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Teologia da Libertação já era combatida na novela Roque Santeiro Parte II


Surpreendente, alguns capítulos da novela há uma verdadeira aula de doutrina sobre os males do socialismo. O personagem padre Albano (Claudio Cavalcante) , TL, tenta mobilizar uma arruaça para fazer uma reforma agrária com as terras de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e influência a filha dele, Tânia (Lídia Brondi) a ajudá-lo nesse processo.

Em conversa particular com sua filha, Sinhozinho Malta explica sobre o ciclo natural da desigualdade social para a filha:

" A posse individual de bens é direito de cada ser humano, temos direito a conquistar o necessário para uma vida confortavel para nós mesmos. O ser humano encontra a sua dignidade no trabalho e no produto de suas mãos. Negar o trabalho do homem e sua apropriação do que cultivou e produziu é negar uma parcela da dignidade e mesmo da potencialidade humana, a potencialidade de criar e administrar sua vida, sua família, seus bens, de acordo com seu trabalho. Sempre foi assim e assim vai ser. Não é porque esse padre comunista e outros que estão proliferando por aí dizem o contrário que vai ser a partir deles o correto. "
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Vida é vida.

Há que se levar o âmbito completo do ser humano.

Nós temos em nós mesmos 4 divisões: a parte física, a do metabolismo, a da vontade e a da espiritualidade (ou corpos físico, vital, astral e o eu). Na cidade só se lembra da vontade e do físico.

Negligencia-se o ser humano por completo desde o Materialismo histórico dialético: desde Marx, o ser humano (como toda a realidade) é só as relações físicas. É a evolução natural que parte daquelas reações químicas que ocorriam com descargas elétricas e chega no homem. Nesse visão, é como se o metabolismo do homem ocorresse tal qual uma pedra cai da ladeira, segundo leis simples, que se aglomeraram de forma aleatória até chegar ao homem.

Há que se ter muita fé cega para acreditar nisso (Deus é muito mais óbvio).

O fato é que Marx nega o espírito, e como a linguagem da nossa sociedade é predominantemente marxista, achamos normal ter isso como ponto de vista. A cidade (e as relações sociais nela atualmente) alimenta o que o ser humano tem de mais baixo justamente pois negou-se a parte alta do homem, aquilo que o faz diferente dos animais: a auto-consciência, o espírito, a individualidade (ou seja, não agir grupalmente).

O feudalismo tinha como base uma outra concepção das coisas, que foi destruída. O feudalismo só é interessante dentro dessa humanidade que não existe mais. Um "revival" feudal hoje não resolveria, porque o mundo no qual ele funcionava - o universo moral que o tornava possível - desapareceu.

Pra trazer o modelo de volta o homem teria que retomar todo o conjunto de valores morais que havia na Idade Média, em toda a sua amplitude - e, a partir desse conjunto de valores, que lá ainda era imperfeitíssimo, seguir em frente. Teríamos, então, um modelo derivado daquele, que teria como lastro noções boas, como honra, lealdade, esforço, etc. São coisas que, a meu ver, não se consegue de trás pra frente, pois dependem de fundamentos insubstituíveis. Que já foram aniquilados. Infelizmente, mas foram.

A esquerda odeia o neoliberalismo (ainda que ela tenha feita uma manipulação grosseira com o significado original do termo: um liberalismo com responsabilidade social), mas nunca irá implementar o socialismo/comunismo por sua simples incapacidade prática de implantação.

O que se faz, então?

Uma reformulação ideológica, de forma que dobrar o socialismo/comunismo à realidade atual e, quando este estiver atado à realidade, comoçar a dobrar a realidade ao velho socialismo/comunismo.

Os neocomunistas manipulam sua ideologia segundo seus propósitos, sempre reformulando seu pensamento. Por isso são neocomunistas, neo isso, neo aquilo...

