Comunhão de joelhos no Novus Ordo Missae
Certamente isso não pode ser dito em relação aos efeitos dos sacramentos que imprimem caráter, mas no caso da Comunhão pode gerar dúvida dúvida.
A Comunhão é a participação do fiel no sacramento.
Diferentemente do Batismo ou da Crisma, em que a matéria não se modifica (a água e o óleo permanecem água e óleo), na Eucaristia, o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue, e assim permanecem. O sacramento é celebrado, confeccionado, na Missa, mas a recepção dele pode se dar dentro ou fora da Missa.
A Comunhão não é sacramental, mas parte do sacramento. Embora a Eucaristia seja celebrada na Missa, ela é recebida em Comunhão. Cada vez que comungamos, não estamos celebrando um sacramental, mas recebendo um sacramento. Não falamos, aliás, corriqueiramente, em "receber os sacramentos", quando vamos à Confissão e à Comunhão?
A Comunhão é a participação do fiel no sacramento.
Diferentemente do Batismo ou da Crisma, em que a matéria não se modifica (a água e o óleo permanecem água e óleo), na Eucaristia, o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue, e assim permanecem. O sacramento é celebrado, confeccionado, na Missa, mas a recepção dele pode se dar dentro ou fora da Missa.
A Comunhão não é sacramental, mas parte do sacramento. Embora a Eucaristia seja celebrada na Missa, ela é recebida em Comunhão. Cada vez que comungamos, não estamos celebrando um sacramental, mas recebendo um sacramento. Não falamos, aliás, corriqueiramente, em "receber os sacramentos", quando vamos à Confissão e à Comunhão?
Dependente das disposições e estado de alma do sujeito. Mas a Penitência também depende disso. Se o sujeito não está devidamente contrito, ou se não confessa todos os pecados, a eficácia não se opera. Mas isso é necessário porque isso é a matéria do Sacramento. Na Eucaristia as disposições não é a matéria. Sendo as disposições apenas tão necessárias quanto é para os demais Sacramentos; entretanto, essas disposições nunca tornam ineficazes completamente.
Como se pode explicar isso a não ser sendo um sacramental?
E talvez dizemos receber os sacramentos por tradição ou antonomásia como dizemos pecado original e não culpa ou quando dizemos pecados capitais e não vícios.
O efeito ex opere operato é quanto ao sacramento, de si eficaz, não um sinônimo de mágica.
Além disso, o sacramento supõe recepção: o sujeito recebe o Batismo, a Ordem, a Crisma, o Matrimônio, a Penitência, a Unção dos Enfermos. Se a recepção do sacramento da Eucaristia não fosse parte do sacramento, e sim um sacramental, então a Eucaristia seria, justo ela, SANTÍSSIMO Sacramento, o Sacramento por excelência, por antonomásia ("o" Sacramento), um sacramento que não receberíamos enquanto tal.
Se a Comunhão fosse um sacramental, quando se daria a recepção da graça pela Eucaristia? Pela assistir Missa? Por ver a Consagração?
Não.
É preciso entender que a Eucaristia, considerada como sacrifício, se opera na Missa, mas enquanto sacramento, é confeccionada na Missa e perfectibilizado seu efeito pela sua recepção, comunhão.
A Enciclopédia Católica diz que sacramentais, do latim Sacramentalia têm por objeto "manifestar o respeito devido ao sacramento e para garantir a santificação dos fiéis."
Deste modo, a Eucaristia já responde por si só. Se fôssemos pensar de forma análoga, a Penitência também só produz seus efeitos naqueles em cuja alma há predisposição a recebê-los por completo, neste caso, arrependimento dos pecados e convicção de não reincidência.
Na acepção antiga do termo "sacramentais" até que se poderia cogitar ser a comunhão um sacramental, já que a ideia antiga referia-os como ritos e cerimônias acessórias utilizados pela Igreja na administração dos sacramentos (como os exorcismos e unções do Batismo), como refere Boulenger.
Entretanto, no conceito atual dos sacramentais enquanto "coisas ou ações de que se utiliza a Igreja, à imitação dos sacramentos, para obter de Deus, mediante sua intercessão (da Igreja), determinados efeitos de índole especialmente espiritual" (CIC 1917, cân. 1144), não parece ser possível tal correspondência.
A comunhão é momento em que se recebe o sacramento da Eucaristia. Não se trata de uma cerimônia acessória na administração, posto que é o termo utilizado à própria administração (de modo que é de se afastar a sua identidade com a concepção antiga do termo sacramental), tampouco é uma ação utilizada pela Igreja para rogar, à imitação de sacramento, da parte de Deus efeitos de índole especialmente espiritual, já que na comunhão se recebe um sacramento que contém efeitos não somente espirituais, mas corporais (abrandamento da concupiscência e causa da ressurreição da carne).
