Além de possuir as ditas virtudes, deve exercitar-se na prática das morais e de seus correspondentes dons.
A virtude da prudência (XLVII).
Uma regra moral do senso prático que põe no homem no tato e discrição suficientes para ordenar a sua vida e mandar em cada caso, aos subordinados, o mais apropriado à observância das virtudes (XLXIII, 1-9).
Grandíssima, porque sem ela é impossível praticar qualquer ato virtuoso (XLVII, 13).
Sim (XLVII, 14).
Da propriedade que tem de congregar todas as virtudes, de modo que nenhuma pode existir sem ela, nem ela pode existir sem o concurso de todas as outras.
Sim.
Em três grupos: umas são elementos constituintes ou partes integrantes essenciais; outras, virtudes adjuntas e ordenadas a atos secundários em conexão com a principal; por último, o ato principal encerra tantas classificações, como o dirigido e governado (XLVIII-LI).
São as seguintes: Memória ou recordação do passado; inteligência ou conhecimento do presente, quer seja em geral, quer em particular; docilidade e respeito ao disposto por antecessores sábios e prudentes; sagacidade para saber o que no momento pode se esperar de alguém; firmeza e segurança de juízo para aplicar as regras gerais aos casos particulares; providência ou determinação do tempo e do lugar de cada ato para obter o fim desejado; circunspecção ou conhecimento das circunstâncias; precaução contra tudo o que puder ser obstáculo ou comprometer o êxito da empresa (XLIX, 1-8).
A virtude do conselho e as duas virtudes do bom senso prático, uma referente à maneira de portar-se nos casos e circunstâncias ordinárias, e outra nas extraordinárias e de grande empenho (LI, 1-4).
Sim.
É certo que assim o entendem; mas, apesar disso, o ato próprio da prudência consiste em mandar com energia e decisão quando chega o momento oportuno (XLVII, 8).
Tantas, quantas as espécies de mandatos necessários, a respeito de atos difíceis na prática da virtude.
A quatro: o mando e governo de nós mesmos, o da família, o da sociedade civil e o da militar (L, 1-4).
Prudência individual, familiar, real e militar (ibid.).
A que cada um necessita para governar sua vida moral e procurar o bem próprio.
A que cada membro da família necessita para manter-se e atuar em sua própria esfera e sob a direção do chefe, para bem e proveito da sociedade familiar (L, 3).
A prudência especial que o chefe supremo de toda sociedade perfeita e independente necessita para governa-la como convém (L, 3).
Não; é necessário que os governados possuam outra prudência proporcionada à dos primeiros (L, 2).
Em submeterem-se às ordens e decisões do governante, de forma que os seus atos sociais jamais sejam peia ou obstáculo à consecução do bem comum (ibid.).
Sim, e é de maior importância, porque tem por destino assegurar a defesa eficaz do Estado contra os inimigos exteriores, e isto só pode ser alcançado mediante a prudência mais delicada no mando e a mais completa disciplina nos subordinados (L,4).