O que importa é nunca perder seu gap entre o real e o ideal, a propósito, um estilo de pensamento característico do totalitarismo. Sempre que possível (como dito acima), dobra-se a realidade aos princípios ideológicos.

Acreditar que ser rico ou ser um grande industrial é ser defensor do capitalismo é, com o perdão do termo, fazer o papel de um completo idiota.

Muitos movimentos de esquerda em todo o mundo, por meio de ONGs "engajadas", recebem financiamento de grandes empresas e de milionários.

É um belo negócio para eles, mesmo do ponto de vista pragmático, pois garantem para si a proteção estatal contra a livre concorrência, por meio de leis trabalhistas, regulamentações de controle de qualidade, etc.

Por que existem tantos movimentos sociais, burocracias estatais e ONGs dizendo que o mundo vai acabar e defendendo radicalmente o discurso ecológico?

Simples, é a nova forma que muitos setores da esquerda comprometidos com a ideologia socialista encontraram para derrubar o capitalismo.

Querem fazer da dinâmica globalista do capitalismo a grande vilã responsável pelas tragédias ecológicas e a substituírem pelo modo de produção coletivista, padronizado e planificado ao mesmo tempo que lançam a ideologia do politicamente correto como forma de dominação dos debates e como forma disfarçada de censura.

É claro que podemos enganjar na luta ecológica, mas não me permito ser enganado por aqueles que a utilizam com interesses políticos e ideológicos.

E o pior é que eles não percebem que os males da globalização (integração forçada dos povos, destruição das culturas) não foram causados pelo livre mercado mas sim pelo Estado "neo-liberal" e pelas grandes corporações que ele protege.

Não há nada de errado em acumular bens, afinal não haveria progresso sem propriedade privada. O problema é quando colocam o capital no lugar de Deus e ficam batendo insistentemente na tecla do materialismo, sendo que o que interessa de fato é a riqueza na vida eterna; tudo o que conseguirmos nesta vida, ficará nesta vida terrena. Só por aí já dá para perceber como é burrice as pessoas serem obcecadas tanto por prosperidade a ponto de idolatrar o dólar no altar.

Neo liberalismo gera desemprego propositalmente?

Simples, baste responder à seguinte pergunta: O que Bill Gates ganha com o aumento do desemprego?

Nada, é claro. Para os empresários, quanto mais ricas as pessoas ficarem, melhor: pois elas comprarão ainda mais produtos dele e eles ficarão ainda mais rico.

Além do mais, o termo o "liberalismo causa", tanto quando "comunismo causa" é uma confusão entre sujeito lógico e sujeito gramatical.

A rigor, nem comunismo nem liberalismo causam nada, pois, por serem conceitos abstratos, não pode ser agentes sociais.

O que estes termos designam são tipos de organização social que privilegiam a ação de determinados agentes.

"Comunismo" é uma ordem social onde os principais agentes são os partidos, os governos e os movimentos sociais. "Liberalismo" é uma ordem onde os principais agentes são os consumidores - e não os empresários.

Isto está meio grosseiro, mas acho que deu para entender a idéia geral.

O termo "Neo-liberalismo" não tem um significa claro, não chega a se um conceito. É, basicamente, um xingamento, um "rótulo odioso".

Aquilo que o pessoal chama de "neoliberalismo" no Brasil foi o governo de FHC. FHC não é liberal, e sim um social-democrata. Social-democracia é uma vertente socialista mais moderada.

Veja o nosso país: a maioria das pessoas que se formam não procuram emprego na iniciativa privada, e muito menos formam empresas.

A grande maioria simplismente estuda para concurso público - e, portanto, vai trabalhar para o Estado.

O fato de que há mais oportunidade dentro do Estado do que fora já caracteriza nosso país como um país socialista.

Portanto, resumindo:

O "neoliberalismo" de FHC foi o socialismo moderado que nos levou a viver, atualmente, em uma república socialista (moderada, ainda, felizmente).

