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Sou sedevacantista até o fim! Pio XII está comigo!

Amigos Salve Maria!

A maioria de nossos estimados leitores/seguidores e demais participantes do Blog já olham o sedevacantismo como uma verdadeira piada, não apenas pela tônica que nossos artigos sobre essa
corrente teológica mas pelo de fato da sua própria matéria ser ilógica e engraçada.

Nesse pequeno e breve artigo, tentaremos investigar um pouco a força dessa religião que muito nos causa admiração e respeito:

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O que leva um indivíduo a permanecer em uma crença irracional?

Naturalmente, a humanidade tem sentido necessiedade e anseio espiritual. O homem tem convivido com as suas provações e cargas, suas dúvidas e indagações, incluindo o enigma da morte. Os sentimentos religiosos irracionais são expressos de muitas maneiras, à medida que as pessoas tem voltado para tais crenças, em buscas de respostas até então inexistentes.

"Como solucionar a
crise?" "Nós apresentamos a solução"

Embora os indivíduos que professam a crença fictícia irracional sejam considerados por eles próprios como os salvadores da
crise, na maiora dos casos seus ensinos nasceram de revelações privadas, profecias apócrifas ou de bulas já revogadas, que arrogam pra si o cânon de legitimidade das mesmas sob a tese de que são de direito divino. Tudo sempre girando em torno do subjetivismo.

O estudo da origem e do desenvolvimento das crenças irracionais é um campo relativamente novo. Por séculos, as pessoas aceitavam as crenças irracionais que herdaram, e segundo a qual foram convencidas. A maioria se sentia satisfeita com as explicações que lhe eram legadas, ( a consequência da
crise ) por acreditar ser a verdade. Raramente havia razão para questionar, embora TODOS os que aderem as crenças sejam pessoas pertubadas por viverem uma vida religiosa normal, diga-se de passagem, como cumprir preceito dominical e a frequência dos santos sacramentos para a manutenção da alma.

Uma teria em geral chamada de
animismo foi proposta pelo antropólogo inglês Edward Taylor, que sugeriu que tais crenças irracionais venha tido berço com sonhos, visões, alucinações e o estado inerte da mente. Como por exemplo no ano de 1978, um vidente chamado Clemente Dominguez y Gomez se disse sucessor do Papa Paulo VI, e adotou o nome de Gregório XVII.

Seus seguidores formaram uma dissidência, a seita do Palmar de Troya.

Nos seus últimos anos, o antipapa Gregório XVII foi acusado de heresia por parte de seus próprios seguidores, que formaram uma nova dissidência.

Uma parte da seita seguiu o sucessor do pretenso Gregório XVII, que adotou o nome de Pedro II. A outra parte permanece como se estivesse em sede vacante.

A Igreja Palmariana alega no seu Credo que Maria Santíssima é, na realidade, "Irredenta":

Creio que Maria Santíssima
foi isenta, também, de toda a mácula pessoal,
e que, em atenção à altíssima dignidade de Mãe de Deus,
mereceu o singular privilégio de Irredenta,
pois Aquela que nunca conheceu pecado
não podia ser redimida.


Já a definição da Bula Ineffabilis Deus, que definiu o dogma da Imaculada Conceição, diz o seguinte:

A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.

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.Alguns portadores da crença, teoricamente solucionadora da crise:

Manuel Alonso Corral, antipapa Pedro II, da Igreja palmariana, faleceu aos 15 de julho;

David Allen Bawden, antipapa Miguel, foi ordenado presbítero em 9 de dezembro, e bispo no dia seguinte, por um bispo vétero-católico que o reconheceu como Papa;

E Jean-Gaston Tremblay, antipapa Gregório XVII, dos Apóstolos do Amor Infinito, faleceu em 31 de dezembro.

E Sergio María, antipapa Gregório XVIII, sucedeu Manuel Corral, na Igreja palmariana.

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Tem um blog de um sujeito que se considera "Arcebispo Makarios" aqui do Brasil e que está em comunhão com um rapaz que tem praticamente 28 anos (ou é mais novo) e que brinca de ser Papa lá na Argentina:

O site do "Papado argentino". Já teve três "Papas", Leão XIV, Inocêncio XIV e Alexandre IX. Com este último, após um tempo, aderiu à heresia feeneyista:

http://icaremanente.blogspot.com/

Havia também, na França, um tal Maurice Archieri, que se proclamou "Vicário de Cristo" (não Papa) e Pierre II. Não sei se ainda vive. O Pio XIII dos Estados Unidos já bateu as botas.

Não é confirmado esse caso da Gregória XVIII. Mas há essa informação em algumas páginas em francês e italiano.


Aqui o site de uma "congregação" que reconhece um outro Alejandro IX, lá da Espanha:

http://iglemerci.jimdo.com/

Esse outro Alejandro IX seria um tal Joaquín Llorens Grau, que está mencionado na lista desse artigo:


http://enciclopedia.us.es/index.php/Antipapa



Pelo menos estamos a frente dos argentinos. Los hermanos têm um "Papa". Nós temos "Cristo reencarnado"!


Isso acontece porque o crente sedevacante é induzido a agir assim (assunto já visto nesse artigo aqui:). Eles são convencidos/programados de que são; por autodefinição, aqueles que possuem a “verdade”. Uma “verdade” que supostamente foi dada por “revelação” divina. Até aí não existe nenhum problema, pois o cerne da questão está restrito ao âmbito do abstrato, do inalcançável, do improvável... Assim como tudo que é sobrenatural; esse pressuposto deveria ficar encerrado em si mesmo; estando sujeito apenas à experiência mental dos próprios indivíduos que foram alcançados/contagiados/contaminados por tal me
nsagem.
Mas o problema começa justamente aí: O conceito não se contenta em habitar uma única mente e é exatamente por isso que os nossos heróis da Tradição Católica não se aquentam e topam qualquer coisa para transmitir seus pensamentos aos outros; inclusive passar vergonha. Isso acontece porque certos conceitos/idéias, uma vez instalados/absorvidos; ganham vida própria e a partir de um dado momento começam a exigir do “hospedeiro” a expansão de seu território. O conceito passa a “engolir” tudo que couber dentro de seu insaciável e induzido significado:

Daí o sujeito sai pelo mundo afora “contaminando” todos que conseguir. Como um vírus que infecta o paciente e depois que o debilita, passa a usá-lo como meio de propagação, para assim poder infectar o maior número possível; assim são certos conceitos existentes por detrás de certas crenças irracionais.


