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Glória a Deus Aleluia! Protestantes batizam crianças


É certíssimo querer descobrir as verdades cristãs. A inquietação que sentimos por não sabermos a palavra da Igreja sobre determinado assunto deve nos levar direto à fonte desse conhecimento: Sagradas Escrituras, Tradição Católica, Magistério da Igreja.

Os protestantes em geral afirmam que existem 3 tipos de batismo que são praticados hoje: 1) Batismo nas águas; 2) Batismo no fogo (Espírito Santo); 3) Batismo ritualístico. Sendo este último  o batismo que inicia uma pessoa em uma instituição, religiosa ou não. E que o batismo infantil é parte do ritual para a iniciação na Igreja.

O protestantismo é uma farofa de doutrinas inventadas pelos seus fundadores e líderes, mas algumas correntes seguem a doutrina católica como é o caso dos protestantes que batizam crianças. nem todos negam o batismo as crianças, nas seitas menos afastadas da religião verdadeira, menos afastadas no que tange a sua linha tradicional, como os anglicanos, luteranos, metodistas e presbiterianos, o batismos infantil é comum.

Não existem três tipos de batismo. O que ocorre nos dias atuais, devido a influência dos erros do protestantismo pentecostal em vários meios é uma confusão (como era de se esperar) teológica e escriturística.
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Em primeiro lugar, há um só Batismo, na água e no espírito.
Ao encetar a sua missão de Cordeiro imolado pelos pecadores, Jesus age como cabeça da humanidade, de sorte que os seus gestos mais solenes repercutem sobre nós, e seus mistérios se perpetuam eficazmente. Em consequência, o Espírito que sobre ele baixara no batismo joanino, haveria de se derramar sobre nós; a imersão de Jesus nas águas do Jordão santificaria para sempre todas as águas e lhes daria o poder de regenerar. Ao imegir-se no rio, o “novo Adão” nele mergulhava o descendência do “velho Adão”, para purifica-la. Esse batismo já prelibava a outro de sangue (São Marcos 10, 38 / São Lucas 12, 50). 
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Em São João 3, 5, quatro verdades capitais nos revela o Senhor:

a) A índole sacramental do Batismo. Rito sensível que não apenas simboliza, senão produz o que significa: a regeneração espiritual. Tanto produz, que a ablução faz nascer de novo, e assegura a entrada no Reino de Deus.

b) A necessidade do Batismo. É condição indispensável da salvação, como de novo afirmará Jesus na Ascensão (São Marcos 16, 16).

c) O duplo elemento, material e espiritual, do Sacramento; o primeiro subordinado ao segundo. Em virtude desta subordinação, o Batismo cristão é eficaz por si mesmo, ao contrário da ablução joanina, que só valia pelos sentimentos que despertava.

d) O efeito do Sacramento é o renascer. Pois que o Espírito nos traz vida nova. Não mais da carne, como chegamos a este mundo, mas do Espírito, para infância espiritual. O verbo grego empregado pelo evangelista pode ser traduzido por “nascer de novo” ou “nascer do alto”. Ambos se implicam aliás; nascer do alto é, por força, nascer de novo, e o nascer de novo de que fala Jesus só se concebe como um nascer do alto.


Sendo assim, não pode haver dois batismos. Poderia causar dúvida o fato de ser várias vezes assinalado, nas Escrituras, o Batismo “em nome de Jesus” (At. 2, 38; 8, 12 e 16; 10, 48; 19, 5...). Vem aclarar o problema o último texto referido. Chegou Paulo a Éfeso e aí encontrou alguns discípulos. Perguntou-lhes se haviam recebido o Espírito Santo. Contestaram que nem sequer tinham ouvido falar no Espírito Santo. E o Apóstolo: “Em que Batismo, pois, fostes batizados”? E eles responderam: “No Batismo de João”. Paulo ensinou-lhes então o caráter preparatório do batismo joanino. “Ouvindo isto, forma eles batizados em nome do Senhor Jesus” (At. 19, 1-5). Vê-se que o Batismo “em nome de Jesus” opõe-se ao batismo de João. Paulo supõe que o Batismo cristão é conferido com invocação da Trindade. Quem ignora até o nome do Espírito Santo, não pode ter recebido o Sacramento, com todas as suas características integrantes.