A comunhão (sacramentalis manducatio, momento), não tem efeito (ex opere operatis ou operantis), o efeito é da Eucaristia é recebida em momento diverso da celebração do sacramento, diferente dos demais sacramentos, nos quais há uma coincidência entre o instante da celebração e o da administração.
A comunhão é o momento em que se realiza a ação "receber o sacramento da Eucaristia". Tal é também chamada pelos teólogos como "sacramentalis manducatio". Há também a chamada comunhão espiritual (spiritualis manducatio), na qual são percebidos não os efeitos sacramentais do sacramento, mas tão-só os espirituais. A este propósito, o Aquinate se refere à comunhão espiritual como uma incorporação espiritual do homem ao corpo místico pela fé e caridade (Sum. Th., III, 80, I).
Dito isto, delimita-se o âmbito significativo da expressão sobre a qual nos debruçamos à resposta da pergunta do título da postagem. Referia-me, pois, à comunhão sacramental, que é, repita-se, o momento em que recebemos o sacramento da Eucaristia (não só os seus efeitos espirituais, que nela se encontram inclusos, mas o sacramento em si - efeitos espirituais e sacramentais).
Importante destacar à luz dos ensinamentos dos Santos Padres, que este sacramento pode ser recebido de três modos:
I. Só sacramentalmente, para os que o recebem em pecado mortal;
II. Sacramental e espiritualmente, para os que o recebem nas devidas disposições e
III. Só espiritualmente, "aqueles que pelo desejo (voto) comem aquele pão celestial, que se lhes propõe, com fé viva, que obra por amor (Gal 5, 6), experimentando o seu fruto e utilidade" (Con. Trident., Seção XIII, Cân. 11, Dec. sobre a Eucaristia).
Fazendo, assim, um paralelo entre a "sacramentalis manducatio" (comunhão sacramental) e os sacramentais, vemos que estes possuem efeitos meramente espirituais (apenas alcançam a graça atual), enquanto que a comunhão não produz efeito, mas o efeito (espiritual) do sacramento que se recebe, naquele momento, será concedido proporcionalmente às disposições do sujeito.
A comunhão, assim, não é mera cerimônia edificante que acompanha a administração do sacramento da Eucaristia, como são as unções e exorcimos no Batismo (e que correspondem a sacramentais), mas o momento próprio em que o sacramento é administrado, de modo que entendo não poder ser situada no âmbito dos sacramentais.
Para deixar claro o aspecto quanto aos efeitos (espirituais e sacramentais) do sacramento da Eucaristia, destacando que a comunhão sacramental (em que se recebe Nosso Senhor presente, verdadeira, real e substancialmente, em corpo, sangue, alma e divindade sob as espécies sagradas) é o momento em que o efeito sacramental é recebido e os espirituais são abtidos pelos fieis em proporção de suas disposições.
Segundo a nova definição de sacramental não pode ser não. E claro que é lícito mudar a definição; definições são só maneiras de uma verdade ser expressa. Se não fosse assim até hoje estaríamos chamando mil coisas de sacramento.
Como se pode explicar isso a não ser sendo um sacramental?
E talvez dizemos receber os sacramentos por tradição ou antonomásia como dizemos pecado original e não culpa ou quando dizemos pecados capitais e não vícios.
O efeito ex opere operato é quanto ao sacramento, de si eficaz, não um sinônimo de mágica.
Além disso, o sacramento supõe recepção: o sujeito recebe o Batismo, a Ordem, a Crisma, o Matrimônio, a Penitência, a Unção dos Enfermos. Se a recepção do sacramento da Eucaristia não fosse parte do sacramento, e sim um sacramental, então a Eucaristia seria, justo ela, SANTÍSSIMO Sacramento, o Sacramento por excelência, por antonomásia ("o" Sacramento), um sacramento que não receberíamos enquanto tal.
Se a Comunhão fosse um sacramental, quando se daria a recepção da graça pela Eucaristia? Pela assistir Missa? Por ver a Consagração?
Não.
É preciso entender que a Eucaristia, considerada como sacrifício, se opera na Missa, mas enquanto sacramento, é confeccionada na Missa e perfectibilizado seu efeito pela sua recepção, comunhão.
