Primeiramente, TODA a Arte Marcial oriental é “espiritual”, isto é, serve ao espírito. Não no sentido teológico, mas no sentido de melhoria da pessoa como um todo.
O UFC é um “esporte” criado pela família Gracie para divulgar o Brazilian Jiujitsu e teve um grande sucesso em especial no Japão. Nada tem de Arte Marcial nele. É apenas um esporte comercial.
No México havia o “Frei Tormenta”, OFM. Bom de briga, literalmente. Ganhava no rigue em luta livre e com o dinheiro ganho era para manter o orfanato que ele administrava.
No México havia o “Frei Tormenta”, OFM. Bom de briga, literalmente. Ganhava no rigue em luta livre e com o dinheiro ganho era para manter o orfanato que ele administrava.
São Paulo com certeza explorou as olimpíadas para propagar o Evangelho, esses jogos eram realizados na Grécia desde aquela época e reuniam atletas de toda a região.
Em uma de suas cartas até existe uma comparação entre vencer a batalha espiritual e a batalha olímpica quando fala em coroa de louros.
Explorar os limites do corpo humano agrada a Deus assim como obter o conhecimento científico. É claro que tudo deve ser feito dentro da moral cristã.
O esporte como tal, por destinar-se a fomentar a educação e a saúde, não tem nada de imoral. A graça não destrói, mas aperfeiçoa a natureza.
Distinguem-se três níveis na prática esportiva:
1. A educação física: tem em vista a saúde e higiene, favorece o desenvolvimento do corpo e a prevenção dos males causados pela vida sedentária. Perigo: pode degenerar em culto idolátrico do corpo e da força física, como se deu na Grécia antiga e na Alemanha nazista.
2. O esporte amador: é atividade complementar ao trabalho profissional, desenvolvida como emprego do tempo livre, sem preocupação financeira e/ou competitiva. Perigo: os mesmos da educação física.
3. O esporte profissional: é um desenvolvimento do esporte amador e visa ganhos financeiros e competitivos. Perigo: a cobiça monetária e as paixões despertadas pelo espírito competitivo podem dar origem a várias faltas éticas como a fraude, a violência e a corrupção.
MORAES, Thiago Santos de. Extraído do grupo de discussão Google+ Apologética Católica “Espotes violentos”.
.
Para evitar problemas, a atividade esportiva jamais pode ser entendida como mera cultura da corporeidade e fonte de proventos, ela deve ser enquadrada num quadro mais amplo, personalista, onde sirva de incentivo para valores cristãos (como a lealdade, a amizade e a honestidade).
O culto hedonista do corpo é a semente para várias deformações morais. A Igreja tem repetidamente apontado os riscos de desvirtuamento da atividade esportiva. Disse Pio XII:“O esporte, como cura para o corpo, como um todo, não deve ser uma finalidade em si mesmo, degenerando no culto da matéria. Ele está a serviço do homem por inteiro; portanto, longe de pôr obstáculos ao aperfeiçoamento intelectual e moral, deve promovê-lo, ajudá-lo e beneficiá-lo.”
O culto hedonista do corpo é a semente para várias deformações morais. A Igreja tem repetidamente apontado os riscos de desvirtuamento da atividade esportiva. Disse Pio XII:“O esporte, como cura para o corpo, como um todo, não deve ser uma finalidade em si mesmo, degenerando no culto da matéria. Ele está a serviço do homem por inteiro; portanto, longe de pôr obstáculos ao aperfeiçoamento intelectual e moral, deve promovê-lo, ajudá-lo e beneficiá-lo.”
Eu consigo imaginar Cristo e os Apóstolos jogando uma pelada. Essa mania de se criar um Cristo diferente do que está nos Evangelhos é um perigo. Se não houvesse a passagem das Bodas de Caná iam achar que Nosso Senhor proibia festas...
O ponto válido no argumento é a questão das “honrarias humanas”, pois o esporte pode se tornar uma forma de idolatria. Contudo, o abuso não tolhe o uso.
Apesar de ser de estirpe nobre, Nosso Senhor nasceu no meio popular e viveu nele até o início de Seu ministério público. Como homem, tirando o pecado, ele era igual aos outros e, certamente, também se pautava no cotidiano pelo que era comum. Ora, se o futebol ou outras atividades físicas saudáveis estivessem entre os elementos culturais da época, a não ser por uma questão de gosto, não vejo impedimento algum para que Ele ou os Apóstolos praticarem alguma delas (se bem que, naquele tempo, a vida diária já exigia muito esforço físico).
Certamente isso seria bem menos inconveniente que se relacionar com publicanos, ex-prostitutas ou samaritanos!
É muito perigoso fazer uma imagem de Jesus que corresponda ao que queremos e não ao que está de fato na Revelação.
Pessoalmente acho que o MMA ou UFC ou qualquer sigla que o valha, não passa de uma modinha, como muitas outras.
Daqui a pouco o público em geral cansa dessa pancadaria e deixa de dar ibope, acabando o ibope a modinha passa.Sem falar do aspecto dos lutadores, no boxe existe uma doença recorrente que se chama “demência do pugilista”, que nada mais é do que Encefalopatia Traumática Crônica, em resumo é uma doença de quem tomou muita pancada na cabeça, a energia do golpe é transmitida aos tecidos mais profundos. No caso do MMA ou UFC, isso não vai acontecer, pois as luvas que são usadas no MMA são muito menores e o dano ocorre nos tecidos superficiais (pele e ossos), consequentemente, o futuro promete aos lutadores de MMA um semblante desfigurado.