O batismo de João era meramente preparatório, era uma figura (como tudo na Lei antiga), não era sacramente. João ressalta a índole preparatória, efêmera do seu batismo. Eu, na verdade, batizo-vos com água para penitência, mas o que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e eu não sou digno de lhe lavar as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo (São Mateus 3, 11/ São Marcos I, 8).

A diferença não consiste (como superficialmente parece) nos elementos do rito, mas na sua eficácia. Tanto a ação do fogo sobrepuja a da água, tanto o batismo do Messias será superior ao do Precussor. A água limpa tão só a superfície, o fogo, ao contrário atinge o âmago do ser, depura toda escória (Zacarias 13, 9 / Malaquias 3, 2).

Quanto ao chamado 
batismo no espírito, isso não existe. O que existe é uma efusão extraordinária do Espírito Santo, que foi necessária no início da obra evangelizadora. A única coisa que há em três no Batismo (além da invocação a Santíssima Trindade) é a maneira de batizar: por imersão, por afusão e por aspersão.

A defesa do batismo infantil pelos protestantes


O site da igreja Metodista de Vila Isabel RJ fornece um texto argumentativo pró-batismo infantil, em que destacamos alguns pontos bem elucidados:

As pessoas que se opõe à prática do batismo infantil também se esquecem do texto bíblico de Mc 10:13-16 onde o próprio Senhor Jesus afirma: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele”. “Nesse texto Jesus afirma que as crianças são membros do Reino de Deus e, além disto, são padrão para o ingresso no Reino de Deus. A criança já entrou na nossa frente no Reino.”, diz a Pastoral dos Bispos sobre Batismo, p. 16.

Donald Raffan, em texto publicado pelo Expositor Cristão na década de 1980, afirma que “quem exclui as crianças da graça completa de Deus, não pode reconciliar sua ação com as palavras de Jesus em Mc 10:15” (Em verdade vos digo; quem não receber o Reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele). Para Jesus a criança é plenamente aceita: dos tais é o Reino de Deus (Mc 10:14). Estes versículos trazem uma riqueza muito importante ao evangelho e ao Cristianismo. Em poucas palavras, o coração de Deus está aberto! Deus não faz acepção de pessoas! O Reino de Deus não é só dos adultos. A graça de Deus não tem limites. Em 2Co 5:19, Paulo diz que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo.... A graça é de fato oferecida a todos! (...)negar a graça de Deus a uma criança é uma ofensa a Deus e uma negação de sua obra em Cristo. O batismo é o início do processo de nutrição e desenvolvimento espiritual.

Em seguida algumas das principais dúvidas e questionamentos que as pessoas que trabalham com crianças colheram junto a pastores e pastoras e às igrejas locais ao longo deste processo de discussão sobre o Batismo Infantil:

1 – Criança não entende; a Criança não crê; não há certeza se vão permanecer na Igreja; não é melhor esperar ela crescer e fazer sua opção? 

Como já vimos, o Batismo é a inclusão da pessoa (adulta ou criança) no Corpo de Cristo, é a marca de que pertencemos a Deus, que somos cidadãos do Reino de Deus. Devemos ensinar nossos filhos e filhas a amar ao Senhor e a andar em seus caminhos. Nossa fé tem de ser a fé deles, nosso Deus tem de ser o Deus deles. Afinal, Jesus é o Caminho e não há salvação fora dele. No batismo infantil, também como vimos, é a fé do Pai que importa, não a fé da criança. Porque esperar para a criança compreender em algo tão importante? Não esperamos a criança crescer para poder decidir que língua quer falar, se quer aprender a falar ou não, a andar ou não, a vestir-se ou não, se quer comer papinha ou mamadeira ou nada disso. Essas coisas, bem sabido, fazem parte de uma boa educação que os pais devem dar a seus filhos(as); é responsabilidade deles. O Batismo Infantil também é parte da nossa educação cristã, da nossa fé; é bênção para nossos filhos(as). Geramos nossos filhos e filhas e nem sabemos se eles vão viver 1 ou 1o ou 100 anos; não sabemos se eles vão crescer sadios; não temos nenhuma certeza que vão ser pessoas corretas quando crescerem; mas nós fazemos tudo confiados na graça de Deus. Nós plantamos, mas o crescimento vem do Senhor. Nós fazemos, Deus cuida. Deus é a nossa esperança, a nossa garantia.