Porque os sedevacantistas não conseguem ficar calados?

São obrigados/forçados pela “idéia invasora” que habita as suas mentes - a contaminar outras mentes. Os vírus são seres auto-replicantes. Não interessa o hospedeiro... Importa somente que o DNA do invasor passe para a próxima geração. Certas idéias também são auto-replicantes... Também não lhes importa o hospedeiro... Este é um mero meio de propagação... Importa somente que a idéia contamine outra mente e force o ciclo a recomeçar... Não interessa passar vergonha; ter o cérebro atrofiado; até mesmo perder a própria vida. O hospedeiro é um invólucro descartável.

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A força do sedevacantismo: A evangelização




Todos querem perpetuar sua crença da melhor maneira possível; de modo que os "evangelizados" possam ter "fé" em abundância e tudo mais que os possa fazer gozar uma existência prazerosa e de pleno êxito. Essa força; esse desejo inconsciente, move os sedevacantistas na direção da predação e do parasitismo.

O fazendeiro humilde e o sedevacantista


Aqui, vamos usar um personagem fictício que iremos chamar de "Pontes" e um outro personagem que é o Zé, humilde fazendeiro que vai todos os dias rezar na Capela.

Pontes, ao entrar na fazenda para comprar abobrinhas, vê o fazendeiro de joelhos dentro da capela se incomoda com a situação:



"Hummmm" - Pensou Pontes -

"Tenho que salvar essa alma da Igreja Conciliar!"

"Pio XII, me ajude a sedevacantinizar esse ignorante!"



"Bom dia seu moço" diz Zé

"Entre, vamos rezar o terço juntos!"






"Na realidade eu não posso, por questão de consciência", diz Pontes.




"Como assim seu moço?" pergunta Zé, "tem algo de errado?"




"Tem" responde Pontes. "Essa capela aí é da Igreja Conciliar, a prostituta do Apocalipse, tudo dela é falso inclusive a Missa"





"Num tô intendendo seu moço". Diz o Zé



"É que essa Igreja aí é falsa, temos um farsante na Cátedra de Pedro, os sacramentos são inválidos e a hóstia que você comunga é só um pedação de pão" Enfatiza bem seriamente Pontes.





"Então o sinhô tá querendo dizer que tudo isso aqui, é di mintira?" Se convence Zé.





"Exatamente" - se orgulha Pontes.




"O sinhô não tá enganado não seu moço? Eu fui criado aqui, meus fios, tudo que aprendi di bão foi cum os padres daqui" Ainda com esperança ingada Zé.





"Não!"- diz Pontes querendo mostrar segurança - "Eu também estava sendo enganado pela Nova Igreja, mas depois que li a Bula Cum ex Apostolatus Officio eu descobri a Verdade".


"Mas esse bule aí fala du quê seu moço?" Pergunta envergonhado Zé.









"Resumindo, ela diz que todos os hereges estão fora da Igreja verdadeira e devem ser combatidos como inimigos dela" diz Pontes






"E esse bule é alguma ispécie di lei?" Pergunta Zé


"Sim, ela é de direito divino" Manda bem Pontes.




"Hummm, qué dizê que eu fui feito di bobo pro esses padres ?" Começa a ficar irritado Zé.


"Sim! Eu também fui caro amigo, agora, vamos nos unir para expulsar esses inimigos da Cruz daí, esse Papa de vitrine, esses tradicionalistas, esses conciliares! Se una a nós, os eleitos, o exército de Macabeus, o calcanhar da Virgem!" Impulsiona com violência Pontes




"Ninguém faz eu di bobo naum seu moço! Se fui feito troxa! Vão me pagá! Vou aqui mostrar pra esse padre (cumé? conciliar? ah sim!) com quantos paus si faiz uma canoa" Diz nervoso Zé



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E daqui a 10 minutos volta o Zé...




"Prontinho seu moço, esse aí num engana mais nós, peguei uma pexeira e cravei nas costas dele, fiz tudinho como manda o bule". Disse alegre o Zé.





Reação de Pontes...


Talvez o amigo leitor se espante e ache impossível que tal situação aconteça na vida real, mas o efeito destrutivo é o mesmo para quem faz adesão à crença irracional sedevacantista, privando-se e sua família dos sacramentos, do Sacrifício da Missa e da Fé por uma premissa falta e totalmente errônea.

De forma fictícia aconteceu com o "Zé", mas vejamos quantos "Zés" cometem um assassinato espiritual estando arriscando suas almas ao Inferno pela permanência em pecado mortal acreditando piamente que serão salvos por acreditarem que sua crença foi estabelecida por Deus.

A mesma questão já batida: Concílio Pastoral ou Dogmático
A Igreja nunca dividiu os Concílios em diferentes "tipos". E todos os Concílios da Igreja tratam tanto questões doutrinais [em alguns pontos definindo dogmas, em outros não] quanto pastorais.

Vejamos, por exemplo, o primeiro de todos os Concílios, o de Jerusalém, relatado em Atos 15.

A questão que dá origem ao Concílio é uma questão doutrinal:

1 Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos.

2 Tendo Paulo e Barnabé contenda e não pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé e mais alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa desta questão.


Os apóstolos reunidos em Jerusalém resolvem essa questão, decidindo que não é necessária a circuncisão, nem o cumprimento de outros preceitos da Lei de Moisés.

A seguir, tomam uma atitude pastoral:

22 Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos com toda a igreja escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens influentes entre os irmãos.

Quem decidiu, no Concílio, o que fazer?

28 Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias.

Tanto as decisões doutrinais como as pastorais foram tomadas pelos apóstolos e pelo Espírito Santo.

A Igreja, como disse, nunca dividiu os Concílios por tipos. E nunca disse que apenas um tipo de decisão conciliar deveria ser considerada com válida pelos fiéis.