O socialismo é o regime que caminha (sem nunca chegar) na abolição da propriedade privada. É o que está acontecendo na Venezuela e até mesmo em regiões da Europa.

Essa progressiva abolição da propriedade privada é que gera miséria - como podemos observar no progressivo empobrecimento da Europa, e como veremos em alguns anos, quando a Venezuela quebrar totalmente e passar a depender exclusivamente do petróleo.

O primeiro ponto é que o liberalismo ( ao contrário do socialismo) é uma ciência séria, honesta, que analisa seus erros e verifica os modelos teóricos que propõe. O liberalismo como ciência econômica é perfeito ou quase. O duro é que é uma "ciência", então não tem clichês e panfletos muito agradáveis de ouvir como o socialismo fornece aos borbotões. O socialismo é vendido como se fosse uma ciência ( e na verdade é ) mas é uma ciência podre, sem sustentação empírica e lógica. Ele te vende idéias fantásticas que nunca vão se cumprir na realidade. É um estelionato científico. O liberalismo te fornece promessas modestas que poderão se concretizar e ser verificadas no futuro.

Existem dois conceitos básicos no liberalismo. O maior importante deles é o de que a riqueza não é estática. Ela pode ser "gerada". Parece um conceito meio metafísico isso e na verdade é mesmo. Isto é muito importante e acho que é a pedra mestre do liberalismo. O socialismo vende uma idéia de que a riqueza é estática. Isso se deve ao materialismo implícito do socialismo. Nada existe além do que já existe. Nada existe além da matéria. O liberal lida com um conceito abstrato ( a criação de algo que não existia antes ) e nem sabe disso. Acho que o grande erro filosófico de alguns liberais (não são todos) é querer reduzir o liberalismo ao nível material do socialismo.

Para o liberalismo existe um mecanismo natural dentro da economia chamado "livre mercado" (Liberalismo vem de "Líber" = livre). Para o socialismo existe a sociedade. Para o liberal existe o livre mercado. O liberalismo prevê que o livre mercado é capaz de gerar sozinho a riqueza sem a necessidade de uma intervenção ou controle externo. Mais: o livre mercado se auto regula-melhor, determina melhor preços e demandas do que a intervenção governamental faz. Na verdade até mesmo o dinheiro é uma criação do livre mercado que os governos sequestraram para si. Governos só criaram uma coisa: impostos.

Mesmo que não queira, uma pessoa no livre-mercado gera riqueza e distribui essa riqueza pois ela necessita da venda de serviços/produtos de outras pessoas que para ser gerados necessitam de trabalho. Ao criar impostos e estatizar o governo tira essa possibilidade de distribuição de riqueza pois outras pessoas que poderiam estar gerando essa riqueza estão impossibilitadas de gera-la.

As empresas estatais não geram riqueza. Elas sugam riqueza do mercado pois não vivem do lucro. Não vivendo para o lucro não são cobradas em cima de resultados, são ineficientes e cobrem seus rombos com o dinheiro dos impostos ou vendendo produtos sem o preço correto regulamentado em cima do monopólio e da taxação e não do livre-mercado.

O livre-mercado possui a chamada "lei da oferta e da procura". Esse mecanismo aparentemente mágico surge das relações entre as partes que vendem produtos e serviços e as que compram. Existe duas leis muito simples: quanto maior a oferta, menores os preços de um determinado produto ou serviço. Quanto maior a procura, menores os preços de um determinado produto ou serviço.

Competição gera concorrência, que aumenta a oferta. Aumentando a oferta quem vende é automaticamente obrigado a diminuir seu preço de venda, pois senão não vende. Ou deve ser mais eficiente, oferecendo melhores produtos e melhores serviços. Essa é a mágica. O monopólio e a taxação (fixação de preços pelo governo como tarifas) destróem a capacidade do mercado de oferecer preços e serviços melhores.

