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Heresia e relativismo ao som de Rosa de Saron


Na certa você também está por dentro do auge do momento sobre uma heresia dita em rede nacional em um programa da Globo por um vocalista da banda Rosa de Saron, até então, nada de novo debaixo de sol pois o que mais temos dentro da Igreja são hereges e pessoas com pouca ou nenhuma instrução doutrinária. Mas o ponto que não se pode deixar passar em branco é o fato da banda em questão manter sua posição herética e ainda atacar os que queria corrigir na caridade, como fez de fato Padre Paulo, sendo pai e pastor manteve a preocupação de ensinar o correto. 
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O intuito da declaração do cantor foi irenista, para agradar gregos e troianos com o carimbo de "ecumenismo", coisa que não é. Seria um esforço ecumênico válido se for meio de conversão aos protestantes. Claro que a intenção deve ser a conversão dos protestantes, mas nem sempre é eficaz buscar conversão imediata. Um início de contatos, uma aproximação amigável, tudo isso é lícito, tendo em vista à conversão que virá no futuro, se tudo andar bem e os protestantes forem dóceis.

Rosa de Saron era boa quando tinha a primeira formação. Depois disso passou a ser como Detonautas com músicas de conteúdo relativista de que somos todos iguais, que o que interessa é falar de Jesus e ter Deus no coração e outras baboseiras. Eu sempre tive um pé atrás por causa dessa maneira estranha de evangelizar sem falar de Jesus (coisa que acontece com essa nova formação). Eles têm uma qualidade musical invejável, mas não sei se cantam pra Deus ou para as moças na platéia.

As letras dos 2 primeiros discos do Rosa de Saron são infinitamente melhores, não havias letras dúbidas, era doutrina pura! Mas a partir da entrada do Guilherme nos vocais e violões, a banda mudou o estilo musical, para algo mais comercial e as letras ganharam essa ambiguidade.

Se os católicos deixarem de pregar doutrina católica e expor as diferenças por "respeito" aos protestantes, mas eles pregarem suas heresias com total "liberdade", aí, sim, não será legítimo ecumenismo e tal postura deve ser denunciada.


Quer dizer então que falar da nossa doutrina, falar de Maria, da Eucaristia, é atacar quem não crê nisso? Para atingi-los nós devemos abrir mão das coisas mais caras à nossa fé? Devemos falar o que eles querem ouvir para trazê-los à nossa Igreja, onde então deixaremos de ensinar o que há 2 mil anos ensinamos, só por eles se sentirem "agredidos", "atacados", com a Verdade de Cristo?

Tenha paciência, não?

Deve ser por conta dessa ideia de jerico de atrair os protês falando a língua deles, falando de Deus de modo extremamente subjetivo, que Rosa de Saron e Padre Fábio de melo (só pra citar dois) possuem tantos fãs protestantes mas, que por um motivo extraordinário, não se tornam católicos. Continuam protestantes.

Quer dizer então que para doutrinar devemos não-doutrinar? Para construir devemos destruir, para destruir devemos construir? Caetaneando, seria o avesso do avesso do avesso do avesso?

Calma aí, é pra focar menos na doutrina da Igreja para que possamos trazer os protês que querem conhecer mais sobre a Igreja? Então pra trazer quem quer conhecer mais sobre, eu ensino menos sobre?

As músicas da irmã Kelly Patrícia tem um forte teor doutrinário pois suas letras são escritos de Santos.

Confunde-se sucesso com evangelização, há quem pensa que pelo fato do Rosa vender uma média de 500 mil cds e dvds, que serão 500 mil evangelizados e convertidos a Fé Católica, puro engano.

Quando um grupo decide trabalhar seus dons para levar Cristo através da música, tudo quando começa é perfeito, pois estão em oração, buscam converter ao invés de animar, e com isso Deus abençoa.

O problema é quando expande, pois daí vem a secularização, as canções já não são tão religiosas assim, não falam mais de doutrina, nem de Maria, nem da Igreja nem dos Santos. Tudo é suavizado para não desagradar o público secular que por ser maioria, infelizmente, são os que mais pode fazer as vendas aumentar.

Bons tempos onde os monges cantavam maravilhosamente para edificar uma alma e ainda faziam tudo anonimamente, pois queriam que a glória de seus cantos fossem somente para Deus. 



Quer dizer com isso que existem outras partes para a Salvação que não estão ligadas à Igreja Católica?