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A crença sedevacantista diz que Trento e CV II são algo assim como 2 Concílios contrapostos, que ensinam coisas diferentes e que de algum modo se chocam.
O que na verdade é que são 2 Concílios, ao contrário, bastante paralelos. Concílios muito importantes, que trazem respostas [tanto doutrinais quanto pastorais, em ambos os Concílios] aos grandes questionamentos e à crises do século em que aconteceram.

Trento saiu ao encontro dos grandes desafios do séc XVI, o CV II aos grandes desafios do séc XX. Para ambos a Igreja trouxe respostas, sempre apoiada nos mesmos ensinamentos de Cristo, que não são antigos nem modernos, pois são eternos. Doutrinalmente, portanto, há continuidade, e nem poderia ser de outro modo.

Ambos os Concílios aconteceram durante mais de um pontificado, e foram implementados por grandes Papas que vieram depois deles: S. Pio V para Trento, João Paulo II [que um dia também será canonizado, acredito] para o CV II.

Ambos os Concílios são resposta a crises do pensamento, e não origem delas.

Por fim, ambos são, como todos os Concílios da história da Igreja, ação do Espírito Santo, e devem ser recebidos pelos fiéis em espírito de obediência. É preciso estudá-los e aprofundar, com a ajuda de outros documentos do Magistério, que são abundantes. Tanto os documentos anteriores ao CV II como os posteriores ajudam a compreendê-lo corretamente e a implementá-lo na vida da Igreja e nas nossas, conduzidos por nossos autênticos pastores.

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A força sedevacantista: as doutrinas inventadas





Pagãos se salvam pela lei natural: Fonte




Nem é preciso dizer que isso é PELAGIANISMO PURO E SIMPLES. É verdade que a lei natural é de observância obrigatória para alguém se salvar, seja cristão ou pagão, todavia, não é pela observância da lei natural que os pagãos são salvos, e sim pela graça por meio da fé. A fé justificadora é imprescindível para a salvação dos adultos. É sentença de alguns teólogos que a fé deve ser explícita na existência de Deus e na retribuição futura.



A Igreja tem uma parte visível e outra invisível:
Fonte



É dogma a visibilidade da Igreja. Até mesmo a Igreja Triunfante é parte da Igreja visível, embora oculta. Se a Igreja é visível, dizer que ela é invisível ou que ela tem uma parte invisível é contraditório. Seria uma falsa distinção entre duas Igrejas ou então, não se estaria afirmando que toda Igreja é visível, como é o ensinamento dogmático do catolicismo. Portanto, a Igreja não tem parte alguma invisível.

Os pagãos e hereges em ignorância invencível salvam-se FORA da Igreja. O dogma que diz que FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO, entende esse FORA DA IGREJA como “sem que tenha a Igreja como meio” e não no sentido de “Fora do grêmio da Igreja”. Assim o interpretou o Santo Ofício, com base nos ensinamentos de Pio XII, e a interpretação desse dogma não é dada a particulares, mas ao próprio magistério, ensina a carta do Santo Ofício sobre os erros do Pe. Feeney.

O Concílio de Trento diz que a fé é o princípio da salvação e o fundamento de toda justificação humana. Logo, ela é imprescindível à justificação de um adulto. As crianças, por sua vez, são batizadas na fé dos adultos.

Consequentemente, sem fé é impossível salvar-se, como diz o autor dos Hebreus, é impossível agradar a Deus. No entanto, a ida para o inferno de tormento eterno é condicional à existência de pecados mortais.

§847 Esta afirmação não visa àqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e sua Igreja:

"Aqueles, portanto, que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a sua vontade conhecida por meio do ditame da consciência podem conseguir a salvação eterna".

Notem o "buscam a Deus com coração sincero, sob o influxo da graça".

O Catecismo também deixa claro a absoluta necessidade de fé sobrenatural.

O texto do Catecismo também confirma o que foi esclarecido pelo Santo Ofício. A sentença de que "Fora da Igreja não há salvação" não visa àqueles que, sem culpa, ignoram o Evangelho de Cristo e a Sua Igreja. Estes, contudo, salvam-se FORA DA IGREJA, mas POR MEIO DA IGREJA.

A carta do Santo Ofício explica isso muito bem: como na questão do batismo e da penitência, os meios necessários à salvação por instituição divina, e não por necessidade intrínseca, podem SER ACIONADOS POR SIMPLES VOTO OU DESEJO.

Desta forma, um pagão não se salva FORA DA IGREJA, mas pelo desejo que tem de pertencer à Igreja. Assim, salva-se utilizando-se da Igreja como meio de salvação, ainda que não pertença a ela. O mesmo ocorre com o batismo. Quem se salva pelo desejo do batismo, de fato NÃO É BATIZADO.

Existem meios de salvação, contudo que são de NECESSIDADE INTRÍNSECA, absolutamente necessários, por exemplo, a GRAÇA SANTIFICANTE. Por isso, alguém que cumpra toda a lei natural, mas não seja perdoado do pecado original, não pode ir para o céu.

Essa pessoa hipotética que cumpriu toda a lei natural e nunca pecou mortalmente contudo não pode ser condenada a uma eternidade de tormentos, pois isso é castigo apenas para os pecados mortais. Caso existisse tal pessoa, e a mesma não tivesse nenhuma dívida a pagar no Purgatório, ela ficaria para sempre privada da visão beatífica, mas poderia estar num estado de gozo natural.

Contudo, a teologia ensina que o homem não pode evitar, moralmente, todos os pecados e resistir a todas as tentações graves, durante longo tempo, sem o auxílio da graça atual. Como o benefício de vencer todas as tentações é um benefício insigne, para cuja recepção não se encontra disposto o homem natural, é também necessário, pelo menos como razão para que se conceda tal benefício, o estado de graça.




A vacância confirma a tese protestante da Igreja invisível.



A Igreja é VISÍVEL. Isso é dogma. Se é VISÍVEL, e isso é verdadeiramente uma propriedade da Igreja inteira e não apenas de uma parte da Igreja, nenhuma parte da Igreja pode ser invisível.

Quando se fala que a Igreja é mais invisível do que visível, está se referindo à Igreja Triunfante e à Igreja Padecente. Nesse caso, a Igreja Triunfante é visível também, porém oculta. Uma sociedade visível de homens, visível no sentido de poder ser percebida por meio dos sentidos, pode estar manifesta ou oculta.