Por exemplo: ao privatizar as linhas de ônibus de São Paulo a prefeitura, embora tenha passado para a iniciativa privada o serviço, continuou determinando o preço da tarifa como se ela fosse capaz de estipular isso com base numa varinha mágica. A prefeitura matou a capacidade do livre mercado de abaixar os preços das tarifas gerando monopólio dos preços. Como o serviço é privado, a culpa acaba sendo jogada em cima das companhias e do "capitalismo selvagem" que acaba virando o vilão da história.

As lotações que antes funcionavam perfeitamente dentro das regras do livre mercado cobravam preços menores (pois competiam entre si) e ofereciam um serviço de melhor qualidade, indo mais rápido que os ônibus comuns.

A visão socialista desse tipo de solução diz que as lotações estavam na "ilegalidade". O socialista acha lícito e ordeiro cobrar e exigir impostos. O imposto, para o socialista, é santo e deve ser beatificado. Socialismo está para imposto como a unha está para a carne. O imposto é tão santo para o socialista que ele consegue te convencer que o roubo é lícito. Imposto é roubo lícito. Um roubo praticado com a anuência da lei. Que direito tem o governo de passar a mão em cima daquilo que você produziu com seu esforço sem te dar nada em troca? O governo é o seu sócio invisível.

Para o socialista o legal é o governo ser seu sócio. Então as lotações foram endemonizadas e jogadas nas mãos de cooperativas "legais" que monopolizam o serviço cobrando as taxas que a prefeitura determina. Hoje as lotações cobram taxas iguais aos dos ônibus e pelo menos 100% mais caras que antes.

Outro exemplo visível do que o livre-mercado e a concorrência podem fazer para melhorar a vida das pessoas é a telefonia no Brasil. Antes os telefones estavam nas mãos de empresas estatais e somente 5% da população tinha um aparelho em casa. Muitas empresas não tinham aparelhos e tinham que alugar uma linha de terceiros para funcionar. A qualidade do serviço era péssima e os preços absurdos. Uma linha custava algo em torno de US$ 3000,00 ( 100 mil reais) e podia demorar até 10 anos para sair. Linhas telefônicas eram consideradas "bens de investimento" pois podiam ser compradas e revendidas mais tarde a um preço mais alto.

Com a escassez surge o "mercado negro", outra característica do socialismo. Como tudo que é tirado da livre iniciativa passa a faltar (como os telefones) surge a disponibilidade de compra em quantidade pequena no "sub-mundo" no mercado livre paralelo que é visto como "ilegal".

Com a privatização das empresas de telefonia durante o governo FHC o preço das linhas caiu abruptamente, a qualidade aumentou sensivelmente (hoje existe internet e telefonia celular via linha telefônica, algo antes impensável) e praticamente todas as pessoas no Brasil tem acesso à um celular no mínimo. Até pessoas que moram em favelas tem celular. A iniciativa privada faz melhor o que o governo promete e não cumpre. Isto deixa os socialistas doentes. Por isso as privatizações foram endemonizadas. Quer deixar um socialista doente de ódio? Mostre para ele que a iniciativa privada faz melhor aquilo que o governo promete fazer com os impostos e não faz.

Então, surge a inevitável pergunta: para quê pagar imposto? Pois é. Para o socialista este tipo de pergunta merece ser distutida com seriedade e dentro dos métodos de convencimento socialistas, se possível na base da força e da ameaça.

Outra coisa que deixa o socialista doente é a capacidade do agro-negócio colocar comida barata e de qualidade na mesa das pessoas. Pessoas satisfeitas, que não passam fome, não dependem das esmolas do governo para nada. Assim sendo a reforma agrária é uma das vigas mestre de todo bom governo socialista. A desculpa é que existe muita terra "improdutiva" nas mãos da iniciativa privada. Assim sendo essas terras tem que ser "socializadas", distribuídas entre os pobres para que possam ser trabalhadas, gerando empregos e colocando comida melhor e mais barata do que a comida gerada pela iniciativa privada gananciosa e perversa.

