tabém com o transtorno compulsivo obsessivo, uma vez que bipolares são auto-exigentes e extremistas. Desta forma, nem sempre o paciente é diagnosticado corretamente e não é raro serem tratados com antidepressivos, o que pode conferir uma melhora no estado depressivo, mas pode acarretar grandes problemas quanto ao estado maníaco, uma vez que potencializa o quadro.

Geralmente o tratamento é feito com estabilizadores de humor prescrevidos por médicos psiquiatras e acompanhamento psicológico. Boas noites de sono, exercícios físicos, boas relações afetivas, hobbies, alimentação saudável e espiritualidade são algumas formas de contribuir para se estabilizar o humor e conferir uma melhor qualidade de vida à pessoa, além da ajuda de amigos e familiares, principalmente no sentido de imposição de limites e compreensão, evitando julgamentos prévios e desnecessários.


Muitos estudos apontam que a bipolaridade é bem freqüente em artistas e pessoas com grande visibilidade, possivelmente pelo temperamento intenso, curioso, criativo, inovador e sensível destas pessoas. Nomes como Fernando Pessoa, Agatha Christie, Virginia Woolf, Cazuza, Axl Rose, Kurt Cobain, Elvis Presley, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Tchaikosvky, Mozart, Robin Williams, Jim Carrey, Marilyn Monroe, Vincent van Gogh, Platão, Isaac Newton, Abraham Lincoln e Ulysses Guimarães fazem parte da lista de bipolares famosos.


Por último, vale ressaltar que o diagnóstico e tratamento só podem ser feitos por profissionais psiquiatras competentes!


 

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