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Homem de brinco


Moralmente neutro; esteticamente horrível.

Evidentemente, esteticamente horrível foi uma opinião particular.

Além de esteticamente horrível, é culturalmente ofensivo, visto que em nossa cultura ocidental nunca foi costume os homens usarem um adorno que pertencia (e deveria pertencer) exclusivamente a mulheres.
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Obviamente, não é pecado um homem usar um brinco nem fazer uma tatuagem. É uma questão de gosto estético e de costume. Até os anos 50, era um uso feminino e se um homem usasse um brinco , seria execrado como efeminado ou de outros nomes bem piores.

Convém lembrar por exemplo, diversas pesquisas que mostram que pessoas com adornos excessivos (tatuagens, piercings, brincos masculinos, alargadores, correntes enormes,etc) possuem mais dificuldade para se conseguir empregos. Aliás, em empresas grandes (como multi-nacionais por exemplo) esse tipo de acessório não é permitido, pois eles enfatizam numa aparência AGRADÁVEL ao seu cliente e está provado que aparências assim causam espanto.
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Nos anos 60 e 70 os homens e rapazes não tinham muita preocupação com a aparência e com a beleza física por um motivo muito simples: as mulheres e moças não davam à beleza física masculina a importância que dão hoje em dia. Assim sendo, os homens não a consideravam tão importante pelo simples motivo de que as mulheres também não davam a mesma importância que dão hoje em dia.

Porém, os padrões de beleza mudaram. Hoje as moças e mulheres exigem mais dos homens que em resposta passaram a se enfeitar inclusive usando adornos que antes  eram de uso exclusivo delas como brincos, colares, anéis. Antigamente o homem usava apenas aliança de casamento e anel de grau. Hoje em dia os rapazes usam anéis de prata até nos dez dedos das mãos.

Assim sendo, houve apenas mudanças de padrões de beleza ( masculina e feminina ) e mudança de comportamentos, por parte de homens e de mulheres.

Hoje em dia, rapazes e homens heterossexuais manifestam o mesmo grau de cuidados e de preocupações com a beleza física quanto os homossexuais.


Trata-se de uma resposta às exigências femininas, apenas isto. 
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O que, hoje se exige mais dos homens? Só se for em um universo paralelo. Pelo que vejo aqui, hoje em dia não se exige nem o mínimo de gentileza ou cavalheirismo, muitos menos enfeites ou adornos. Saem por aí, pegando e largando, sem maiores considerações.

Na antiguidade, na cultura hebraica principalmente, quando um indivíduo contraía uma dívida altíssima com outro e não conseguia pagar, havia-se o costume de tomar o individade como escravo, até a dívida ser saudada. Porém, se após a dívida ter sido saudada o indivíduo quisesse permanecer servindo o seu senhor, o senhorio iria furar-lhe a orelha e colocar-lhe o brinco. Isso representaria q este escravo serviria ao seu mestre pelo resto de sua vido por livre escolha. Ou seja, a origem do brinco remete-nos a escravidão. E ainda mais, à escravidão escolhida pelo próprio indivíduo. Jesus veio ao mundo para nos libertar, e todo o cristão é livre de todas as escravidões.

A passagem está no livro do Êxodo 21, 1-6

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Hæc sunt judicia quæ propones eis si emeris servum hebræum sex annis serviet tibi in septimo egredietur liber gratis, cum quali veste intraverit cum tali exeat si habens uxorem et uxor egredietur simul, sin autem dominus dederit illi uxorem et peperit filios et filias mulier et liberi ejus erunt domini sui ipse vero exibit cum vestitu suo, quod si dixerit servus diligo dominum meum et uxorem ac liberos non egrediar liber, offeret eum dominus diis et adplicabitur ad ostium et postes perforabitque aurem ejus subula et erit ei servus in sæculum

A relevância desse artigo termina no moralmente neutro e algumas ponderações sobre cultura que descambaram para a dialética: feio/gay - bonito/macho, cujo propósito edificante não vislumbro. Todo ato humano é qualificável moralmente.

O fato de algo ser moralmente neutro significa que não é nem moralmente bom nem mal, logo é muito semelhante a dizer que não interessa a moral.

Mas sempre que tomamos uma atitude tomamos com base em uma moral, essa moral pode definir que isso é bom ou ruim, mas muitas coisas essa moral não define, logo são neutras, mas isso não significa que não é um ato moral, apenas que a moral não determina ser bom ou ruim.

George Michael e seus brincos exorbitantes

O fato é que o ato de colocar ou tirar um brinco não seria em si uma ofença a Deus, logo não pode ser considerado por si um pecado.

Claro que dependendo do motivo pelo qual o brinco é usado a avaliação será outra, mas o foco é o motivo e não o ato.

Um homem que use brinco para se parecer com uma mulher está ferindo a natureza humana, um homem que use brinco por uma vaidade desenfreada pode estar se colocando acima de Deus estará tirando Deus de seu lugar, e essas e outras possibilidades são sim pecados (não necessariamente mortal)

Agora, um homem que usa brinco simplesmente por que acha legal, e que fica mais atraente com isso não faz absolutamente nada de errado (se é de bom gosto ou não é outra história).

A grande verdade é que são poucos os atos moralmente mals em si, normalmente o pecado está na vontade do homem, nas razões pelo qual faz tais atos.

Lembrando que até um ato aparentemente bom pode se tornar pecado pelas razões do homem.

Alguns rapazes usam camiseta, por que não usa camisa? Ou uma polo?

Porque eles acham mais bonito a camiseta, porque é confortável.

Uma pessoa pode usar um brinco simplesmente por que acha bonito, sem querer dizer absolutamente mais nada com isso, e isso não é errado.

Gosto não se discute, se lamenta! 
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PARA CITAR ESTE ARTIGO:

Homem de brinco

David A Conceição, 06/2014 Tradição em Foco com Roma RJ.


Domine Iesu, quem velatum nunc aspicio, Oro, fiat illud, quod tam sitio, Ut te revelata cernes facie, Visu sim beatus tuae gloriae. Amem.
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CRÍTICAS E CORREÇÕES SÃO BEM-VINDAS:

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