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Entenda porque somos ex-carismáticos


Em quase sua maioria esmagadora dos católicos tradicionais já foram da RCC. Esse fenômeno se dá pelo encontro destes católicos com a doutrina bimilenar, a mística católica e a rica teologia pré-conciliar que não é ensinada no acervo carismático, que resume o movimento em sentimentalismo irenista e nas práticas protestantizadas como a Oração em Línguas e o Repouso do Espírito
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Sem contar também com o ecumenismo de mão única com nossos irmãos evangélicos que chega até a ser ridículo.
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O ponto de nossa conversão, vamos dizer assim, foi com a Missa Tridentina quando Lhe ofereceremos um sacrifício que subirá aos céus com agradabilíssimo odor. Somos libertos de se sentir um protestante nas missas da RCC com seus gritinhos e suas bandas.
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Talvez o leitor se pergunte: Mas por que tanta agressividade com a RCC? Ela é aceita pelo Papa! Neste artigo iremos mostrar que ser aceita canônicamente não implica em aceitar suas práticas como se ela fosse infalível e intocável. Vejamos esse vídeo carismático com bastante atenção e cautela:

 
 Missa de encerramento do Cerco de Jericó da RCC-Vicariato Oeste na Capela Divino Espírito Santo em Senador Vasconcelos que pertence a Paróquia São João Batista em Campo Grande, Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Baseado no vídeo - que é uma realidade em toda a RCC nacional, embora alguns digam que não podemos generalizar - vejamos o contraste das suas práticas com os ensinamentos perenes da Igreja:

Erros da RCC em questão de matéria litúrgica


Papa São Pio X - Tra le sollicitudine - Música Sacra
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VI. Órgão e Instrumentos  
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14. Posto que a música própria da Igreja é a música meramente vocal, contudo também se permite a música com acompanhamento de órgão. Nalgum caso particular, com as convenientes cautelas, poderão admitir-se outros instrumentos, conforme as prescrições do Caeremoniale Episcoporum. 
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15. Como o canto tem de ouvir-se sempre, o órgão e os instrumentos devem simplesmente sustentá-lo, e nunca encobri-lo. 
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16. Não é permitido antepor ao canto extensos prelúdios, ou interrompê-lo com peças de interlúdios. 
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17. O som do órgão, nos acompanhamentos do canto, nos prelúdios, interlúdios e outras passagens semelhantes, não só deve ser de harmonia com a própria natureza de tal instrumento, isto é, grave, mas deve ainda participar de todas as qualidades que tem a verdadeira música sacra, acima mencionadas. 
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18. É proibido, na Igreja, o uso do piano bem como o de instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos, as campainhas e semelhantes. 
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19. É rigorosamente proibido que as bandas musicais toquem nas igrejas, e só em algum caso particular, com o consentimento do Ordinário, será permitida uma escolha limitada, judiciosa e proporcionada ao ambiente de instrumentos de sopro, contanto que a composição seja em estilo grave, conveniente e semelhante em tudo às do órgão. 
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20. Nas procissões, fora da igreja, pode o Ordinário permitir a banda musical, uma vez que não se executem composições profanas. Seria para desejar que a banda se restringisse a acompanhar algum cântico espiritual, em latim ou vulgar, proposto pelos cantores ou pias congregações que tomam parte na procissão.
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Será que a RCC ou seu grupo de oração realmente obedece ao Papa, como costumam dizer?
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Ecclesia de Eucharistia - Papa Joao Paulo II
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Na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Beato João Paulo II repete nove vezes que a Missa é renovação do sacrifício da cruz.  Viva o Papa !
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Desafiando todos os modernistas, declarou o Beato João Paulo II que o ponto de referência teologal para a Missa continua sendo o Concílio de Trento.  (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, no 9).
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Esta declaração do Beato João Paulo II, nessa encíclica, terá imensas consequências doutrinárias. É toda a concepção modernista de uma igreja evolutiva que rui por terra. Porque se Trento deve ser a referência doutrinária da teologia da Missa, adeus a doutrina que se repetia -- 'ad nauseam' -- que o Vaticano II superara e anulara o que fora ensinado nos Concílios infalíveis anteriores. Declarar que Trento continua em vigor, depois de quatrocentos anos.
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Se a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, fica impossível manter o rock, a cuíca, o pandeiro, o reco-reco, bateria, e ate 'DJ's na renovação do sacrifício da cruz. Toda a noção de missas-festinhas, Missas shows desmorona.
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Na encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa condena uma série de abusos que foram introduzidos na Missa, hoje em dia. Entre esses abusos o Papa enumera: 
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1- O abandono do culto eucarístico; 

