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Maldição hereditária


Maldição hereditária ,propriamente dita, não existe. É teoria protestante.

O que pode haver é os filhos arcarem com consequências de atos dos pais, por razões nada sobrenaturais.

Há também a questão de pessoas amaldiçoarem outras (pais a filhos, filhos a pais, etc).

As pessoas contraem maldições para si próprias, e seus descendentes não podem sofrer por algo do qual não têm culpa. Podem espernear à vontade, mas isso de maldição contraída por si e sofrida pelos demais NÃO existe, e é invenção protestante copiada por certos grupos carismáticos. Oficialmente, a RCC não ensina isso, mas muitos GOs espalham essa doutrina falsa Brasil afora. Muitos sacerdotes de renome, como o Pe. Robert DeGrandis, SSJ, ensinam isso, infelizmente.

Também acreditamos em maldição. A Igreja também acredita em maldição.

O que nem nós nem a Igreja acreditamos (e nós só cremos assim porque a Igreja o ensina) é que a tal maldição possa passar de geração em geração.

Assim, se eu sou amaldiçoado, o problema é meu, não dos meus filhos nem dos meus netos.

Critico a "oração por quebra de maldições" porque ela fala em quebrar as maldições rogadas aos nossos antepassados.

Outrossim, a maldição, como malefício diabólico, deve ser corretamente entendida, verificada, analisada e, se necessário, "curada" por um sacerdote com experiência no assunto. E feito em privado, não na TV diante de todo mundo, berrando "eu renuncio, em nome de Jesus, a toda macumbaria!" Isso não encontra semelhança em lugar nenhum da tradição da Igreja.

Qualquer combate contra o diabo deve ser travado com os ritos apropriados e não com imitações baratas da "Deus é Amor." Infelizmente tem muito padre metido a Davi Miranda por aí.
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Maldição existe, o diabo existe, ele age, tenta, possui, faz "o diabo", hehehe. O que NÃO existe é a maldição lançada contra os pais "pegar" nos filhos, que é justamente a idéia principal da cura de gerações e da quebra de maldições.

D. Estêvão Bettencourt, OSB, fala sobre.

O que se transmite entre gerações (além de características genéticas e, de acordo com o ambiente, certos modos, certos comportamentos, moldados desde a tenra infância e pelo meio) é o pecado original, e este é apagado no Batismo. Não adianta nem dizer, para justificar a maldição hereditária, que, embora o pecado original seja apagado no Batismo, resta a conseqüência, pois esta conseqüência é a concupiscência, a inclinação ao pecado.

Resumindo:

1) A única coisa que se transmite de geração em geração é o pecado original.

2) O pecado original é apagado no Batismo.

3) A única conseqüência do pecado original que permanece após o Batismo é a concupiscência.

A maldição não passa de geração em geração. Pode pegar apenas no amaldiçoado, não em sua prole.

Agora, o diabo pode se aproveitar da maldição lançada para atazanar a vida dos descendentes? Pode, mas faria isso com ou sem maldição. Aí entram alguns casos narrados pelo Pe. Gabrielle Amorth.

Vejo uma diferença grande: uma coisa é um pai amaldiçoar seu filho; outra alguém amaldiçoar o pai e "pegar" no filho que ainda nem nasceu, porque essa maldição teria sido transmitida.

Creio que existe a maldição lançada ao Fulano. Ela não "pega" no Fulano Júnior nem no Fulano Neto (se ele for nobre, Fulano III). Mas no Fulano que era o patriarca poderá pegar sim.

Quanto à maldição "sejam amaldiçoados tu, Fulano, e toda a tua descendência", acho que, se ainda não gerados, não poderão ser amaldiçoados. Pois como amaldiçoar o que ainda não existe? Se estiverem gerados, é outro problema, e talvez pegue.

Mas a oração da quebra passa a régua, e vira sessão de espiritismo.

Sabe do que eu me lembro quando vejo as tais orações de quebra de maldição, Marcio? Da paranóia dos mórmons, que ficam loucos fazendo suas árvores genealógicas, para saber os nomes dos ascendentes, a fim de que sejam "batizados" post mortem no mormonismo e, assim, abençoados.

É a mesma coisa! Será que meu tataravô que veio da Suíça era amaldiçoado? Deve ser por isso que algo dá errado na minha vida? Já sei, vou procurar um padre "quebrador de maldições hereditárias". Se não achar, consulto o Walter Mercado mesmo.

