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O estranho caso do padre melquita que migrou ao anglicanismo


Tomamos conhecimento através da página do facebook Orientale Lumen de que o Arquimandrita Theodoro A. C de Oliveira teve um desentendimento com o bispo diocesano Dom Eduardo Benes, Arcebispo de Sorocaba SP e como consequência, mandou uma banana para o epíscopo e desligou-se da Igreja para migrar ao anglicanismo, onde será premiado com uma mitra de cartolina e um báculo feito com cabo de vassoura. Quem diria, a CNBB foi power eficiente no rápido anunciado sobre a ruptura da comunhão eclesiástica por parte do Arquimandrita
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Será que o clero da Igreja Melquita está embebecido do Espírito do Concílio que não entendem que a igreja Anglicana perdeu a Sucessão Apostólica e que suas ordenações/sagrações são nulas e inválidas?
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E se não bastante, ainda vamos padres romanos modernistas falando merda em apoio ao dissidente o incentivando a fazer papel de otário sendo pseudo ordenado pseudo bispo por pseudo anglicanos.
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1. Um arquimandrita (literamente, "chefe do rebanho") é um hieromonge que foi elevado ao posto honorífico um grau abaixo do bispo. Arquimandritas são geralmente denominados como Reverendíssimos e estão sempre acima dos simples presbíteros (o que não significa que sua ordem seja mais elevada, mas sim o seu posto de honra). Diferente dos abades, um arquimandrita pode possuir múltiplos monastérios sob o seu cuidado. Normalmente arquimandritas são os principais candidatos ao episcopado.

Na linguagem grega, o arquimandrita era originalmente o equivalente ao higumeno, o título tradicional do abade de um monastério; mas a partir do século VI o termo começou a se referir a abades de grandes e importantes comunidades, muito vezes que cuidavam de mais de um monastério. Fonte: http://pt.orthodoxwiki.org/Arquimandrita


Nas Igrejas Orientais, praticam-se seis ritos: bizantino, sírio, caldaico, maronita, copta e armênio.

Para a maioria dos ritos litúrgicos da Igreja Ortodoxa existe um rito análogo na Igreja Católica Apostólica Romana, são as Igrejas Católicas de ritos orientais. Digamos que foram católicos orientais que permaneceram com a Igreja de Roma. Para saber mais dos detalhes históricos, recomendo esse excelente site sobre o assunto.

Algumas perguntas e respostas sobre o caso:

Foi abuso de autoridade do bispo diocesano? 


Há rumores de que ele quis mandar e centralizar o poder aonde não era chamado. Ele não tem jurisdição sobre melquitas. O padre é da diocese melquita! O bispo latino em nada pode apitar no bagulho. Os melquitas constroem seus templos aonde bem entenderem, eles tem autonomia para isso  e aparo no código oriental que JPII havia promulgado em 1990. 


Mas o bispo diocesano teve respaldo no Código de Direito Canônico? 

Não pode invocar o direito canônico latino, por causa disso:
Cân. 1 Os Cânones deste Código referem-se unicamente à Igreja Latina.
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Logo o bispo de Sorocaba não pode aplicar aquilo que o direito latino lhe da direito, quando se trata de orientais. 
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Cân. 372 § 1. Por via de regra, a porção do povo de Deus, que constitui uma diocese ou outra Igreja particular, seja delimitada por determinado território, de modo a compreender todos os fiéis que nesse território habitam.
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§ 2. Entretanto, onde a juízo da suprema autoridade da Igreja, ouvidas as Conferências dos Bispos interessados, a utilidade o aconselhar, podem-se erigir no mesmo território Igrejas particulares, distinta em razão do rito dos fiéis ou de outra razão semelhante.
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Cân. 373 Compete exclusivamente à suprema autoridade da Igreja erigir Igrejas particulares; e elas, legitimamente erigidas, gozam ipso iure de personalidade jurídica. ( dos latinos )
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O padre em questão cometeu apostasia? 
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A princípio é só cisma. Apostasia é outra coisa. Apostasia é o repúdio total à fé cristã. Cisma é a recusa à submissão às autoridades constituídas, é virar budista, xintoísta, seguidor de Baphomet, judeu, etc. Can. 751: Diz-se heresia a negação pertinaz, depois de recebido o baptismo, de alguma verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou ainda a dúvida pertinaz acerca da mesma; apostasia, o repúdio total da fé cristã; cisma, a recusa da sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja que lhe estão sujeitos. By Rafael Cresci