Assim, pode-se dizer também que a Igreja é visível ao menos em sentido lato, e não em sentido estrito, quando é apta para ser percebida por meio dos sentidos, mas não necessariamente mediante a visão. Ouve-se falar dos santos que compõem a Igreja, logo ela é visível, perceptível aos sentidos.

Mas também é possível dizer que a Igreja é inadequadamente visível, que é quando algo é visível, mas nem todos os elementos que o compõem são visíveis. Esses elementos invisíveis entende-se ser a Igreja Triunfante e a Igreja Padecente, mas não os pagãos e heréticos, cuja sentença diz que estão fora da Igreja, mesmo os que estão de boa fé. Tais, contudo, como já foi dito, são salvos por meio da Igreja.



O sedevacantista se salva pelas obras de caridades, elemento de catolicidade intro muros da Igreja.



Ele pode viver fazendo caridades, mas, se tiver algum pecado mortal, irá para o inferno por conta desse pecado que merece a pena eterna. Contudo, no Inferno, são distintos os tormentos daqueles que são os maiores pecadores em razão de sua culpa. E mesmo Deus poderá fazer misericórdia com aqueles que foram misericordiosos em vida e lhes punir com a pena eterna menos do que eles realmente merecem, diz Santo Tomás de Aquino.

Necessidade de preceito é aquilo cuja omissão culpável impede a consecução do fim para o qual está disposto. Mas a omissão inculpável não o impede.

Necessidade de meio é aquilo que é disposto como causa ou condição "sine qua non" para um determinado fim, independe de haver culpa ou não em sua omissão. Por exemplo, o batismo é necessário com necessidade de meio.

Mesmo em relação às coisas que são necessárias com necessidade de meio, distingue-se entre aquelas que são assim por instituição divina (e nesse caso, seus efeitos podem ser obtidos também pelo desejo. Diz-se, então, que esse algo é necessário com necessidade de meio, bem de fato, como de desejo) e entre as coisas que são necessárias com necessidade de meio intrínseca (como a graça santificante para a justificação, o mérito para a vida eterna).

A Igreja é necessária com necessidade de meio, bem de fato, como de desejo. Isso significa que a incorporação à Igreja é um meio disposto como condição "sine qua non" para a salvação, contudo, que pode ser acionado seja pelo fato em si de se estar incorporado à Igreja, seja pelo desejo.


Sedevacantista na categoria membros em comunhão perfeita pois não é cismático nem herege e é batizado, ao contrários dos pagãos.


Embora possamos dizer que os que não têm recebido um válido batismo e os hereges, inclusive de boa fé (talvez aqui não incluindo aqueles que receberam o batismo numa seita herética e nunca foram hereges formais) estejam fora do Corpo da Igreja, em alguma medida eles pertencem à Igreja por voto. Não pertencem, é claro, como membros, pois isso seria contraditório com o que foi exposto por Pio XII e outras declarações do magistério. Mas é um modo alternativo de pertencer à Igreja, então, não se pode dizer que estejam fora da Igreja sem fazer qualquer distinção.

Pe. Penido, por exemplo, usa a terminologia membros internos da Igreja, que, pensando bem, não se opõe à visibilidade da Igreja, se essa invisibilidade é atribuída a um elemento da Igreja e não à Igreja, no seu sentido formal.

Contudo, me parece mais de acordo dizer que a Igreja corresponde perfeitamente ao Seu Corpo, já que ela é chamada Corpo místico de Cristo. Os que não são membros reais do Corpo místico, de algum modo pertencem ao Corpo místico em voto, de forma a estarem fora da Igreja, mas não fora no sentido de realmente não participarem em nada do que diz respeito à Igreja, pois participam tanto dos meios que são próprios dos membros da Igreja (a graça), quanto do seu fim (a vida eterna).

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A força sedevacantista: a fé pautada em revelações privadas
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A Nova e Eterna Aliança para os sedevacantistas tem um caráter contínuo. Muitos dos poucos que são acabam sendo atraído para a seita de Palmar de Tróia exatamente pelas respostas que o vidente de lá oferece, e, com o passar do tempo, acabam defendendo a idéia de que o tal "místico" recebia informações no mesmo nível das que estão da Tradição e na Escritura (Deus não tinha dado antes apenas porque não era a hora ainda).

Com pouco discernimento, pode-se até mesmo cair na mesma armadilha que os leva para o ocultismo: querem prever o futuro da humanidade, determinar datas indetermináveis, como a segunda vinda de Jesus, que
Roma será a sede do Anti Cristo etc, um verdadeiro desastre.

As aparições (ou supostas aparições) não são "aprovadas" pelo Vaticano.

A competência para a sua "aprovação" é do Bispo do lugar.

Aliás, não existe aprovação da aparição: o que pode existir é um reconhecimento de que as mensagens não contêm nada contra a fé, e que os fatos não desabonam que possa ter havido em determinado local uma manifestação sagrada.

Assim, quando um Bispo, após os procedimentos de julgamento, chega a declarar-se oficialmente "a favor" de um determinado fenômeno de aparição de Nossa Senhora, a Igreja entende esta declaração da seguinte maneira:

"verificados os fatos, nada existe nos fenômenos de aparição neste determinado local, que seja contrário à fé. Portanto, os fiéis estão livres para, de acordo com o seu julgamento particular, supor que realmente Nossa Senhora se manifestou neste local".

Ou seja, a Igreja, a partir da aprovação do Bispo local, propõe aquela determinada aparição como objeto de fé humana (ou seja, o fiel é livre para aderir ou não à fé naquela aparição).

Diante do julgamento da autoridade competente, é temerário desconfiar-se da aparição, e até beira o pecado manifestar-se sobre ela de maneira desrespeitosa - mas não se está obrigado, de maneira nenhuma, a crer que Nossa Senhora realmente apareceu ali.