O problema não é lançar maldições à descendência, mas achar que uma maldição lançada sobre o pai se transmita ao filho por si só. O que estou dizendo é que não creio que a maldição lançada no pai se transmita ao filho. Agora, se a maldição for lançada no próprio filho, é outra coisa.

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A maldição não pega por si só, mas pelo diabo ver nela uma oportunidade de fazer o mal. Claro que quem está em Cristo não teme tais coisas. O que não significa que, mesmo em Cristo, Satanás não possa, por permissão de Deus, nos tocar. É verdade que a graça nos cobre e Deus nos protege, mas se Ele permitir podemos ser provados inclusive com o diabo nos tocando por meio de maldições, desde que isso nos leve à santificação. Se até mesmo possessões podem ocorrer com quem está em graça, por que não uma mera maldição? É caso da Anneliese Michel, não?

Outra coisa é que nem sempre sabemos se estamos em graça, e não podemos presumir disso absolutamente. Quem garante que nossa confissão foi completa, que nos arrependemos plenamente de todos os pecados, inclusive dos veniais? Temos ESPERANÇA na salvação, não CERTEZA.

Assim, talvez para fugir de certo protestantismo pentecostal (que vê o diabo em tudo e acredita em poderes de maldição além do normal) pode-se cair no perigo de professar certo protestantismo histórico (de achar que, por estarmos em Cristo, COM CERTEZA DE SALVAÇÃO PELA FÉ-CONFIANÇA DE LUTERO, nada nos toca, por sermos eleitos etc).

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Os Mórmons mantêm um site de procura de antepassados

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Se um pai/mãe fala pro filho: "Você é um demônio"... coisas desse tipo?

A intenção é de realmente dizer que ela é um anjo decaído? Ou de chamá-la de condenada? Claro que não!

A língua portuguesa é rica e dá diversos significados para as palavras. Lembra do colégio: sentido conotativo e denotativo. Por vezes, utilizamos um vocábulo apenas de modo analógico, com um significado distinto.

Por exemplo, quando eu canto o hino - "pátria amada, idolatrada" -, seria eu um idólatra? Ou quando digo que adoro determinada comida, estaria eu violando o mandamento que diz para não adorar outra coisa que não a Deus? Ou quando alguém chama sua namorada de "minha princesa", ou uma criança de "anjinho", será que está conferindo a seu amor um caráter monárquico ou à criança a natureza angélica?

Urge compreendermos que essa variação lingüística é uma expressão da rica diversidade de um idioma, e muito característica do pensamento católico, o qual sabe conjugar os diferentes matizes e nuances de todas as coisas e seres. Prender-se a formas severamente estritas é mais próprio do espírito protestante, que cerceia os empregos analógicos e a riqueza cultural expressada nas diversas palavras e nos diversos usos de uma mesma palavra. Nisso há manifestação da tendência gnóstica do puritanismo, da qual nossa sociedade não se desfez infelizmente.

No contexto percebe-se que não se trata de tomar a criança como se condenado ao inferno fosse.
 
Mas por exemplo: uma mãe que frequentou o espiritismo por anos e consagrou seus filhos já nascidos a "entidades" e "demônios". Como a Igreja vê esses casos? Eles estão livres dessa "consagração" ou não.

É possível que essa consagração ao diabo "pegue", pois não se trata de uma herança, e sim de uma maldição direta. Todavia, tomemos cuidado: não é que a maldição, por si só, tenha poder. Não existem "sacramentos demoníacos". O que existe é a possibilidade de, por ocasião de uma maldição, o diabo se aproveitar e entender como um pedido para que ele reine nessa alma. É uma simulação de sacramento diabólico.
 
O Monsenhor Jonas no seu livro "Sim, sim! Não, não!", ensina que essas pessoas que frequentaram o espiritismo e essas pessoas "consagradas" (mesmo que não partiu delas o ato de consagrar, mas houve uma "entrega" ao dêmonio, e é preciso romper)devem primeiramente renunciar, e depois se confessar. E aí?

O arrependimento sincero junto da confissão são uma forma de renúncia. Quem renuncia ao pecado, renuncia ao autor do pecado. Assim, essa frase do Mons. Jonas, dando a entender que é necessário renunciar, está absoluta demais. Existem casos, claro, em que talvez uma oração de renúncia mais explícita seja necessária, e até algum tipo de exorcismo (seja solene - sobre possessos -, seja simples - oração de libertação sobre atormentados pelo diabo), mas aí vai ser no caso concreto. Fórmulas universais não existem, pois as almas são distintas.

