A questão de amor inato é complicada, afinal fisiologicamente temos aumentos significativos de hormônios e afins quando estamos apaixonados (serotonina, neuroepinefrina e oxitocina por exemplo), é uma busca à homeostase, à plenitude, então ela será sempre latente no individuo.
Reforçamento positivo não é sinônimo de amor, mas ajuda a manter a existência deste; se há benefícios mútuos, o relacionamento permanece; se não há, é provável que termine.
O grande problema, é que amor é só uma palavra, um signo, que representa algo individual, uma busca por motivos próprios... Eu particularmente acho meio reducionista querer direcionar um sentimento. Mas é interessante tratar dessa combustão química alojada em nosso cérebro.
Amor pode ser definido como a projeção de partes não constituintes em si próprio em outrem. A sensação de completude que se da na junção do masculino e o feminino, e os seus derivados distintos que cada um possui.
Um ser não pode ser o outro, mas precisa de certas qualidades do outro, e só consegue isso por meio de associações em um vínculo. Essas qualidades podem ser feitas para sanar traços comportamentais ou essenciais. Uma resposta emocional resultante da obtenção de sucessivos reforçadores (especialmente a obtenção de reforçadores cujo valor é alto) que são dados por outra pessoa e ) uma resposta emocional que, pela ativação do sistema nervoso de recompensa devido à obtenção de reforçadores, libera dopamina, serotonina e ocitocina nas fendas sinápticas.
Há coisas na vida que podem ser descritas, mas jamais totalmente explicadas, pois toda a idéia de explicação restringe conceitos, que são muito mais amplos que a própria idéia, e este é o caso do amor.
Dei uma estudada pois achei o assunto interessante, e acabei encontrando uma fonte, mas no caso, sobre a definição resumida sobre como poderiamos rotular o “amor”, se bem que, não envolvendo teorias relacionadas a psicanálise, Behavorismo, gestalt ou outras áreas do gênero. Já ouviram falar de C.S. Lewis?
Ele teorizou o amor de quatro formas:
Eros: O amor-paixão, com conotação romântica, ou melhor, o “amor” que refere-se ao que muitos por aí se referem.
Philia: Referente a “amizade”.
Storge: O “afeto”.
Agape: O que supõe ser um ato de “caridade”, o ato de prestar favores sem receber.
.
“Eros” seria o amor adquirido filogeneticamente, “Phillis” seria o amor que se desenvolve ontogeneticamente e “Ágape” o que se desenvolve culturalmente.
A definição de “amar eternamente”, só depende da reciprocidade trocada.
As vezes, um relacionamento é posto em primeiro lugar o desejo, a carícia, em primeiro lugar, e outros fatores como a “afinidade”, a “amizade” (outra forma de “amor”) não é aplicada neste relacionamento. O que deve ser analisado é somente de que forma ambos estão buscando este “amor”.
A paixão altera as funções químicas do cérebro como doenças tais como depressão e esquizofrenia, muda o comportamento do individual fazendo-o se tornar um bobo alegre, podendo levar a cometar atos insanos por causa dos sentimentos intensos que sente, é uma loucura que gira em torno de um objeto de desejo o outro(a), a dor vem junto com a alegria de pensar/estar com o o outro(a), o há os processos bem minunciosamente que desencadeiam esses comportamentos todos cada um.
Não existe um padrão de comportamento para a paixão, pois cada pessoa vai funcionar de uma forma diferente. Fisiologicamente podem ter padrões neuroquímicos do que acontece quando alguém está apaixonado, mas como a pessoa vai reagir a isto... Assim como a gente sabe a fisiologia de uma depressão, mas que pra cada pessoa, a depressão vai ser de uma forma diferente, vai demorar um tempo diferente, vai ter um tratamento diferente. Principalmente em casos de adultério.
.
“Trair”, de modo geral, é visto como essa quebra de contrato no relacionamento, mais especificamente a quebra da cláusula que diz respeito à monogamia tanto em sua dimensão emocional quanto física.
Existem algumas teorias que pensam nessa questão de como a gente se relaciona com objetos ou pessoas e não conseguindo diferenciar o que é meu e o que é do outro. Quando não conseguimos se diferenciar e o outro tenta nos tolir, pode gerar uma agressividade contra o objeto amoroso. A dor seria consequência de uma dificuldade em lidar com essas separações.
As pessoas que sofreram traição aceitam a submissão que muitas podem levar a violência física caladas parecendo às vezes que inconscientemente gosta daquilo. Seria difícil definir o motivo, um mesmo comportamento pode ser utilizado como estratégia compensatória para inúmeros tipo de crenças, ou seja, uma pessoa pode ter o mesmo comportamento, mas por motivos diferentes.
