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De Artur Costa - médico e membro do Regnum ChristiSobre aos riscos da cesárea não existe manipulação do governo não. Os riscos são reais. Quanto a isso podem ficar tranquilos. A cesárea tem muito mas muito mais riscos tanto para a mãe quanto para o feto. Se a gente observar por uma lógica natural, o normal é que seja feito o parto normal, afinal o próprio Deus foi quem planejou toda a situação. Algumas desvantagens da cesárea que eu posso citar são:
1 - Deficit de perfusão do útero pela posição deitada da mãe. O parto normal pode ser feito de cócoras, o que é o mais adequado para manter a atividade das artérias uterinas.
2 - Maior risco de infecção cirúrgica, o que é próprio de todas as cirurgias, o que pode concorrer com morte da criança, e maior mortalidade materna por sepse ou lesão de vísceras.
3 - Malformação uterina pós-cirúrgica, o que pode concorrer para futuros abortamentos frequentemente.
4 - Frequentemente concorre com formação de hérnia incisional, a qual pode encarcerar e necrose(infarto) de vísceras, no caso o intestino.
5 - No parto normal, em poucas semanas a mãe já estará apta para voltar a fazer as atividades da casa normal e cuidar melhor da criança. Na cesárea precisa-se de alguns meses para o útero voltar ao normal e para a mulher voltar a fazer as atividades normalmente. A recuperação demora muito mais.
Todo mundo sabe dos demais riscos de uma cirurgia. Não é a toa que existe tanto receio entre as pessoas. Daí fica óbvio o porquê de se prezar tanto pelo parto normal. Quanto ao fato de os hospitais particulares fazerem mais cesáreas. Existem alguns questionamentos éticos. Quem é médico sabe muito bem a diferença de um paciente do serviço público e um paciente do serviço privado. No serviço privado o paciente vem mais ´´cheio de direitos´´, é mais questionador até pelo fato de ser mais informado. Aí o obstetra se vê no dilema:
Os princípíos da Bioética são:
1 - beneficência
2 - não maleficência
3 - Justiça
4 - autonomia do paciente
Pelo 4º princípio, nenhum médico nunca pode tomar decisões contrárias à vontade do paciente, a exceção de situações de emergência, que ou salva ou morre, prevalecendo a sabedoria do médico. Por outro lado quando se faz a cesárea podendo se fazer o parto normal, o médico estará colocando desnecessariamente a paciente em risco, o que contraria o 2º princípio. Daí fica o dilema: O que fazer? Como não se pode contrariar a vontade do paciente, se faz uma política de convencimento do paciente, mostrando todos os riscos da cesárea, o porquê de o parto normal ser melhor, etc e tal. E aí o paciente informado escolhe.
Já no serviço privado, um problema que ocorre frequentemente é que a cesárea vai dar mais lucro para o hospital e para o médico, o médico obstetra já não ganha lá essas coisas. É uma das especialidades que mais sofre em quantidade de trabalho e de dinheiro. De má intenção o mundo está cheio. Daí o que ocorre: Aliado à resistência maior do paciente do sistema privado, boa parte dos obstetras nem sequer se preocupam em informar as desvantagens da cesárea. Daí obviamente no serviço particular se faz muito mais cesárea do que no público.
A mães mais recentes que se submeteram a cesárea, alguma foi informada dos riscos da cesárea em comparação com o parto normal?