Existem casos em que a Santa Sé confere maior grau de "aprovação" a determinada aparição, o que se dá quando o Sumo Pontífice visita o local da aparição, ou a cita publicamente, etc. Foi o que ocorreu, por exemplo, com as aparições de Fátima, mais de uma vez reverenciadas não só pelo saudoso Papa João Paulo II, mas por seu predecessor, Paulo VI: a solene beatificação de dois de seus videntes, e o caráter oficial dado á revelação do chamado “terceiro segredo de Fátima”, ocorridos naquela ocasião, conferem uma aceitação tal às aparições de Fátima que se torna quase impossível duvidar que lá a Virgem Maria se manifestou. Mas, repita-se, a "aprovação da aparição" é de competência do Bispo local, e nunca – nunca – obriga o fiel a ter a aparição como objeto de fé.

Por último: quanto a outras supostas aparições, a Igreja, na pessoa do Bispo local, muitas vezes julga que não conseguiu reunir elementos para dar um parecer definitivo – positivo ou negativo.

Nestes casos, que são a grande maioria, ela age com prudência: permite que o culto privado ocorra, sem estimular o apego demasiado ao suposto fenômeno sobrenatural, e tenta orientar os fiéis, numa atitude pastoral, a se conduzirem ao núcleo da mensagem cristã expressa na Doutrina de Igreja.

Em certos casos, permite até que se construam templos no local em que se diz que ocorreram aparições e celebram-se missas regulares, etc., mas sem que haja vinculação direta com a suposta aparição: com o tempo as atividades neste local acabam se integrando à rotina geral da Igreja local. Pode ser o que tenha ocorrido às supostas aparições de Nossa Senhora Rosa Mística, pretensamente acontecidas em Montechiari-Fontanelle (1947), que, ao que parece, não foram formalmente aprovadas (mas, pelo contrário, parecem ter recebido um parecer negativo em 02.10.1971).

La Salette, a esperança para os sedevacantistas


Extraído do blog Adverus Haereses, cujo proprietário foi meu catequista de crisma (me crismei na forma extraordinária do Rito Romano em minha paróquia pessoal da Administração Apostólica:

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Segundo uma duvidosa profecia, para alguns um acréscimo posterior às profecias de La Salette, Roma perderia a fé e seria a sede do Anticristo. Contra esta opinião, temos a tradição unânime dos Padres da Igreja desde os primeiros séculos, que afirmam que a sede do Anticristo será Jerusalém, e o templo na qual se assentará, será o antigo Templo de Jerusalém, reerguido por ele.
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SANTO IRINEU DE LIÃO

“Além disso, afirma o que já temos abundantemente demonstrado, isto é, que o templo de Jerusalém foi construído de acordo com a prescrição do verdadeiro Deus. O Apóstolo, manifestando a sua opinião, chama-o propriamente de templo de Deus.
No terceiro livro dissemos que os apóstolos, falando em seu próprio nome, nunca chamam Deus a ninguém, a não ser ao verdadeiro Deus, o Pai de nosso Senhor, por ordem do qual foi construído o templo de Jerusalém, pelos motivos apresentados acima, no qual se assentará o adversário querendo passar por Deus, conforme diz também o Senhor: “Quando virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo...” (S. Ireneu de Lião, Contra as heresias, Livro V, 25,2; ed. Paulus, p. 585
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SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

“ ‘Y dice tambiém: Que se opone y se alza sobre todo lo que lleva el nombre de Dios o es adorado. Sobre todo Dios; es decir, que el Anticristo odiará los ídolos: Hasta el punto de sentarse él mismo en el templo de Dios (2 Ts 2,4)’.
¿Y de qué templo se trata? Habla del templo judio que fue destruído; ¡ por Dios !, que no se refiera a este en el que nos encontramos. ¿ Por qué décimos esto ? Para que no parezca que nos favorecemos a nosotros mismos. Porque si viene a los judíos como Mesías y quiere que lo adoren, para engañarles mejor mostrará su celo por el templo, sembrando la sospecha de que él es del linaje de David, el que reedificará el templo que ya fue construído por Salomón.” (S. Cirilo de Jerusalém, Catequesis 15, 15, ed. Ciudad Nueva, p. 342 / 343)
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SÃO JOÃO DAMASCENO

“Es necesario que el Anticristo deve venir. Em efecto, Anticristo es todo aquel que no confiese que el Hijo de Dios vino en la carne (Jn 4, 2-3), que es Dios perfecto y que juntamente com ser Dios se hizo hombre perfecto. Igualmente y en modo particular y especial, se dice Anticristo al que vendrá al final del mundo (Mt 13,40). Así pues, es necesario primero predicar el Evangelio en todos los pueblos (Mt 24,14), como dijo el Señor, como argumento para los judíos contrários a Dios. En efecto, el Señor les dijo: Yo vengo en el nombre de mi Padre y no me recibís, si outro viene en su próprio nombre, a ese lo recibiréis. (Jn 5,43) Y el Apóstol dijo: Puesto que no aceptaron el amor de la verdad para ser salvados, por esto les envio Dios una fuerza de engano para que creyeran a la mentira, para que sean juzgados todos los que no creyeron a la verdad, sino que se complacieron en la injusticia (2 Ts 2, 10-12). Los judíos no recibieran al que era Hijo de Dios, al Señor Jesucristo que también es Dios; sin embargo, recibirán al enganador, al que dice de si mismo que es dios. (Cf. 2 Jn 7; Cf. Juan Crisóstomo, Homiliae in 2 Thess., 4, 1: PG 60, 487). Sin duda, el angel enseña a Daniel que el Anticristo se llamará a si mismo de dios quando dice: “No escuchará a los dioses de sus padres (Dn 11,37) Y el Apóstol dice: Que nadie os engane de ningún modo. Primero tiene que venir el hombre de la iniquidad, el hijo de la perdición, el opositor, el que se rebela contra todo lo llamado Dios o es objeto de veneración.
De modo que se sentará en el Templo de Dios, no en el nuestro sino en el antiguo en el de los judíos, porque no vendrá a nosotros, sino a los judíos.” (S. João Damasceno, Exposición de la fe, Libro IV, 26 (99), ed. Ciudad Nueva, p. 305ss)
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HIPÓLITO DE ROMA