2 – Jesus batizado só quando adulto; a Criança não tem pecado. 

Jesus foi circuncidado no 8º dia de vida e entrou na aliança com Deus. Jesus foi apresentado no templo por seus pais. E Jesus foi batizado por volta dos seus 30 anos. Por que Jesus não foi batizado quando criança? Justamente porque ele era judeu e seguia os costumes judeus. Foi Jesus quem reuniu discípulos(as) e formou a Igreja Cristã, a sua Igreja. Foi ele quem iniciou uma nova aliança, e que determinou a mudança da Ceia Judaica para a Ceia Cristã e a circuncisão para o Batismo. Jesus foi batizado e não tinha pecado. Por que? Porque além de ser sinal de remissão de pecados, o Batismo cristão também é sinal de consagração, de entrega radical para quem deseja viver em Deus, com Deus e para Deus.

3 – As Crianças já pertencem ao Reino 

E precisam ser reconhecidas por nós como parte da Igreja de Jesus. Esse reconhecimento é feito através do Batismo. O Batismo não salva, só Jesus Salva. Mas ele coloca a marca da salvação sobre aqueles que são de Jesus.

4 – Batismo Infantil é “pura imitação” do Catolicismo 

Graças a Deus a fé e a prática dos Metodistas não é porque alguém faz ou porque alguém deixa de fazer. Nossas crenças e nossas práticas, portanto, não são cópias das crenças e das práticas de nenhuma denominação; e também não nascem em oposição à crença de nenhuma denominação ou grupo religioso. Nossas crenças e nossas práticas religiosas nascem da oração e da leitura e reflexão da Palavra de Deus. Cremos e praticamos tão somente porque está na Palavra de Deus, porque foi ensinado e vivido por Jesus, porque foi testemunhado pela Igreja de Jesus.

O mais interessante, é que este outro site, presbiteriano, cita a Patrística para defender o batismo das crianças:
A HISTÓRIA DA IGREJA E O BATISMO INFANTIL
Neste momento desejamos mostrar os indícios de que a história da Igreja confirma o Batismo infantil. Este ponto é importante para mostrar que a Igreja sempre praticou essa doutrina.
Irineu (130-202 d.C.) escreveu sobre o batismo infantil dizendo que Cristo mandou a Igreja batizar todos os que foram salvos pelo Evangelho, e assim, as crianças deveriam ser batizadas. (“Contra as Heresias” Livro III, Capítulo 9).
Justino, o Mártir (100-165 d.C.) confirmou o testemunho de Irineu dizendo que ele estava referindo-se ao batismo de criancinhas. (“Apologia I”).
Tertuliano (160-225 d.C.) foi um teólogo que defendia que seria melhor aos homens serem batizados mais tarde, pois acreditava que o batismo perdoa os pecados. Pelo testemunho de Tertuliano percebemos que o batismo de crianças era uma prática comum na história da Igreja. 
Orígenes (185-254 d.C.) escreveu dizendo que a “Igreja tinha dos Apóstolos a tradição (ordem) para administrar o batismo as criancinhas”. As tradições cristãs, advindas dos apóstolos, não devem ser abandonadas (2 Ts 2:15; 3:6).
Pelágio (360-435 d.C.) escreveu: “Nunca tive conhecimento de alguém, nem mesmo o mais ímpio herege, que negasse o batismo às criancinhas”.
Agostinho (354-430 d.C.) conhecido como o doutor da graça escreveu defendendo o Batismo Infantil como sendo a fonte de redenção dos pequeninos.
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PARA CITAR ESTE ARTIGO:


Glória a Deus Aleluia! Protestantes batizam crianças

David A. Conceição 01/2015 Tradição em Foco com Roma.

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