O termo "improdutiva" desaparece tão logo essas terras são coletivizadas. Alguém já ouviu falar dos índices de produtividade das terras em posse do MST? Isso não existe. Nem sequer fotos são permitidas de muitos acampamentos. A questão é que as terras são socializadas para ficarem improdutivas mesmo, destruindo a capacidade da iniciativa privada poder trabalhar essas terras, espalhando o pânico e a incerteza entre os produtores rurais.

Desnecessário dizer que terra "improdutiva" para o MST não é aquela terra encostada, que ninguém quer trabalhar. Essa terra não interessa e o Estado tem muita terra assim. O que interessa realmente são as terras produtivas e em mãos da iniciativa privada. Como o socialista não acredita na geração da riqueza ele acha que a riqueza que o outro tem deve ser "compartilhada". Assim sendo o MST é incapaz de gerar riqueza e a sua função é consumir a riqueza dos outros espalhando a destruição como uma nuvem de gafanhotos.

Como tudo de caráter socialista, o MST na verdade não é um movimento social legítimo e sim uma forma de guerrilha, uma célula de terror a serviço do poder do Estato para coibir a amedrontar a iniciativa privada. Como consequência dessa ações diabólica as terras coletivizadas são abandonadas (pois ficam inutilizadas) e outras terras produtivas são destruídas espalhando a destruição no campo. Como resultado dessa "coletivização" o preço dos alimentos sobe e a escassez começa a surgir entrando no círculo vicioso socialista.

Em países como a URSS e a China a coletivização das propriedades rurais gerou os maiores genocídeos de que se tem notícia. Na China de Mao morreram 40 milhões de fome. E na URSS de Stalin mais 40 milhões. Na URSS de Lênin, mais 20 milhões. A fome é tanta que as pessoas passam comer carne humana na escassez do alimento. Na China e na URSS as crianças órfãs serviam de alimento no desespero que a fome gerou. Isso acontece ainda hoje na Coréia do Norte Kin Jung Il. Lá as plantações foram coletivizadas pelo governo que só planta o ópio. Toda a comida da Koréia do Norte vem de doações internacionais, seja da vizinha Coréia do Sul, seja da ONU e outras entidades. O governo toma essa comida e distribui entre membros do partido que a vendem no mercado negro.

Os movimentos socialistas no campo são a arma mais perversa que o socialismo dispõe.

O comunismo tira mais dinheiro do que devolve ao povo. É simples assim. Se não, não daria certo. Por isso todo país comunista é pobre e palpérrimo. A China é um país rico agora, mas antes caia aos pedaços. Mesmo assim hoje 120 milhões de chineses moram em cavernas ainda.

Isto se deve ao fato do comércio entre nações, algo que já acontece desde os mercantilismo.

A questão da China tem duas frentes.

A primeira é a aproximação ideológica da chamada "inteligentzia" esquerdista com esse tipo de país. O Brasil concedeu à China reconhecimento de "ecomomia de mercado" na Organização Mundial do Comércio. Assim sendo o Brasil não poderá no futuro queixar-se de práticas abusivas adotadas pelo governo chinês como dumping e subsídeos que diminuem artificialmente os preços dos produtos e eliminam a concorrência honesta.

No Brasil os efeitos desse acordo já são sentidos há muito tempo. A indústria têxtil (uma das maiores exporatadoras e empregadoras do país) já demitiu mais de 250 mil funcionários e praticamente congelou investimentos que vinham sendo feitos. Em dez anos estará sucateada.

A China ( um país comunista há mais de 50 anos) adota um modelo de fábrica "prisão" onde os condenados são obrigados a trabalhar de graça e as cooperativas de trabalho ( em mão de funcionários ou amigos próximos ao Partido Comunista Chinês) empregam pessoas nas piores e mais desumanas condições de trabalho possíveis ganhando os menores salários do mundo. São praticamente escravos trabalhando nas fábricas. Não existem sindicatos na China.