Versículos que falam sobre o lançamento de maldições:

São Tiago 3,9-10 :

Com ela ( a lingua) bendizemos o Senhor, nosso Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede a benção e a maldição. Não convem meus irmãos , que seja assim."

I Pedro 3,9:

" Não pagueis o mal com mal, nem injúria com injúria. Ao contrário, abençõai, pois para isto fostes chamados, para que sejais herdeiros da benção."

Em ambas as citações a Bíblia de Navarra não coloca como que se tivéssemos poder para lançar maldições a alguém, mas ensina que o cristão deve se pautar pela caridade, que não quer o mal de ninguém. Nos estimula a termos um coração sem maldades, para além de testemunharmos a Cristo, vivamos por Ele, santamente.

Em relação ao que disse o Paulo, vejo assim. Se uma família, toda ela, vive longe de Deus, sem Sua graça, que é aquela que nos faz agir meritória e santamente, em obediência a Deus, ela automaticamente viverá de acordo com o demônio. Ou se serve a um, ou se serve a outro. Se servirmos o mal, nossas obras serão más.

Agora, se ele atua fazendo com que todos possam ter um tipo de doença, comum a todos, não posso afirmar. Mas sabendo de como ele é maligno, é bem possível, né não?

Sobre São Tiago, a de Jerusalem diz que a fórmula antitética "bendizer - maldizer"é frequente no AT (Gn 12,3; 27,29; NM 23,11; 24,9; Jr 8,34). Mas o cristão é incapaz de maldizer (Cf Lc 6,28); Rm 12,14; I Pe 3,9)

Sobre Pedro, fala a fraternidade, harmonia de corações e perdão dos inimigos.

Essa crença é do velho testamento sobretudo dos livros mais antigos pois neles ainda era forte a concepção tribal onde o indivíduo era responsabilizado pelos pecados dos antepassados.

Os livros mais recentes da literatura profética rompem com esta visão ao mostrarem que a responsabilidade é individual.Ezequiel diz que cada um "morrerá pelo seu pecado "

Essa ideía de maldição hereditária tem duas origens : o pentecostalismo e o espiritismo.

Quando somos de Deus e nos santificamos nEle, o demonio não nos toca, a não ser pela permissão de Deus, para que nos fortaleçamos. Somos de Deus, Ele cuida de nós.

Se sou dele e estou em graça, não há palavras de maldição que vá`"pegar" pela força desta pessoa. Quanto ao meu pecado, sou tentada mas só peco se eu consentir.

Minha vida eu me pauto assim: revejo e arrependo dos meus pecados diante de Deus, e vou me conduzindo pedindo sempre sua dureção. Posso errar? posso, mas mesmo assim creio que DEus permitiu tudo para o bem e minha salvação. Foco nele sempre.

É claro que infelizmente existe pessoas que optam pela prática da evocação com espíritos e mortos, tanto diretamente nas religiões afros como nas seitas orientais, uma prática totalmente ilícita condenada diretamente pelo próprio Deus " Não vos voltareis para os necromantes nem consultareis os adivinhos (...) Levítico 19,31. Contudo, como os servos do Senhor são para Ele menina dos Seus olhos, tal 'praga' seria vã, mas para os autores de tal façanha, roga para si mesmo uma maldição, pelas consequências dos atos cometidos que vão contra os príncipios da Lei de Deus.

O seriado "Sobrenatural" incentiva a buscar nas práticas ocultistas as respostas pelos males da vida, sendo que o ponto principal do mal enraízado na vida da pessoa está nos atos de consultas aos espíritos e demônios.

Catecismo de São Pio X366. Todas as práticas de espiritismo são proibidas, porque são supersticiosas, e muitas vezes não estão isentas de intervenção diabólica, razão porque foram justamente interditas pela Igreja.
 
Pergunta: Por que as crianças nascem deformadas? Isso não seria punição pelos pecados passados?
 
Resposta: As crianças nascem deformadas por erros genéticos.
Seja por uso de medicações teratogênicas pelos pais, ou seja, por informações genéticas falhas que os pais carregam em seus cromossomos.
 
Nada tem haver com o pecado anterior de uma vida passada ou dos pais.
 