E desde quando ensinar a Verdade é ser hostil? Se os nossos Santos e Santas, Padres, Bispos, Papas, leigos, enfim, não tivessem ensinado a Verdade nada menos que ela, não teriam jamais cristianizado a Europa, não teriam jamais convertido povos bárbaros com crenças pagãs fortemente arraigadas se não tivessem apresentado a Verdade de Cristo. Jamais relativizaram Cristo, nem deixaram de falar dele para não serem "hostis" e nem "agredirem".

Primeiro lugar: a conversão pode se dar de várias modos. Pode ser gradual e pode ser "de cara". Se for "de cara" terá que aceitar a única e verdadeira religião "de cara". Se for gradual, antes de se converter, seu coração e sua razão serão semeados para que vá compreendendo e aceitando a Sã Doutrina.

Mas veja bem, ao não apresentar a Igreja e a fé católica, seja de forma imediata ou gradual, eu não estou levando até essa pessoa a Sã Doutrina. Eu estou mutilando a Sã Doutrina e levando a ele apenas coisas que ela já está acostumada a ver na religião do herege, ora essa, porque a religião dele também crê em Cristo! Se separaram da nossa Igreja e mantiveram muitos dos nossos ensinamentos, e distorceram e criaram tantos outros. 

Então a proposta irenista e de muitas outros católicos frouxos, é levar aos protestantes apenas Verdades que eles já aceitam! Ora essa, se eles já aceitam lá por que virão pra Igreja Católica?

Percebem como esse pensamento é manco?

Não à toa, reitero que Rosa de Saron e tantos outros possuem centenas, milhares de fãs evangélicos que... continuam evangélicos! Ora, mudar pra quê? Ouço tais bandas católicas pelo simples fato de que elas falam coisas que meu pastor também fala, que minha banda protestante também fala. Eles não falam de Maria, da Eucaristia, do Papa... logo não me ofendem, não agridem.

Como essa pessoa vai se converter?

Temos que entender que, sim, a verdade AGRIDE. Ser apresentado à Verdade sempre será uma agressão, um ato hostil, pois as pessoas que não conhecem a Verdade crêem que suas mentiras são a Verdade, e que a Verdade que apresentamos a elas é uma mentira! Dizer a Verdade sempre será agressivo. Não importa o quanto de mel coloquemos nas palavras. E essa Verdade, que agride, que rasga nosso ser velho e faz nascer um novo, seja gradualmente como foi com Santo Agostinho, seja de imediato, no tempo de um raio, como foi com São Paulo, essa Verdade tem que ser apresentada sem cortes.

Senão deixa de ser uma Verdade.


Isso é uma coisa que me preocupa demais.

Não gosto do Rosa, mas tenho amigos que gostam, e alguns deles se decepcionaram com a postura de seus integrantes. Nem um show que fizeram em Niterói teve Adoração ao Santíssimo (coisa que desaprovo veementemente) antes do show. Teve Santa Missa também. Todos os integrantes da banda participaram de ambas as coisas (Missa e Adoração) completamente maquiados (o vocalista então...) e com bonés nas cabeças. Uma falta de respeito tamanha. Sem contar a postura tanto dessas bandas quanto do público ao participarem de uma Adoração pré-show. O que você ouve são gritos histéricos, pulos... parece que estão no show de um popstar.

Em um show da Irmã Kelly Patrícia, organizado por uma comunidade carismática daqui do Rio, antes do show da Irmã, teve show de um outro grupo daqui da região, e antes desse show a Adoração ao Santíssimo... Quase ninguém ajoelhado, gritos e mais gritos, assobios, pulos, coros organizados, e no fim o Tão Sublime Sacramento tocado com bateria, em ritmo dançante e, pasmem, pessoas realmente dançando na minha frente...

Sem contar que Adoração antes de show dá a ligeira impressão de que o show é mais importante que a Adoração... e para muitas pessoas acho que é mesmo! 


Só me dá uma tristeza muito sentida no coração, ver como alguns dos nomes mais famosos do catolicismo estão deixando, pouco a pouco de representar o ideal da Santa Igreja, para mostrar o ideal de suas gravadoras.

Não imaginava que a música católica fosse ser difundida de qualquer forma com o pretexto de atrair protestantes. Penso que acima de tudo, a música, a literatura, a pregação deveriam contribuir para formar católicos melhores, mais conhecedores das diretrizes de sua Igreja e mais amantes de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos seus anjos e nos seus santos... que pena!

Quem tenta agradar a todos, não acaba agradando ninguém...

Recomendo como segunda parte do artigo, a leitura do texto do blog irmão O Catequista : No Reino de Sauron nem tudo é rosas.
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PARA CITAR ESTE ARTIGO:

Heresia e relativismo ao som de Rosa de Saron David A. Conceição   08/2013 Tradição em Foco com Roma.

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