Para ser submisso a uma pessoa você precisa admirá-la ou depender dela pra alguma coisa.
Não se verá nunca uma mulher ou um homem submisso em um relacionamento amoroso se ele não admirar o parceiro.
Admiração e necessidade de estar junto, são os principais fatores para submissão. Sem com a horrível tese de que o homem tem suas necessidades promíscuas naturais e pode se satisfazer em um ato extra-conjugal.
Isso é uma idiotice total. Não faz nenhum sentido dizer que “o homem é um animal polígamo por natureza”. Natural para os freudianos xiitas é realizar os desejos sexuais movidos pelos impulsos instintivos, pois assim, segundo eles, o ser humano encontraria não a felicidade (impossível, segundo Freud) mas a satisfação momentânea decorrente da superação (também momentânea) das frustrações da vida em sociedade.
Ocorre que, na vida real, e na História da Humanidade, ficou provado justamente o contrário: o ser humano é o único animal que possui uma consciência e isso lhe permite fazer escolhas e tomar decisões, abrindo mão de um prazer efêmero (uma traição matrimonial, por exemplo) e optando por honrar: um casamento, uma fé, um princípio moral etc. Pela consciência podemos prever as consequências de nossos atos; quase sempre uma atitude impulsiva trará consequências danosas para nossas vidas ou para a vida de quem amamos.
Controlar os impulsos nos torna melhores. Desse modo, o ser humano que possui cerca de 99% da mesma bagagem genética de um orangotango foi capaz de construir não uma , mas várias civilizações avançadíssimas, coisa que nenhum outro animal conseguiu.
Não somos movidos por instintos. Podemos sim ser influenciados mas teremos sempre, através da consciência, condições de decidir qual o melhor caminho a seguir. Quase nunca, repito, é o impulsivo.
Por que as pessoas são fiéis? A fidelidade faz parte da natureza humana ou é um conceito que varia de cultura para cultura?
“Ser Fiel” não é apenas “um conceito” e fidelidade vai além da cultura ao meu ver, vem do caráter da pessoa em questão.
De fato, são culturais, mas são baseados na Lei Natural do homem. Aliás, é ridículo considerar um dado cultural como sinônimo de arbitrário, quando precisamente é da presença de valores morais inerentes ao homem e da sua capacidade de articulá-los na sua existência, e não apenas recorrer a instintos, que ela é possível de ser produzida.
Adendo teológico: quem consolidou essa cultura como moralmente obrigatória foi ninguém menos que Nosso Senhor Jesus Cristo.
É verdade que muitas vezes o perdão pode ser difícil. Mas eu tomaria uma frase ao final do filme Santo Agostinho. O bispo traído infinitas vezes pelo povo de Hypos, e com o abandono da cidade por parte dos cristãos, ele é questionado por sua sobrinha: Tio, porque o Senhor vai ficar em Hyppos?
Ele responde:
- Porque eu sou o bispo de Hypos!
- Mas eles já te trairam tantas vezes, te abandonaram e o senhor vai ficar para morrer com eles?
- Sim, da mesma forma que eu traí tantas vezes a Deus e ele sempre se manteve fiel, eu devo imitá-lo.
O amor conjugal só se justifica como reflexo do amor de Deus. E Deus é sempre fiel apesar de nossas infidelidades.
O perdão em questão não exige que a pessoa torne a viver com o cônjuge infiel. Perdoar não implica em ceder direitos, e o cônjuge infiel não tem direito ao débito conjugal. Portanto, é possível perdoar e manter para sempre a separação (sem quebra de vínculo matrimonial até a morte de um dos cônjuges). O matrimônio é um sacramento. É um elo místico que une os cônjuges.
Esse direito está assegurado pela tradição e pelo Direito Canônico (c. 1152).
O Código de Direito Canônico não comporta nenhum desvio moral, pois a disciplina da Igreja é guiada pelo Espírito Santo para o bem das almas dos fiéis (cf. Pio VI, Auctorem fidei, Denz. 2678), portanto, não há nenhum impedimento moral em que o cônjuge inocente deixe para sempre o cônjuge infiel.
A indissolubilidade matrimonial não é uma punição à parte inocente do casal.
A infidelidade do companheiro não justifica a tua infidelidade.
A arma contra o adulério é o Amor a Deus. Só Ele pode fazê-lo fiel.
Devemos perdoar porque queremos ser perdoados. Não é facil, mas possível com a graça de Deus que nos dá forças a condições de fazê-lo. Em algumas situações podemos até ter compaixão para com o companheiro traidor, visto ser ele um infeliz que não consegue ter o básico neste mundo, que é a fidelidade e se deixa arrastar pelas paixões desordenadas e pecaminosas.