“Now, as our Lord Jesus Christ, who is also God, was prophesied of under the figure of a lion, on account of His royalty and glory, in the same way have the Scriptures also aforetime spoken of Antichrist as a lion, on account of his tyranny and violence. For the deceiver seeks to liken himself in all things to the Son of God. Christ is a lion, so Antichrist is also a lion; Christ is a king, so Antichrist is also a king. The Saviour was manifested as a lamb; so he too, in like manner, will appear as a lamb, though within he is a wolf. The Saviour came into the World in the circumcision, and he will come in the same manner. The Lord sent apostles among all the nations, and he in like manner will send false apostles. The Saviour gathered together the sheep that were scattered abroad, and he in like manner will bring together a people that is scattered abroad. The Lord gave a seal to those who believed on Him, and he will give one like manner. The Saviour appeared in the form of man, and he too will come in the form of a man.
The Saviour raised up and showed His holy flesh like a temple, and he will raise a temple of stone in Jerusalem. (Cristo mostrou Sua carne como um Templo, e se levantou no terceiro dia; e ele, também, levantará novamente o Templo de pedra em Jerusalém.) And his seductive arts we shall exhibit in what follows. But for the present let us turn to the question in hand. (S. Hippolytus of Rome, Treatise on Christ and Antichrist. n. 06) Disponível em:

http://www.earlychristianwritings.com/text/hippolytus-christ.html

“For in every respect that deceiver seeks to make himself appear like the Son of God. Christ is a lion, and Antichrist is a lion. Christ is King of things celestial and things terrestrial, and Antichrist will be king upon earth. The Saviour was manifested as a lamb; and he, too, will appear as a lamb, while he is a wolf within. The Saviour was circumcised, and he in like manner will appear in circumcision. The Saviour sent the apostles unto all the nations, and he in like manner will send false apostles. Christ gathered together the dispersed sheep, and he in like manner will gather together the dispersed people of the Hebrews. Christ gave to those who believed on Him the honourable and life-giving cross, and he in like manner will give his own sign. Christ appeared in the form of man, and he in like manner will come forth in the form of man. Christ arose from among the Hebrews, and he will spring from among the Jews.
Christ displayed His flesh like a temple, and raised it up on the third day; and he too will raise up again the temple of stone in Jerusalem. And these deceits fabricated by him will become quite intelligible to those who listen to us attentively, from what shall be set forth next in order.”(Hippolytus de Roma, A discourse by the most blessed Hippolytus, bishop and martyr, on the end of the world, and on Antichrist, and on the second coming of our lord Jesus Christ. Section XX)

http://www.ccel.org/ccel/schaff/anf05.iii.v.i.xx.html?highlight=antichrist,temple#highlight

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SANTO HILÁRIO DE POITIERS

“O de otro modo, el Señor da a conocer un indicio seguro de su venida futura diciendo: "Cuando viereis que la abominación". Esto lo dijo el profeta refiriéndose a los tiempos del Anticristo. Fue llamada abominación, porque viniendo contra Dios, reclama para sí el honor de Dios; y abominación de desolación, porque ha de desolar toda la tierra con guerras y mortandades, y por esto,
recibido por los judíos, se instalará en el lugar de santificación, para que donde se invocaba a Dios por las súplicas de los santos, recibido por los infieles, sea venerado con los honores de Dios. Y porque este error será más propio de los judíos, que por haber menospreciado la verdad abracen la falsedad, les aconseja que abandonen Judea y se marchen a los montes, no sea que mezclándose con aquellas gentes crean en el Anticristo y no puedan escapar de la perdición. Y lo que dice: "Y el que esté en el tejado no descienda", etc., se entiende de este modo: El techo es lo más alto de la casa y la conclusión más elevada de toda habitación; por lo tanto, todo aquél que se esforzare en la conclusión de su casa (esto es, en la perfección de su corazón), y en hacerse nuevo por la regeneración, y elevado según el espíritu, no deberá rebajarse por la codicia de bienes mundanos. "Y el que estará en el campo", etc., esto es, cumpliendo con su deber, no vuelva a los cuidados antiguos, por los que habrá de volver a tomar el vestido formado por los pecados viejos con que se cubría”. (San Hilario de Poitiers, in Matthaeum, 25, apud Catena Áurea de São Tomás de Aquino, Mt 24,15-22) Disponível em http://hjg.com.ar/catena/c238.html
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SÃO GREGÓRIO DE TOURS

“Concerning the end of the world, I believe what I have learnt from those who have gone before me. Antichrist will assume circumcision, asserting himself to be the Christ.
He will then place a statue to be worshipped in the Temple at Jerusalem, as we read that the Lord has said, ‘Ye shall see the abomination of desolation standing in the holy place’.” (from the writings of Gregory of Tours)

Disponível em: http://www.ccel.org/ccel/pink/antichrist.chap02.html

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SULPÍCIO SEVERO

“But when we questioned him concerning the end of the world, he said to us that Nero and Antichrist have first to come; that Nero will rule in the Western portion of the world, after having subdued ten kings; and that a persecution will be carried on by him, with the view of compelling men to worship the idols of the Gentiles.
He also said that Antichrist, on the other hand, would first seize upon the empire of the East, having his seat and the capital of his kingdom at Jerusalem; while both the city and the temple would be restored by him.” (Sulpitius Severus, Dialogue II. Concerning the Virtues of St. Martin. Dialogues of Sulpitius Severus. Chapter XIV)

http://www.ccel.org/ccel/schaff/npnf211.ii.iv.ii.xiv.html?highlight=antichrist#highlight

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SANTO AGOSTINHO DE HIPONA

“Em que templo de Deus se sentará? Não sabemos se nas ruínas do templo de Salomão ou na Igreja. É claro que o Apóstolo não chamaria templo de Deus ao templo de algum ídolo ou do demônio. Por isso alguns pretendem que essa passagem que fala do anticristo não se refira ao príncipe, mas a seu corpo todo, ou seja, à multidão de homens que lhe pertencem, com ele à cabeça. E acham
mais correto seguir o texto grego e não dizer em latim in templo Dei (no templo de Deus), mas in templum Dei sedeat (tome assento dentro do templo de Deus)” (S. Agostinho, A cidade de Deus, c. XIX, ed. Vozes, p. 455)
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VICTORINO DE PETOVIO


