Quem rejeita totalmente a adoção são aqueles protestantes de moral Kantiana, aquela dos imperativos categóricos e da lógica pura.
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No caso da adoção por aqueles que não podem ter filhos naturalmente, entra uma opinião pessoal: (começo da opinião pessoal) não é imoral mas, se a esterilidade não foi causada por um ato de responsabilidade própria - digamos, se você deliberadamente arriscou sua vida num esporte perigoso e acabou ficando estéril - mas sim de causas naturais ou que não sejam culpa própria - tipo, foi atingido por material radioativo sem saber; ou seja, se foi algo de vontade divina que a pessoa não fosse capaz de gerar filhos, então apesar de não ser imoral, eu refletiria sobre a conveniência de tal ato. Se isso aconteceu, é porque invariavelmente existem outros planos de Deus para a vida da pessoa, outra vocação, outro chamado, seja para a vida religiosa/ministerial, seja para o laicato consagrado, seja para ser missionário, seja para, como solteiro, ter um outro objetivo com sua vida. Nisso, a ideia de adotar um filho pode ser uma negação ou secundarização deste chamado vocacional, que na verdade tem de ser discernido. (fim da opinião pessoal)
Se a causa para a impossibilidade de gerar filhos for também causa da
impossibilidade de se consumar uma relação sexual (cara perdeu a
genitália), então nem casado ele pode ser, correto? Nesses casos, sim,
concordo que a adoção talvez seja uma forma se constituir uma família
"artificial", que jamais poderá ser plena, pois falta a licitude do
sacramento. É o mesmo problema para a adoção por solteiros. Já aqueles
que adquiriram esterilidade mas não impotências sexual, a eles é lícito a
união matrimonial, logo, lícita também a paternidade para constituir
família, e a adoção. Alguns não vêem muita diferença entre a causa ter sido por
imprudência da pessoa ou uma fatalidade.
A atitude que vai #com certeza# gerar um fato ilícito/imoral, também se torna ilícita/imoral.
A ideia nesta opinião foi a de casais que têm a vocação de serem casados mas não terem filhos, vivendo apenas da providência divina, ou em situações de perigo. Tipo, missionários "in partibus". Assim como tem gente que não nasceu para casar (e não necessariamente precisa ser padre ou freira ou leigo consagrado), tem gente que não nasceu para a paternidade, mas que tem vocação para ser casado. Desde que não haja a vontade e os atos deliberados de não procriar, mas a eles seja impossível fisicamente (no caso dos incapazes de procriar) ou porque não lhes foram dados filhos naturalmente...
A ideia nesta opinião foi a de casais que têm a vocação de serem casados mas não terem filhos, vivendo apenas da providência divina, ou em situações de perigo. Tipo, missionários "in partibus". Assim como tem gente que não nasceu para casar (e não necessariamente precisa ser padre ou freira ou leigo consagrado), tem gente que não nasceu para a paternidade, mas que tem vocação para ser casado. Desde que não haja a vontade e os atos deliberados de não procriar, mas a eles seja impossível fisicamente (no caso dos incapazes de procriar) ou porque não lhes foram dados filhos naturalmente...
Da mesma forma que pode ser a vocação do casal exercer o caráter fecundo
de seu matrimônio, não atrelado a laços de carne e sangue, mas à graça
que nos une como filhos de Deus; uma fecundidade espiritual, exercida
através da caridade; da generosidade de dispor a almas que têm direito a
uma família o lar que por diversas razões não puderam ter.
Não obstante, pois, o discernimento vocacional ser relevante e também, a meu ver, difícil, adotar órfãos em um matrimônio lícito sem se abster dos fins essenciais de um matrimônio sacramental válido é lícito.
Não obstante, pois, o discernimento vocacional ser relevante e também, a meu ver, difícil, adotar órfãos em um matrimônio lícito sem se abster dos fins essenciais de um matrimônio sacramental válido é lícito.
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