A Enciclopédia Católica diz que sacramentais, do latim Sacramentalia têm por objeto "manifestar o respeito devido ao sacramento e para garantir a santificação dos fiéis."
Deste modo, a Eucaristia já responde por si só. Se fôssemos pensar de forma análoga, a Penitência também só produz seus efeitos naqueles em cuja alma há predisposição a recebê-los por completo, neste caso, arrependimento dos pecados e convicção de não reincidência.
Na acepção antiga do termo "sacramentais" até que se poderia cogitar ser a comunhão um sacramental, já que a ideia antiga referia-os como ritos e cerimônias acessórias utilizados pela Igreja na administração dos sacramentos (como os exorcismos e unções do Batismo), como refere Boulenger.
Entretanto, no conceito atual dos sacramentais enquanto "coisas ou ações de que se utiliza a Igreja, à imitação dos sacramentos, para obter de Deus, mediante sua intercessão (da Igreja), determinados efeitos de índole especialmente espiritual" (CIC 1917, cân. 1144), não parece ser possível tal correspondência.
A comunhão é momento em que se recebe o sacramento da Eucaristia. Não se trata de uma cerimônia acessória na administração, posto que é o termo utilizado à própria administração (de modo que é de se afastar a sua identidade com a concepção antiga do termo sacramental), tampouco é uma ação utilizada pela Igreja para rogar, à imitação de sacramento, da parte de Deus efeitos de índole especialmente espiritual, já que na comunhão se recebe um sacramento que contém efeitos não somente espirituais, mas corporais (abrandamento da concupiscência e causa da ressurreição da carne).
A comunhão (sacramentalis manducatio, momento), não tem efeito (ex opere operatis ou operantis), o efeito é da Eucaristia é recebida em momento diverso da celebração do sacramento, diferente dos demais sacramentos, nos quais há uma coincidência entre o instante da celebração e o da administração.
A comunhão é o momento em que se realiza a ação "receber o sacramento da Eucaristia". Tal é também chamada pelos teólogos como "sacramentalis manducatio". Há também a chamada comunhão espiritual (spiritualis manducatio), na qual são percebidos não os efeitos sacramentais do sacramento, mas tão-só os espirituais. A este propósito, o Aquinate se refere à comunhão espiritual como uma incorporação espiritual do homem ao corpo místico pela fé e caridade (Sum. Th., III, 80, I).
Dito isto, delimita-se o âmbito significativo da expressão sobre a qual nos debruçamos à resposta da pergunta do título da postagem. Referia-me, pois, à comunhão sacramental, que é, repita-se, o momento em que recebemos o sacramento da Eucaristia (não só os seus efeitos espirituais, que nela se encontram inclusos, mas o sacramento em si - efeitos espirituais e sacramentais).
Importante destacar à luz dos ensinamentos dos Santos Padres, que este sacramento pode ser recebido de três modos:
I. Só sacramentalmente, para os que o recebem em pecado mortal;
II. Sacramental e espiritualmente, para os que o recebem nas devidas disposições e
III. Só espiritualmente, "aqueles que pelo desejo (voto) comem aquele pão celestial, que se lhes propõe, com fé viva, que obra por amor (Gal 5, 6), experimentando o seu fruto e utilidade" (Con. Trident., Seção XIII, Cân. 11, Dec. sobre a Eucaristia).
Fazendo, assim, um paralelo entre a "sacramentalis manducatio" (comunhão sacramental) e os sacramentais, vemos que estes possuem efeitos meramente espirituais (apenas alcançam a graça atual), enquanto que a comunhão não produz efeito, mas o efeito (espiritual) do sacramento que se recebe, naquele momento, será concedido proporcionalmente às disposições do sujeito.
A comunhão, assim, não é mera cerimônia edificante que acompanha a administração do sacramento da Eucaristia, como são as unções e exorcimos no Batismo (e que correspondem a sacramentais), mas o momento próprio em que o sacramento é administrado, de modo que entendo não poder ser situada no âmbito dos sacramentais.
Para deixar claro o aspecto quanto aos efeitos (espirituais e sacramentais) do sacramento da Eucaristia, destacando que a comunhão sacramental (em que se recebe Nosso Senhor presente, verdadeira, real e substancialmente, em corpo, sangue, alma e divindade sob as espécies sagradas) é o momento em que o efeito sacramental é recebido e os espirituais são abtidos pelos fieis em proporção de suas disposições.
Segundo a nova definição de sacramental não pode ser não. E claro que é lícito mudar a definição; definições são só maneiras de uma verdade ser expressa. Se não fosse assim até hoje estaríamos chamando mil coisas de sacramento.