"También hará esto: que "la imagen" de oro del Anticristo sea colocada en el templo de Jerusalén y entre en ella el ángel rebelde y oferezca, además, oráculos y sortilégios.(...) Acerca de esta ruina de los hombres, abominación de Dios y execración, había hablado antes Daniel;"Y se estabelecerá, dice, en su templo entre el monte del mar y los dos mares, esto es, en Jerusalén; entonces colocará allí la estatua de oro, como había hecho el rey Nabucodonosor."(Victorino de Petovio, Comentario al Apocalipsis, 13,4)


SEVERIANO DE GÁBALA

"El Obispo siro Severiano de Gábala (408-450) parece hallarse una alusión al v.15 de S. Mateo aplicado al Anticristo.
De éste se dice que irá a Jerusalén para restaurar el templo." (Gregorianum, volume 18, Pontificia università gregoriana., 1937, p.560)
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SANTO ISIDORO DE SEVILHA

san Isidoro de Sevilla afirma que
"el Anticristo irá reparar el templo de Jerusalén y intentará restaurar todas las ceremonias." (Etymologies, 3,11)
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BEATO DE LIÉBANA
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Antes del triunfo definitivo de Cristo, tiene que actuar el Anticristo, como señala la Escritura 72, y al insistir tanto ... intentará la restauración de la Ley mosaica, reedificando el templo de Jerusalén, en el que colocará su imagen de oro. (...) (Obras completas de Beato de Liébana,Estudio Teológico de San Ildefonso, 1995, p, 22)

"será muy impuro; y
restaurará el Templo del Señor en Jerusalén y hará que sea colocada la imagen de oro del Anticristo en el Templo de Jerusalén" (Obras completas de Beato de Liébana, Estudio Teológico de San Ildefonso, 1995)
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E ESTA INTERPRETAÇÃO DOS PADRES ADENTROU A IDADE MÉDIA:

Abad Adson de Montier-en-Der, sobre el nacimiento y el avance del Anticristo:
"el anticristo reinará tres anos y medio, reconstruirá el Templo de Jerusalén y se hará adorar como si fuera Dios hasta que muera a manos de Cristo" (Historia del Cristianismo, Editorial Ariel, 2008, p.194)

"Los judíos ayudan al Anticristo en su reconstrucción del templo: «
Los judíos obstinados, pensando que sea su dios el Anticristo, repararán el templo de Jherusalén...» (capítulo VII) Libro del Anticristo:declaración... del sermón de San Vicente, 1496,Ediciones Universidad de Navarra, 1999, p.25)

"
En tiempos del Anticristo, desde toda la tierra se reunirán los judíos en inmensas tropoas y volverán a Jerusalén, reconstruirán la ciudad y el Templo muy amplamente, recebirán como a su Mesías al Anticristo, que estabelecerá en esa ciudad la sede de su Imperio" (Criticón, Edições 72-74, Equipo de Investigación "Literatura Española Medieval y del Siglo de Oro", Université de Toulouse-Le Mirail. Institut d'études hispaniques et hispano-américaines, Université de Toulouse-Le Mirailm 1998, p.47)

"
La reconstrución del templo de Sion fue a menudo la imagen clave alrededor de la cual giraban muchos de los comentarios apocalípticos de finales de la Edad Media". (El reino milenario de los franciscanos en el nuevo mundo,John Leddy Phelan,Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas, 1972,p.35)

En su Libro de Anticristo, Martín Martínez de Ampiés,
recogiendo una tradición antigua, asignaba al mismo Hijo de Perdición la tarea impía de reconstrucción del Templo" (Colón y su mentalidad mesiánica en el ambiente franciscanista español, Alain Milhou, Casa-Museo de Colón, 1983)
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"Ahora bien, la reconstrucción del templo de Jerusalén no la desea ningún cristiano, pues en su escatología lo será para servir de sede al Anticristo". (Revista Escritura, Edições 39-40,Consejo de Desarrollo Científico y Humanístico de la Universidad Central de Venezuela., 1995, p.17)
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Está satisfatório ou querem mais ?
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*Quem quiser saber mais reporte-se a obra "La Bíblia comentada por los Padres de la Igreja, El Apocalipsis, editorial Ciudad Nueva e também da mesma coleção, COLOSENSES 1-2 TESALONICENSES 1-2 TIMOTEO TITO FIL.
"Se um problema é desproporcional ao nosso raciocínio, o nosso dever é permanecer bem firme e irremovível na Tradição que recebemos dos Padres" (S.Gregório de Nissa, - Quod non sint tres dii, MG 45,117
A Igreja vive uma crise sem precedentes, não há como negar. O problema é que muitos caindo no desespero, impotentes e desorientados diante da crise, buscam integrarem-se em grupelhos que apresentam uma solução fácil para o problema. Vestem uma identidade grupal, de modo que a tensão vivida na consciência é aliviada a medida em que aceita e ecoa a voz do grupo.

Um ativista da sé vacante, repentindo uma afirmação que só foi incluída posteriormente dentre as profecias de La Salette: "Roma perderá a fé e se tornará na Sede do Anticristo."

A resposta foi através de um texto que não deixa dúvidas, de que a interpretação patrística é unânime em apontar o Templo reedificado de Jerusalém como a Sede do Anticristo, visto que os primeiros a serem enganados pelo falso messias serão eles, como o próprio Senhor profetizou.

Deste modo, deve ficar claro que:

1) Quando os Padres da igreja são unânimes em seu ensino, seu testemunho conjunto é um determinado critério de revelação divina. Mesmo não sendo pessoalmente infalíveis, o testemunho contrário de um ou de dois não chega a destruir o valor do testemunho coletivo, bastando uma simples unanimidade moral.

2) Quando Paulo escreveu aos Tessalonicenses, o Templo ainda não havia sido destruído. O “Templo de Deus” na Escritura é somente o Templo de Jerusalém: Os Apóstolos iam orar no Templo ainda depois de Pentecostes (At 2, 46); Pedro e João subiam ao Templo para a oração da ora nona (At 3, 1,2 e ss). São Paulo, sobe e entra no Templo para cumprir as prescrições da Lei (At 21,26). Porque o Templo deixou de ser de jure o Templo judaico, mas não o Templo de Deus, o Templo dos Cristãos portanto, e o seguiu sendo até enquanto esteve de pé.