O erro genético a luz da Igreja, pode ser explicada pelo pecado de Adão, criado, sem defeitos, que pelo pecado original acabou levando a erros em sua estrutura. E cada vez mais que passa o tempo estes erros ficam mais graves e mais numerosos e surgem erros novos.
 
Paulo diz que toda a Criação agoniza depois do pecado de Adão.
Caso fosse de pecados da vida passada, seria algo injusto sofrer por algo que não sabe. Pagar em outra vida o pecado cometida na anterior, em nada vai melhorar a vida da outra pessoa que foi prejudicada, não há justiça neste sistema. É Fatalista. Não meio de conseguir perdão a não ser por reencarnações.
 
Vai contra a bíblia completamente. Já que devemos morrer uma só vez e Depois da Morte sobrevem o Juízo. (Hebreus 9,27).
 
Como o povo deve ficar sabendo, a ameaça do castigo aos ímpios e criminosos, até a terceira e quarta geração, não quer dizer que todos os descendentes paguem indistintamente pelas culpas de seus antepassados; mas que nem toda a posteridade poderá evitar a cólera e vingança de Deus, embora os próprios culpados e seus filhos tenham ficado sem nenhuma punição.
 
Foi o que aconteceu com o rei Josias (cf. Cr 34,1ss). Graças à sua exímia piedade, foi poupado por Deus, que o fez morrer em paz e repousar no túmulo de seus antepassados, para que não visse as desgraças que haviam de irromper sobre Judá e Jerusalém, por causa da impiedade de seu avô Manassés (cf. 2Rs 21,11; Jr 15,4). No entanto, logo que ele morreu, a vingança de Deus caiu sobre os seus descendentes, mas de tal maneira, que nem os próprios filhos de Josias foram poupados (2Cr 34,28; 2Rs 22,19ss; 23,26).
 
De que modo, porém, se conciliam estas palavras da Lei com a afirmação do Profeta: “A alma que pecar, ela mesma morrerá?” (Ez 18,4).
 
Mostra-o, claramente, a autoridade de São Gregório, que se põe de acordo com todos os outros Padres antigos.
 
Ele dizia assim: “Quem imita a ruindade de seu pai, que é mau, envolve-se também em seu pecado. Mas quem não imita a ruindade de seu pai, de modo algum responde pelo delito que o pai tenha perpetrado. Daí resulta, como conseqüência, que o mau filho de um pai perverso deve sofrer não só pelos pecados que ele mesmo cometeu, mas também pelos pecados de seu pai. Pois, sabendo que os pecados de seu pai provocaram a indignação de Deus, se intimidou de acrescentar-lhe ainda a sua própria maldade. Se alguém, à vista do juiz inexorável, não teme prosseguir nos caminhos de seu pai perverso, é de justiça que, ainda nesta vida, seja forçado a expiar também as culpas de seu pai transviado”.
 
Ademais deve se ver quanto a bondade e misericórdia de Deus vai além de Sua justiça (cf. Tg 2,13). Pois Deus estende Sua cólera até a terceira e quarta geração, mas usa de Sua misericórdia com milhares de gerações (cf. Ex 20,5-6). Concluindo, convém acentuar que aqui se trata de punições temporais, já neste mundo. 1

As crianças nascem deformadas por erros genéticos.

Seja por uso de medicações teratogênicas pelos pais, ou seja, por informações genéticas falhas que os pais carregam em seus cromossomos.

Nada tem haver com o pecado anterior de uma vida passada ou dos pais.

O erro genético a luz da Igreja, pode ser explicada pelo pecado de Adão, criado, sem defeitos, que pelo pecado original acabou levando a erros em sua estrutura. E cada vez mais que passa o tempo estes erros ficam mais graves e mais numerosos e surgem erros novos.

Paulo diz que toda a Criação agoniza depois do pecado de Adão.

Caso fosse de pecados da vida passada, seria algo injusto sofrer por algo que não sabe. Pagar em outra vida o pecado cometida na anterior, em nada vai melhorar a vida da outra pessoa que foi prejudicada, não há justiça neste sistema. É Fatalista. Não meio de conseguir perdão a não ser por reencarnações.

Vai contra a bíblia completamente. Já que devemos morrer uma só vez e Depois da Morte sobrevem o Juízo. (Hebreus 9,27)".

Referências:

1 O que a Igreja ensina sobre... Ed Canção Nova

 

©2009 Tradição em foco com Roma | "A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência" Doctor Angelicus Tomás de Aquino