Reforçamento positivo não é sinônimo de amor, mas ajuda a manter a existência deste; se há benefícios mútuos, o relacionamento permanece; se não há, é provável que termine.
O grande problema, é que amor é só uma palavra, um signo, que representa algo individual, uma busca por motivos próprios... Eu particularmente acho meio reducionista querer direcionar um sentimento. Mas é interessante tratar dessa combustão química alojada em nosso cérebro.
Amor pode ser definido como a projeção de partes não constituintes em si próprio em outrem. A sensação de completude que se da na junção do masculino e o feminino, e os seus derivados distintos que cada um possui.
Um ser não pode ser o outro, mas precisa de certas qualidades do outro, e só consegue isso por meio de associações em um vínculo. Essas qualidades podem ser feitas para sanar traços comportamentais ou essenciais. Uma resposta emocional resultante da obtenção de sucessivos reforçadores (especialmente a obtenção de reforçadores cujo valor é alto) que são dados por outra pessoa e ) uma resposta emocional que, pela ativação do sistema nervoso de recompensa devido à obtenção de reforçadores, libera dopamina, serotonina e ocitocina nas fendas sinápticas.
Há coisas na vida que podem ser descritas, mas jamais totalmente explicadas, pois toda a idéia de explicação restringe conceitos, que são muito mais amplos que a própria idéia, e este é o caso do amor.
Dei uma estudada pois achei o assunto interessante, e acabei encontrando uma fonte, mas no caso, sobre a definição resumida sobre como poderiamos rotular o “amor”, se bem que, não envolvendo teorias relacionadas a psicanálise, Behavorismo, gestalt ou outras áreas do gênero. Já ouviram falar de C.S. Lewis?
Ele teorizou o amor de quatro formas:
Eros: O amor-paixão, com conotação romântica, ou melhor, o “amor” que refere-se ao que muitos por aí se referem.
Philia: Referente a “amizade”.
Storge: O “afeto”.
Agape: O que supõe ser um ato de “caridade”, o ato de prestar favores sem receber.
.
“Eros” seria o amor adquirido filogeneticamente, “Phillis” seria o amor que se desenvolve ontogeneticamente e “Ágape” o que se desenvolve culturalmente.
A definição de “amar eternamente”, só depende da reciprocidade trocada.
As vezes, um relacionamento é posto em primeiro lugar o desejo, a carícia, em primeiro lugar, e outros fatores como a “afinidade”, a “amizade” (outra forma de “amor”) não é aplicada neste relacionamento. O que deve ser analisado é somente de que forma ambos estão buscando este “amor”.
A paixão altera as funções químicas do cérebro como doenças tais como depressão e esquizofrenia, muda o comportamento do individual fazendo-o se tornar um bobo alegre, podendo levar a cometar atos insanos por causa dos sentimentos intensos que sente, é uma loucura que gira em torno de um objeto de desejo o outro(a), a dor vem junto com a alegria de pensar/estar com o o outro(a), o há os processos bem minunciosamente que desencadeiam esses comportamentos todos cada um.
Não existe um padrão de comportamento para a paixão, pois cada pessoa vai funcionar de uma forma diferente. Fisiologicamente podem ter padrões neuroquímicos do que acontece quando alguém está apaixonado, mas como a pessoa vai reagir a isto... Assim como a gente sabe a fisiologia de uma depressão, mas que pra cada pessoa, a depressão vai ser de uma forma diferente, vai demorar um tempo diferente, vai ter um tratamento diferente. Principalmente em casos de adultério.
.
“Trair”, de modo geral, é visto como essa quebra de contrato no relacionamento, mais especificamente a quebra da cláusula que diz respeito à monogamia tanto em sua dimensão emocional quanto física.
Existem algumas teorias que pensam nessa questão de como a gente se relaciona com objetos ou pessoas e não conseguindo diferenciar o que é meu e o que é do outro. Quando não conseguimos se diferenciar e o outro tenta nos tolir, pode gerar uma agressividade contra o objeto amoroso. A dor seria consequência de uma dificuldade em lidar com essas separações.
As pessoas que sofreram traição aceitam a submissão que muitas podem levar a violência física caladas parecendo às vezes que inconscientemente gosta daquilo. Seria difícil definir o motivo, um mesmo comportamento pode ser utilizado como estratégia compensatória para inúmeros tipo de crenças, ou seja, uma pessoa pode ter o mesmo comportamento, mas por motivos diferentes.
Para ser submisso a uma pessoa você precisa admirá-la ou depender dela pra alguma coisa.
