Os animais são criaturas de Deus, que sofrem, sentem dores e alegrias. Sempre orei pelos meus animais para Deus lhes conservar a saúde e protegê-los do mal.
É totalmente útil e salutar orar pelos animais, porque possuem alma sensitiva e estão sujeitos ao mal.
Deus se preocupou com os animais quando estava para destruir Nínive (Jonas 4,11)
Santo Tomás, na Suma Teológica, Iª, q. 22, a. 2, ob. 5, ensina que Deus se preocupa, em sua Providência divina, também com os animais.
Os animais não têm alma imortal.
É interessante, no entanto, que os animais, a despeito de não terem uma alma imortal, gozam de um tipo de "existência" eterna e imutável, bem como nós e todas as coisas, porque existem imutavelmente e eternamente no conhecimento divino, isto é, em Deus.
A verdade de algo é tal como Deus o conhece, e não que Deus o conheça de acordo como é.
Um exemplo: Deus não conhece o que eu sou eternamente. Eu sou o que sou porque Deus me conhece assim antes e independente do que eu seja. A ciência de Deus é que é a causa de existirem as coisas.
No caso dos animais, ele os quer, os indivíduos, existentes em determinado período de tempo. Mas esse querer de Deus implica em que o ser exista imutavelmente nele. O tempo existe para nós. Sabemos que o tempo para Deus não existe.
Quando nós conhecemos um objeto, a nossa inteligência olha, vê o objeto, o sente, e assim forma uma imagem do objeto em nós. Em outras palavras, a nossa inteligência está sempre em potência em relação ao objeto conhecido. Portanto, a verdade de um objeto, em nós, está em nós o conhecermos perfeitamente, de fora para dentro.
Mas, em Deus, a verdade de um objeto está no modo como Deus o conhece, ou seja, Deus não depende em nada do objeto para conhecê-lo; é o objeto que depende do modo como Deus o conhece para ser daquele modo.
Deus, na sua inteligência, não conhece os seres fora de Si. Conhece-os na Sua vontade.
Podemos rezar pelos animais?
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