Ah sim, e o comunismo surgiu para melhorar as condições de trabalho da classe operária. O comunismo cresceu dentro da classe operária na Europa. Para você ver como o comunismo só promete, promete, promete e só entrega esmolas, desgraça, escravidão e morte. Atualmente existem 120 milhões de chineses vivendo em cavernas ( eu escrevi "cavernas") sem condições de esgoto, água ou luz.

No que diz respeito ao amor desordenado dos bens da terra, é mister recordar que as riquezas não são fim, senão meio que nos dá a Providência para acudir às nossas necessidades; que Deus é sempre soberano Senhor das riquezas, que nós não somos afinal mais que administradores e que teremos de dar conta do seu uso.

É pois, consumada prudência consagrar uma larga parte do superfluo a esmolas e boas obras: é acomodar-se aos desígnios de Deus que quer que os ricos sejam, por asssim dizer, os ecônomos dos pobres; é colocar no banco do céu um depósito, que nos será restituído centuplicamente quando entrarmos na eternidade: «Entesourai antes para vós tesouros onde nem ferrugem nem a traça destroem, e onde os ladrões não desenterram nem furtam: thesaurizate autem vobis thesaurus in caelo, ubi neque aerugo neque tinea demolitur, et ubi fures non effodiunt nec furantur

E é este o meio de desapegar nossos corações dos bens terrestres para os elevar até Deus: «Porquanto, acrescenta Nosso Senhor, onde está o teu tesouro, aí está o teu coração: «Ubi enim est thesaurus tuus, ibi est et cot tuum.» . Busquemos, pois, antes de tudo o reino de Deus, a santidade e o demais nos virá por acréscimo.

Para o homem alcançar a perfeição, tem que fazer mais ainda; tem que praticar a pobreza evangélica: «Bem aventurados os pobres de espírito: Beati pauperes spiritu». O que de três maneiras se pode fazer, segundo as inclinações e possibilidades de cada um:

1 - Vender todos os seus bens e dá-los aos pobres: «Vendite quae possidetis et date eleemosynam»

2 - Colocar tudo em comum, como se pratica em certas Congregações;

3 - Conservar a propriedade e despojar-se do uso, não despendendo nada senão conforme o parecer de um prudente diretor.

Como quer que seja, o coração deve estar desprendido das riquezas, a fim de voar para Deus. É isto exatamente o que nos recomenda Bossuet:

" Felizes os que, retirados humildemente na casa do Senhor se deleitam na nudez das suas pequeninas celas, e em todas as pobres alfaias de que têm necessidade nesta vida, que não é mais que uma sombra de morte, para em tudo isso não verem mais que a sua fraqueza e o jugo pesado com que o pecado os esmagou. Ditosas as Virgens sagradas, que não querem ser mais espetáculo do mundo, e desejariam esconder-se a si mesmas sob o véu sagrado que as envolve. Bendito o doce constrangimento a que se sujeitam os olhos, para não verem as vaidades, e dizerem com Davi : Afastai os meus olhos, a fim de as não verem! Ditosos aqueles que ficando, conforme o seu estado, no meio do mundo ... , não são por ele tocados, que passam por ele, sem se lhe apegarem ... que dizem com Ester sob o diadema: «Vós sabeis, Senhor, quanto eu desprezo este sinal de orgulho e tudo quanto pode servir à glória dos ímpios; e que vossa serva jamais se regozijou senão em vós unicamente, Deus de Israel».

Referências:

Segundo, TANQUEREY, Adolph: A Vida Espiritual Explicada e Comentada. Anápolis: Aliança Missionária Eucarística Mariana, 2007

O Trivium - As Artes Liberais da Lógica Gramática e Retórica, pp 87

Theories of Surplus Value, 1975, Part L pp. 285, 301

Marx's Theory of Ideology, 1982, p. 230

The key for this blood, Malachi Martin, pp 34

Karl Marx and The Critical Examination of His Works, pp 13

 

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