Não se verá nunca uma mulher ou um homem submisso em um relacionamento amoroso se ele não admirar o parceiro.
Admiração e necessidade de estar junto, são os principais fatores para submissão. Sem com a horrível tese de que o homem tem suas necessidades promíscuas naturais e pode se satisfazer em um ato extra-conjugal.
Isso é uma idiotice total. Não faz nenhum sentido dizer que “o homem é um animal polígamo por natureza”. Natural para os freudianos xiitas é realizar os desejos sexuais movidos pelos impulsos instintivos, pois assim, segundo eles, o ser humano encontraria não a felicidade (impossível, segundo Freud) mas a satisfação momentânea decorrente da superação (também momentânea) das frustrações da vida em sociedade.
Ocorre que, na vida real, e na História da Humanidade, ficou provado justamente o contrário: o ser humano é o único animal que possui uma consciência e isso lhe permite fazer escolhas e tomar decisões, abrindo mão de um prazer efêmero (uma traição matrimonial, por exemplo) e optando por honrar: um casamento, uma fé, um princípio moral etc. Pela consciência podemos prever as consequências de nossos atos; quase sempre uma atitude impulsiva trará consequências danosas para nossas vidas ou para a vida de quem amamos.
Controlar os impulsos nos torna melhores. Desse modo, o ser humano que possui cerca de 99% da mesma bagagem genética de um orangotango foi capaz de construir não uma , mas várias civilizações avançadíssimas, coisa que nenhum outro animal conseguiu.
Não somos movidos por instintos. Podemos sim ser influenciados mas teremos sempre, através da consciência, condições de decidir qual o melhor caminho a seguir. Quase nunca, repito, é o impulsivo.
Por que as pessoas são fiéis? A fidelidade faz parte da natureza humana ou é um conceito que varia de cultura para cultura?
“Ser Fiel” não é apenas “um conceito” e fidelidade vai além da cultura ao meu ver, vem do caráter da pessoa em questão.
De fato, são culturais, mas são baseados na Lei Natural do homem. Aliás, é ridículo considerar um dado cultural como sinônimo de arbitrário, quando precisamente é da presença de valores morais inerentes ao homem e da sua capacidade de articulá-los na sua existência, e não apenas recorrer a instintos, que ela é possível de ser produzida.
Adendo teológico: quem consolidou essa cultura como moralmente obrigatória foi ninguém menos que Nosso Senhor Jesus Cristo.
É verdade que muitas vezes o perdão pode ser difícil. Mas eu tomaria uma frase ao final do filme Santo Agostinho. O bispo traído infinitas vezes pelo povo de Hypos, e com o abandono da cidade por parte dos cristãos, ele é questionado por sua sobrinha: Tio, porque o Senhor vai ficar em Hyppos?
Ele responde:
- Porque eu sou o bispo de Hypos!
- Mas eles já te trairam tantas vezes, te abandonaram e o senhor vai ficar para morrer com eles?
- Sim, da mesma forma que eu traí tantas vezes a Deus e ele sempre se manteve fiel, eu devo imitá-lo.
O amor conjugal só se justifica como reflexo do amor de Deus. E Deus é sempre fiel apesar de nossas infidelidades.
O perdão em questão não exige que a pessoa torne a viver com o cônjuge infiel. Perdoar não implica em ceder direitos, e o cônjuge infiel não tem direito ao débito conjugal. Portanto, é possível perdoar e manter para sempre a separação (sem quebra de vínculo matrimonial até a morte de um dos cônjuges). O matrimônio é um sacramento. É um elo místico que une os cônjuges.
Esse direito está assegurado pela tradição e pelo Direito Canônico (c. 1152).
O Código de Direito Canônico não comporta nenhum desvio moral, pois a disciplina da Igreja é guiada pelo Espírito Santo para o bem das almas dos fiéis (cf. Pio VI, Auctorem fidei, Denz. 2678), portanto, não há nenhum impedimento moral em que o cônjuge inocente deixe para sempre o cônjuge infiel.
A indissolubilidade matrimonial não é uma punição à parte inocente do casal.
A infidelidade do companheiro não justifica a tua infidelidade.
A arma contra o adulério é o Amor a Deus. Só Ele pode fazê-lo fiel.
Devemos perdoar porque queremos ser perdoados. Não é facil, mas possível com a graça de Deus que nos dá forças a condições de fazê-lo. Em algumas situações podemos até ter compaixão para com o companheiro traidor, visto ser ele um infeliz que não consegue ter o básico neste mundo, que é a fidelidade e se deixa arrastar pelas paixões desordenadas e pecaminosas.



