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Demônio na alma


Em um catecismo antigo diz: "O Batismo e a Confissão tiram o demônio da alma e trazem o Espírito Santo".

Está correto afirmar isso?

Meu catecismo - 3º ano primário - Monsenhor Negromonte

XL. OS SACRAMENTOS

1. Jesus disse que veio nos dar a vida. Ele falava não da vida deste mundo, mas da graça, que são a vida da alma.

2. Nossa vida natural se parece muito com a vida da nossa alma. Na vida natural, nós nascemos; depois, crescemos e nos fortificamos; e nos alimentamos. Quando adoecemos, tomamos remédios para curar-nos. Finalmente, morremos. Como vivemos em sociedade, precisamos de chefes que governem. E para que não se acabem os homens neste mundo, os casais se unem e nascem os filhos.

3. A vida da alma muito parecida com tudo isto. O Batismo nos faz nascer para o céu. A Crisma nos fortifica. A Eucaristia nos alimenta. A Confissão nos cura do pecado, que são a doença da alma. Quando estamos em perigo de morrer, recebemos a Extrema-Unção. A Ordem nos dão chefes espirituais. E o Matrimônio abençoa o homem e a mulher para darem novos filhos a Deus.

4. Para cada coisa importante da vida, Nosso Senhor deixou um sacramento especial.

5. Todos os sacramentos nos dãoo a graça de Deus. **O Batismo e a Confissão tiram o demônio da alma e trazem o Espírito Santo**. Os outros aumentam a vida da alma, quando ela já tem o Espírito Santo.

Pe Gabriel Amorth fala que uma confissão bem feita é o melhor dos exorcismos. E que Satanás tem mais medo da confissão do que do exorcismo!

Quando estamos em pecado mortal, quem ocupa o lugar do Espirito Santo na nossa alma é o demônio. A confissão reverte isso. No batismo acontece a mesma coisa: nascemos sem a graca. No batismo o padre faz dulpo exorcismo. No momento do batismo nos tornamos templos do Espírito Santo.

Precisamos ter consciência do que é a possessão demoníaca não aflige a Alma, o Demônio nunca se apoderá de uma alma. Por isso, se uma pessoa morrer enquanto estiver possessa ela não irá para o inferno, pois ela nao terá culpa (claro que precisamos ver o como ela viveu antes da
possessão).

Primeiramente, o nosso corpo Não é uma coisa má. Não deixa de ser um dom de Deus, pois Jesus, o Verbo Eterno, se fez carne. Jesus ao se encarnar resgatou toda a humanidade do pecado.

Nós católicos não podemos ter uma antropologia pessimista como os luteranos e calvinistas, pois para eles o batismo não apaga o pecado orginal, ele apenas é coberto com uma uma capa.

Para nós o batismo regenera toda a nossa humanidade do pecado original.

Texto aqui do Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, do São Luiz Montfort


O pecado de nossos primeiros pais nos estragou completamente, nos azedou, inchou e corrompeu, como o fermento azeda, incha e corrompe a massa em que é posto. Os pecados atuais que cometemos, sejam mortais ou veniais, perdoados que estejam, aumentam em nós a concupiscência, a fraqueza, a inconstância e a corrupção, deixando maus traços em nossa alma. Nosso corpo é tão corrompido, que o Espírito Santo (Rom 6, 6; Sl 50, 7) o chama corpo do pecado, concebido no pecado, nutrido no pecado, e só apto para o pecado, corpo sujeito a mil e mil males, que se corrompe sempre mais cada dia, e que só engendra a doença, os vermes, a corrupção. Nossa alma, unida ao corpo, tornou-se tão carnal, que é chamada carne: "Toda a carne tinha corrompido o seu caminho" (Gn 6, 12). Toda a nossa herança é orgulho e cegueira no espírito, endurecimento no coração, fraqueza e inconstância na alma, concupiscência, paixões revoltadas e doenças no corpo. Somos, naturalmente, mais orgulhosos que os pavões, mais apegados à terra que os sapos, mais feios que os bodes, mais invejosos que as serpentes, mais glutões que os porcos, mais coléricos que os tigres e mais preguiçosos que as tartarugas; mais fracos que os caniços, e mais inconstantes do que um catavento. Tudo que temos em nosso íntimo é nada e pecado, e só merecemos a ira de Deus e o inferno eterno.

*S. Luís Maria fala de nosso nada e de nossa impotência na ordem sobrenatural, sem o socorro da graça (v. com efeito, mais adiante o n. 83: Nosso íntimo..., tão corrompido, se nós apoiamos em nossos próprios trabalhos... para chegar a Deus...)*.

A doutrina da Igreja não muda. Às vezes muda-se a maneira de se expressar. O Catecismo da Igreja Católica (o atual) no nº 1237 diz: "Visto que o batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um exorcismo sobre o candidato..." O candidato renuncia explicitamente a satanás.

Na verdade o que nos choca à primeira vista é com relação as crianças antes do uso da razão. Elas são inocentes, Não têm nenhum pecado pessoal. Mas têm o pecado original que é algo negativo, ou seja é a ausência da graça santificante, como as trevas são ausência da luz. Como isto foi causado pela astúcia do demônio, indiretamente podemos dizer que a criança está sob o poder do demônio.


O demônio instigou nossos primeiros pais e eles tendo perdido a graça todos nós (com excessão de Nossa Senhora) somos concebidos e nascemos com o pecado original.

Já quanto aos adultos que têm pecados mortais, estão com a alma sem o Espírito Santo e filhas do demônio e suas escravas, De Judas Iscariotes Jesus disse claramente que ele não estava limpo porque estava com o demônio. Quando a pessoa peca mortalmente ela expulsa o Espírito Santo e entra na alma o espírito imundo.

Existe outra coisa mas é bem diferente: é a possessão do demônio. O demônio toma conta do corpo e dos sentidos da pessoa.


O batismo e a penitência são chamados sacramentos dos mortos. Mortos espiritualmente, quando um adulto é batizado são-lhe perdoados todos os pecados.


Vamos ilustrar um puco o que acabamos de dizer com algumas citações da Bíblia:


São Paulo aos Efésios 2,3: "que por nascimento somos filhos da ira"


Romanos 5,12 "todos pecamos em Adão"

Para os adultos: 1João 3,8: "Aquele que comete o pecado é do demônio [...] versículo 10: Nisto se distinguem os filhos de Deus dos filhos do demônio"

Colossenses 1, 12-14: "... Dando graças a Deus Pai, que nos fez dignos de participar da sorte dos santos na luz, o qual nos livrou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do Filho do seu amor..."

Pe. Alípio, tradutor de São Josemaria Escrivá no Caminho, disse que mesmo na possessão demoniaca, o demônio não entra no corpo do indivíduo, mas exerce sim uma influência forte e quase total, mas estando sempre de fora do corpo da vítima. Segundo ele, é impossível tal invasão, e a palavra de expulsão do demonio de um corpo é ambígua e acaba levando ao erro.

Segundo ele, a possessão é sempre de fora.

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