Se uma pessoa ao se confessar esquece (sem culpa),de algum pecado grave que cometeu.
A. Esse pecado é perdoado?
B. Esse pecado não é perdoado, a pessoa tem a obrigação de confessá-lo na próxima confissão?
C. Esse pecado é perdoado, mas ela tem que confessá-lo na próxima confissão?
Uma coisa é um pecado que a pessoa se esqueceu que cometeu e, portanto, esqueceu de examiná-lo.
Outra coisa é ter feito o exame de consciência e, depois, ter esquecido de contar o pecado.
Em
ambos os casos, se a pessoa esteja arrependida dele (de modo que não o
cometeria novamente se a mesma ocasião surgisse) e caso se lembrasse de
contá-lo, assim o fizesse, então ele é perdoado.
Porém, há uma
culpa secundária, que nada tem a ver com o pecado esquecido, que é o do
desleixo no exame de consciência. Supõe-se que antes de se confessar a
pessoa examine com afinco a sua consciência. Caso não disponha de nenhum
material, muita coisa poderá escapar, sem culpa. Caso tenha meios de
favorecer a memória (uma lista anotada de fonte idêonea, por exemplo),
deverá se beneficiar destes. Claro que ainda assim a pessoa pode, sem
culpa, se esquecer de contar o pecado, mas aí também ela deveria
prevenir este problema anotando a lista de pecados cometidos.
Por isso é bom escrever , é uma boa prática.
E quando fores confessar os pecados esquecidos, deves acusar somente
estes, e os outros posteriores (se houver) à última confissão. Os que
já foram ditos não devem ser ditos novamente (exceto se foram cometidos
de novo).
Catecismo de São Pio X
749) Se uma pessoa não tiver a certeza de ter come tido um pecado, deve confessá-lo?
Se
uma pessoa não tiver a certeza de ter cometido um pecado, não é
obrigada a confessá-lo; se porém o quiser acusar, deverá acrescentar que
não tem a certeza de o ter cometido
751) Quem deixou de confessar por esquecimento um pecado mortal, ou uma circunstância necessária, fez uma boa confissão?
Quem deixou de confessar por esquecimento um pecado mortal, ou uma circunstância necessária, fez uma boa confissão, contanto que tenha empregado a devida diligência no exame de consciência.
752) Se um pecado mortal esquecido na confissão volta depois à lembrança, somos obrigados a acusá-lo noutra confissão?
Se
um pecado mortal esquecido na confissão volta depois à lembrança, somos
obrigados,sem dúvida, a acusá-lo na primeira vez que de novo nos
confessarmos.
753) Quem por vergonha, ou por outro motivo culpável, cala voluntariamente na confissão algum pecado mortal, que comete?
Quem, por vergonha, ou por qualquer outro motivo culpável, cala voluntariamente algum pecado 'mortal na confissão, profana o Sacramento e por isso torna-se réu de gravíssimo de sacrilégio.
Se o padre não dá a penitência no final da confissão, o que acontece? Como fica?
1460. A penitência que o confessor impõe deve ter em conta a situação
pessoal do penitente e procurar o seu bem espiritual. Deve corresponder,
quanto possível, à gravidade e natureza dos pecados cometidos. Pode
consistir na oração, num donativo, nas obras de misericórdia, no serviço
do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e, sobretudo, na
aceitação paciente da cruz que temos de levar. Tais penitências
ajudam-nos a configurar-nos com Cristo, que, por Si só, expiou os nossos
pecados (58) uma vez por todas. Tais penitências fazem que nos tornemos
co-herdeiros de Cristo Ressuscitado, «uma vez que também sofremos com
Ele»
A mim, se faltar a penitencia não foi válido, afinal ela faz parte dos atos do penitente que são:
1 - A contrição
2 - A confissão dos pecados
3 - A satisfação
A partir do momento em que se foi confessar é porque tinha pecado, então sempre haverá uma penitência correspondente.
Não são apenas os detalhes irrelevantes que devem ser prudentemente
omitidos. Devem-se omitir detalhes cuja gravidade possa se inferir sob
outras formas, às vezes as mais genéricas possíveis.