2-  A perda do sentido de sacrifício, na Missa, transformada em encontro amistoso; 

3- Perda da noção da necessidade do sacerdote; 

4- Abusos ecumênicos. 

5- A ideia de que o Padre, por sua criatividade, pode desrespeitar as rubricas impostas pela Igreja, quando quiser; 

6- A ideia falsa de quem celebra a Missa é a comunidade, e não o sacerdote; 

7- Abusos ao dar a comunhão a pecadores públicos, como, por exemplo a pessoas amansiadas 

8- Abusos ao dar a comunhão a hereges 

9- Abusos em matéria arquitetônica, construindo igrejas que mais parecem salões de festa do que um templo sagrado; 

10-  Abusos em matéria musical, adotando músicas profanas, impróprias para acompanhar as cerimônias sagradas. Neste campo, o Papa volta a recomendar que se volte a adotar a música gregoriana, na Missa. 
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11- O abuso de ensinar que se pode dar a comunhão a quem sabe que está em pecado mortal, e sem ter se confessado. 

12- O abuso de realizar concelebrações com hereges. 

(Cfr. João Paulo II, Ecclesai de Eucharistia, nos 10 - 29 - 37 - 38 -- 44- 47- 49 - 52-53).

E então carismáticos, a RCC obedece ao Papa como costumam dizer?

Será que a RCC já expulsou suas bandinhas com musiquinhas profanas, para dar lugar ao Canto da Igreja Catolica: O Gregoriano?

E olhe que foi citado a Encíclica do Papa João Paulo II, e não de nenhum outro Papa já  
antigo e ultrapassado. 

Ou já estaria João Paulo II ultrapassado também?

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Erros da RCC em matéria doutrinária 


Para entender a segunda parte do artigo, é necessário tirar os óculos neo-pentecostais para fazer uma reta leitura, caso contrario nada será claro. Um dos fundadores da RCC (Patti Mansfield) teve a coragem de dizer que se dependesse da reza do terço todos os dias ela estaria perdida. E que não se deve rezar o terço como intercessão, deve-se rezar o terço para sua oração de devoção, em um momento de devoção mariana. E que para se interceder o correto é orar em línguas e com as nossas próprias palavras.
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A finalidade confessa e pretensiosa da RCC é a de restaurar a verdadeira face da Igreja, que Ela teria perdido: 

“A Renovação Carismática como diz a própria palavra, é reviver a experiência de Pentecostes” (...) 

“É restituir à Igreja sua verdadeira face que é a carismática
(S. Falvo, A Hora do Espírito Santo, Paulinas , São Paulo, p. 105).