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Já tem sido um costume entre as autoridades do Anglicanismo premiar os dissidentes sacerdotes católicos, em especial os que são pra lá de esquisitos e pra lá de perturbados, com históricos de fazer qualquer laudo de psiquiatria parecer papel de embrulho de bombom.
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Somente os bispos da FSSPX estão em comunhão (formal) com a Igreja, só não tem jurisdição. 
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Existem dois casos possíveis: os das ordenações reconhecidas como válidas pela Santa Sé (SSPX, "China Patriotica"), e as consideradas inválidas pela Santa Sé (Anglicanas, Milingo, Thuc). Não misturar tudo no mesmo saco. 
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O que não dá é pra criar apenas uma ou duas categoria e ficar pontificando quem esta em uma ou outra, ainda mais quando a definicão é complexa e existem os tons de cinza, e isso tudo sem faltar com a caridade e com o respeito a principios juridicos básicos, e.g. odiosa restringenda/favorabilia amplianda e quod non est scriptum non est in mundo.
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A situação da Igreja Ortodoxa é completamente diferente da FSSPX. *Ortodoxos*, além de cismáticos, são hereges. A FSSPX não proclama nenhuma heresia, apenas uma má interpretação dos textos do Concílio, que o coloca em contradição com o magistério anterior.
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Essas são: A negação do primado de jurisdição do Papa ensinado solenemente em Florença, concílio do qual os gregos tomaram parte e aceitaram por um curto período, a negação da jurisdição ordinária do Pontífice, definida no Vaticano I, da infalibilidade papal, da Imaculada Conceição, os erros sobre o purgatório, a simplicidade divina, o não reconhecimento da eucaristia com pães ázimos, nem dos sacramentos da Igreja Romana, erros sobre a processão divina do Espírito Santo, o pecado original, etc. e etc.
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As diferenças teológicas e dogmáticas entre Roma e ortodoxos são muitas, apenas são ignoradas. Os ortodoxos não aceitam, por exemplo, o purgatório, que eles mesmos aceitaram em Florença, e lá foi definido dogmaticamente.
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Por fim, se algum irmão estiver dentro dos círculos de amizade com o Arquimandrita Teodoro, o chame em particular e o oriente sobre seus passos, sob à luz da doutrina tradicional, na caridade em espírito fraterno.
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Eu não sou a favor de patadas contra os que estão fora da Igreja. Isso não convence ninguém. Se convencesse, seria legítimo. Mas também não sou a favor de mimos e afagos que, também longe de convencer, deem às pessoas uma falsa segurança de que estão com a verdade. Isso é tão ineficaz e talvez até mais prejudicial do que as patadas.
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O diálogo e o respeito pela pessoa humana não significa omitir, concordar com os erros dela ou tratá-la como se ela fosse o que não é. Aliás, quem omite a verdade de alguém não está amando, nem sendo misericordioso, pois se a verdade é o caminho da sua salvação, há de se querer o bem mais importante, que é a salvação dela, antes dos mimos.
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PARA CITAR ESTE ARTIGO:
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O estranho caso do padre melquita que migrou ao anglicanismo

David A. Conceição 01/2015 Tradição em Foco com Roma.

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CRÍTICAS E CORREÇÕES SÃO BEM-VINDAS: 

tradicaoemfococomroma@hotmail.com

 

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