Exemplo: vou
lá e pego a menina e faço XXXX com ela, depois levo ela no motel e nós
dois XXXXXXX com doses de XXXXX e requintes de XXXXXX. Repetimos XXXXX
vezes, variando XXXXX para ficar mais interessante. Por fim, fechamos
com chave de ouro fazendo XXXXXX com muito XXXXX e usando XXXXX para
apimentar.
A isso aí basta dizer: "Pai, pequei contra o 6°
mandamento, acompanhado de uma mulher solteira, em ambiente propício a
despertar intensa malícia sexual, e de forma completamente tresloucada e
ferindo gravemente a dignidade do ato sexual." Pronto, o padre já tem a
medida da gravidade do ato, sem ter que se escandalizar com os detalhes
sórdidos.
Até porque a confissão verbal dos pecados deve ser
algo que desperte no penitente o arrependimento e a consciência do mal
acometido, bastando para isso o senso de medida e a natureza do ato
pecaminoso. Nem ao penitente é importante se lembrar de todos os
detalhes, isso pode até mesmo afastá-lo da essência do mal acometido.
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Padres em situações irregulares
"A confissão é a acusação dos próprios pecados feita a um sacerdote aprovado, para obter dele a absolvição.
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Por
esse motivo, não é confissão sacramental aquela que é feita a um
não-sacerdote ou a um que esteja privado da necessária jurisdição." ( GRECO, Teodoro da Torre del, Manual de teologia moral, Roma, 1958, pág 600)"
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Heresia Donatista
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A heresia donatista diz que a validade do sacramento depende da condição
do ministro. Ora, a validade do sacramento NÃO depende da ortodoxia ou
da fé de quem o administra, mas dos seus elementos, que, em alguns casos
são 4, outros 5. Pense só, com tantos padres moderninhos por aí, como
seria a nossa situação? Estaríamos ferrados.
.Neste caso, observemos o sacerdote. Mesmo que o sacerdote não creia, ele pode consagrar a eucaristia, mesmo que ele esteja em pecado mortal, ele pode consagrar a eucaristia. Se ele não crer, basta que ele pense, 'ah, é assim que a Igreja manda, é assim que eu vou fazer', ou ' a Igreja pensa assim, então para eles é isto', e a consagração será válida.
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Sobre a confissão, ela NÃO pode ser administrada por um sacerdote sem jurisdição, mas, supondo que um sacerdote herege - como muitos por aí- tenha jurisdição, ele pode assistir canonicamente um casamento e confessar os leigos. Um sacerdote ortodoxo, sem jurisdição, não pode realizar nenhum destes 2.
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Vejam o Padre como Nosso Senhor Jesus Cristo, pois é para Ele que você se
confessa através do Padre, e é em nome Dele que o Padre te perdoa.
Pensem no seguinte: os pecados que vocês tem vergonha de confessar já são
conhecidos de qualquer maneira pelo Único que pode te julgar,
confessando ou não confessando.
Nosso Senhor já conhece os teus
pecados; Ele os conheceu na hora mesma em que você cometeu. Medite sobre
isso: meu Deus, meu Senhor, meu Salvador, meu único juiz já conhece
todos os meus pecados, Ele os conhece em cada detalhe; de quem mais me
adiantaria esconder essas vergonhas e sujeiras? Seria prudente
escondê-los do sacerdote, o único homem sobre a terra que pode perdoar
minhas faltas em nome de Deus e me tornar limpo novamente aos olhos do
Altíssimo?
O objetivo real da confissão não é contar para Deus
os teus pecados. Deus já os conhece. O objetivo real da confissão é
admitir-se verdadeiramente culpado e arrependido, e com isso receber de
Deus, através do sacerdote, o perdão, além de uma penitência justa. Se
omitimos pecados, o sacerdote não tem como nos dar a correta penitência,
e quem perde com isso somos nós mesmos.
Não estou julgando
(nem poderia), na minha primeira confissão
eu também estava uma pilha de nervos. Mas também seria incorreto dizer
que não cometemos grave erro ao omitirmos voluntariamente um pecado
mortal. Mas não se desesperem; estando arrependido e com firme propósito
de não mais pecar, confesse ao Padre esse teu erro, e certamente Nosso
Senhor Jesus Cristo vai te perdoar. Deus é imensamente justo, mas também
é imensamente misericordioso. E foi por essa misericórdia que nos deu
tão maravilhoso sacramento, através do qual podemos nos reaproximar Dele
sempre que errarmos.