Portanto, a RCC crê que a Igreja Católica se corrompeu, perdendo a sua verdadeira face, o que implica em afirmar que Cristo mentiu quando prometeu que jamais abandonaria a Igreja, e que a assistiria todos os dias, não permitindo que jamais as portas do inferno prevalecessem sobre ela.
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E essa acusação de que a Igreja se corrompeu, assim como a pretensão de salvar a Igreja, é típica de vários movimentos heréticos. Sabemos que a RCC não veio pra somar, ela veio REstaurar, REnovar, REavivar, REedificar a Igreja, que se encontrava 
em cacos. Até dizer que ela veio REssucitar eles dizem:
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O Senhor quer renovar a sua Igreja concreta, a Igreja Corpo de Cristo, a Igreja que o Senhor esta' ressussitando, restaurando, levantando, fazendo dela um grandioso e poderoso exercito. Pe. Jonas Abib, Reinflama o carisma de Deus que está em ti, pag.23, 4* Edição, Editora Canção Nova & Edições Loyola.
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E qual seria a solução para 
salvar esta Igreja tão ultrapassada e careta?
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Qual seria a fórmula 
carismática para tal renovação?batismo no Espirito Santo ! 
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Vejamos o que nos ensina o Concilio de Trento: “Se alguém disser que os Sacramentos da Nova Lei ao foram instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que eles são mais ou menos que sete, a saber, Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema Unção, Ordem e Matrimônio, ou também que algum desses não é verdadeira e propriamente sacramento, seja anátema (excomungado)” (Concílio de Trento, Cânones sobre os Sacramentos em Geral, Cânon 1. Denzinger, 844)
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Agora vejamos o que nos ensina a Apostila Oficial da RCC:
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Para a Renovação Carismática Católica, ela é muito precisa e contém dupla significação. A primeira é propriamente teológica ou sacramental. Todo membro da Igreja foi batizado no Espírito Santo pelo fato de ter recebido os sacramentos da iniciação cristã. A segunda é de ordem vivencial e remete ao momento, ou momentos, nos quais a presença operante do Espírito tornou-se sensível na consciência pessoal” (Escola Paulo Apóstolo, A Espiritualidade da RCC - Apostila I, Ano 98, p. 33. O negrito é meu).
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“Na Renovação Carismática Católica, “Batismo no Espírito Santo” tem pronunciados acentos batismais e sacramentais, que não se sobressaem na maioria dos demais movimentos pentecostais” (Escola Paulo Apóstolo, A Espiritualidade da RCC - Apostila I, Ano 98, p. 33. O negrito é meu).
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Santo Agostinho dizia que aquilo que as seitas possuiam de bom e verdadeiro, na realidade não pertenciam a elas. Santo Agostinho falava é claro das seitas externas a Igreja. Mas podemos muito bem aplicar tais palavras a correntes modernistas como é o caso da RCC. E podemos dizer que a Missa, a Eucaristia, padres, etc. não pertencem a RCC, pertencem a Igreja. Assim como a Bíblia, embora presente nas seitas protestantes, pertence verdadeiramente a Igreja.  Santo Agostinho, In Ps. 54, § 19, citado por Leão XIII, Satis cognitum, ASS 28, 1895-1896, p. 724. Ensinamentos Pontifícios de Solesmes, A Igreja, vol. 1, nº 578.
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Se alguém consegue avançar um passo em direção a verdade católica por meio da RCC, não é graças a RCC, mas graças aos elementos de verdade - que pertencem a Santa Igreja Católica - que ela exibe.
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Mas para estar em posse da plenitude da verdade católica, é preciso deixar a RCC, pois parafraseando Santo Agostinho, o que a RCC tem de próprio, não é a missa, os sacramentos, mas sim sua origem herética com protestantes, sua exacerbação emocional e sentimentalista, seu ecumeninsmo indiferentista e relativista. Por amor a Santa Igreja deixei a RCC para ter a Verdade - que pertence a Igreja - de forma plena.

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Se a RCC não precisasse de purificação estaria perfeita, e isto nenhum movimento o é. Sobre a doutrina do Espírito Santo é preciso sim que ela reveja alguns pontos. 
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Ela tem como disse - uma ótima chance de melhorar. Mas só melhora e busca se aperfeiçoar quem se acha pequeno e necessitado de Deus e de seus auxílios. Fora isso, pode se achar auto-suficiente o que é péssimo para o crescimento de seus membros.

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PARA CITAR ESTE ARTIGO:

Entenda porque somos ex-carismáticos David A. Conceição   07/2013 Tradição em Foco com Roma.

Grupo Tradição - Vaticano II acesse:
http://migre.me/f52mT


CRÍTICAS E CORREÇÕES SÃO BEM-VINDAS: 

tradicaoemfococomroma@hotmail.co

 

©2009 Tradição em foco com Roma | "A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência" Doctor Angelicus Tomás de Aquino