3) Jamais se chamou de Templo no Novo Testamento a nenhum dos lugares em que se reuniam os cristãos para a celebração da eucaristia, porque a palavra Templo ficara sempre reservada ao de Jerusalém.

4) Durante muitos anos os cristãos se reuniam em casas particulares por carecer de Igrejas. E quando as tiveram nunca as chamaram de templo, mas oratório, casa de oração, igreja, basílica, mas nunca templo.

5) Na Idade Média, se criou a Ordem Militar do Templo, simplesmente, por relação ao Templo de Jerusalém, o Templo por antonomásia.

6)O Anticristo, não se apresentará como bispo,nem como membro do clero, mas como Deus, lhe interessando mais assentar seu trono em Jerusalém, ainda que não deixará de tentar destruir o culto cristão. Mas não atuará como bispo de Roma, mas como se fosse Deus em pessoa.

7) E ainda, diz o Apocalipse, que o Anticristo fará guerra, vencerá e matará aos dois testemunhos de Deus, Elias e Henoc e que seus cadáveres ficaram na praça da grande cidade que simbolicamente se chama Sodoma ou Egito, ali onde também o Senhor foi crucificado. (Apoc 11,7-8). Nosso Senhor foi crucificado em Roma? Este lugar não pode ser senão Jerusalém, que será naturalmente a capital do império do Anticristo. Afinal, os judeus seriam enganados por um falso messias que fosse bispo da Igreja católica? Ou que governasse do Vaticano? E que não fosse judeu?

8) Por fim,“Templo de Deus” na linguagem de São Paulo, é o Templo de Jerusalém, que de alguma maneira será reerguida, e não a Basílica de São Pedro em Roma. O que não irá impedir que muitos eclesiásticos sigam o Anticristo.

Abre aspas

Mesmo o conteúdo sendo levado à lista do Yahoo dos adeptos da crença, para ver se conseguiam algo de concreto além das revelações privadas para dar sustento à loucura do sedevacantismo, não houve uma contra resposta, nesse aspecto, preferem ficar quietos como se nada tivesse sido dito.

Fecha aspas

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A força sedevacantista: as pérolas
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Não poderíamos deixar para etapa final, algumas pérolas e contradições encontradas entre os adeptos da crença, que por ser irracional também leva a afirmações do mesmo gênero.

As pérolas foi tirada da página do mais eruditos dos ativistas brasileiros:

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Aqui, ele fazia o papel de carpideira em cemitério porque estava triste com a perda de um ex-sedevacantista. Veja que ele chama o Novus Ordo Missae de "Santo Sacrifício"

Eles frequentam a Missa Nova, mas não divulgam para não terem seus filmes queimados.

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Olha aí a doutrina da crença sedevacante: o satanismo tem erros. Bem, para eles não há problema nenhum em assistir missas e comungas nas mãos de um padre satanista, contando que tenha sido "validamente" ordenado. A falta de opção obriga a isso.
E finalmente...




De qualquer forma, os sedevacantistas, em boa parte, não giram bem da cabeça e é comovente a "diminuição" da culpabilidade deles, pois a dor de ver o que a crise fez com a Igreja foi tão grande, que muitos perderam o contato com a realidade.

Eles não percebem quem ensina uma heresia (ou o que eles supõem ser uma heresia) não é necessariamente um herege.

Para ser herege ele, em primeiro lugar, tem de ter consciência que está falando uma heresia (portanto você teria de provar que pela formação da pessoa ela teria a compreensão de negar uma verdade de fé), em segundo isso teria de ser pertinaz e, no caso de alguém que ocupe um posto na hierarquia, teria de ser pública (em eventos públicos).

Para alguns exegetas, nos tempos do Anticristo a Igreja será reduzida a um pequeno rebanho. Contudo, terá de existir, ainda, um Papa como cabeça visível do Corpo Místico de Cristo e um grupo de bispos em comunhão com ele, pois, de outro modo, teríamos a concretização da tese protestante que considera a Igreja um “corpo de crentes”. Simples assim: sem Papa, não há Igreja.

Na sua grande obra A Ortodoxia, Chesterton observa: “Um louco não é um homem que perdeu a razão. Um louco é um homem que perdeu tudo exceto sua razão”. Um homem assim, diz ainda Chesterton, “está numa prisão; a prisão do pensamento único”. Desenvolveu todos os seus argumentos lógicos em torno desse pensamento, “a explicação do louco sobre algo é sempre completa e geralmente satisfatória racionalmente”. Então ele conclui: “se você argüir um louco, é extremamente provável que você consiga o pior; de muitas maneiras sua mente se move rapidamente para não ser atrasada pelos argumentos que acompanham um bom julgamento”.

Assim é com os seus múltiplos e elaborados argumentos dos sedevacantistas. O sedevacantismo é perfeitamente lógico para os sedevacantistas, mas perfeitamente insano para qualquer católico que, vendo tal sistema de fora, exercita um julgamento fundamentado.

Evidente que existe o “interregnum” ente a morte de um Papa e a eleição de outro, mas dizer que os 5 últimos papas eleitos não foram papas e não apontar uma solução para esse problema, é uma verdadeira impostura. Esta idéia contradiz a definição infalível e o anátema do Concílio Vaticano I sobre a perpetuidade e visibilidade da sucessão papal.

Tendo em vista a promessa divina e o ensinamento infalível da Igreja, a posição sedevacantista, por mais lógica que pareça para seus aderentes, deve ser rejeitada como um patente absurdo.

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Até quando continuarão vendo (será que vêem?) ou não enxergando como os discípulos de Emaús? Oxalá que um dia as "escamas" dos olhos possam ser retiradas. É impressionante a observação e percepção de alguns "Pontes" a respeito dos Papas pós Vaticano II. Às vezes parece com doutrinadores protestantes que indagam que todos nós (os católicos de TODOS os concílios) estamos errados. Que se libertem desse crença antes que fiquem sufocados com a fumaça de Satanás!

 

©2009 Tradição em foco com Roma | "A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência" Doctor Angelicus Tomás de Aquino