Imaginem agora um monte de velhos desfigurados graças ao MMA, não vai pegar bem para a imagem da atividade.
Quando falo desfigurados, quero dizer, o típico nariz quebrado, falta de dentes, dentes quebrados, orelhas de couve flor, sobrancelhas retalhadas, isso é apenas o básico. Sabe-se lá qual será o efeito de tantas pancadas sobre os tendões, ligamentos, cartilagens, vasos sanguíneos e pele do rosto, além de outros lugares que também costumam ser muito castigados com por exemplo pé, canela e coxa.
O futebol envolve paixão clubística, o MMA não. Um atleta de MMA *carismático* como o Anderson Silva vai se aposentar, e pode demorar surgir outro.
Ayrton Senna morreu e o povo brasileiro perdeu o interesse por Formula 1.
Esporte também é saúde. Também é educação
E associado à práticas corretas são investimentos bastante rentáveis.
Grande exemplo disso são as universidades particulares que oferecem bolsas aos seus atletas, ou as empresas que os patrocinam visando a publicidade.Um exemplo a ser dado no investimento no setor, foi a parceria realizada entre as Forças Armadas e alguns atletas do nosso país; estes foram incorporados no serviço temporário das instituições e durante o expediente as unidades militares disponibilizam seus meios para que o atleta possa treinar em período integral, em contrapartida, estes representam as Forças Armadas Brasileiras nos jogos militares, neste caso já realizados no Rio, aonde o Brasil obteve o primeiro lugar.
O Atleta tem tempo pra treinar, ganha bem para isso, e representa nos eventos as instituições que o patrocina.
O MMA está matando o boxe. No momento o boxe ainda é mais rentável ao lutador, mas a audiência do boxe vem caindo, e a do MMA vem subindo, em questão de anos, o MMA poderá ser mais popular que o boxe.
Alguns cristãos usam algumas passagens da Patrística para igualar os gladiadores romanos com esportistas do MMA:
“Mas, se me dizem que tomam os espetáculos como um tipo de jogo, a modo de passatempo, eu afirmo que não são prudentes aquelas cidades que tomam em sério os jogos. Não, já não são jogos essa cruel ambição de glória, que chega ao extremo da morte, também não a cobiça de vaidades, nem esses irracionais luxos e gastos sem sentido”. Clemente de Alexandria (195 d.C.)
“Tudo zelo na busca de glória e honra está morto em nós… Entre nós nunca se diz, vê ou escuta nada que tenha algo em comum com... as atrocidades da areia ou o exercício inútil do campo de luta livre. Por que se ofendem conosco se diferimos de vocês quanto a seus prazeres?” Tertuliano (197 d.C.)
“Vocês (os cristãos) não assistem aos jogos desportivos. Não têm nenhum interesse nas diversões. Recusam os banquetes, e aborrecem os jogos sagrados… Desta maneira, se têm vocês sensatez ou Juízo algum, deixem de fixar-se nos céus e nos destinos e segredos do mundo.” Marco Minucio Félix, citando a um pagão antagonista (200 d.C.)
“As lutas de gladiadores são preparadas para que o sangue alegre os desejos de olhos sem piedade…” Cipriano (250 d.C.)
CAVALCANTE, Roberto. Extraído do blog sedevacantista Mídia Católica artigo “O caráter pagão das lutas MMA”
.
Nos EUA, é vendido um terço que invoca a intercessão de São Cristóvão, padroeiro dos atletas, com o desenho de um lutador entalhado
No Catecismo de São Pio X, a Igreja condena os duelos com pena de excomunhão até dos padrinhos e espectadores. E esta proibição já vinha de longa data.
Tais combates eram enfrentamentos, tendo vista a morte do oponente ou não - mesmo que fosse fosse apenas para machucar já eram errados - por motivos de honra ou orgulho. Claro que uma luta não repara isso. Mas na época, os cavaleiros podiam treinar suas habilidades de combate como esporte, sem intenção de ferir.
São Pio X dizia que os duelos eram “invenção do demônio”. No caso do esporte conhecido como esgrima, ele é baseado nos duelos de espadas. Existe licitude em gostar ou querer praticar a esgrima como esporte?
Os duelos que a Igreja condena são aqueles nos quais um dos oponentes morre. Nos duelos temos tanto a malícia do homicídio quanto do suicídio.
Assim esses mesmos cristãos misturam luta com duelo. Duelar é disputar algo (geralmente a honra lesada), correndo risco de vida ou de ferimento grave.
O objetivo do jogador do MMA é ganhar o jogo e não o mal do adversário. Os ferimentos causados são ação secundária e não primária da luta. Se o lutador vai para luta com mentalizando unicamente ferir o adversário em detrimento do mérito da vitória apenas para vê-lo machucado ai sim concretiza-se o pecado.
Dois pontos são acrescentados para, os positivos: usar dos meios aptos para a preservação da vida, se existirem; e os negativos: evitar os meios que ordinariamente causem intencionalmente a morte própria ou de outrem (cf. BAYET, A. O suicida e a moral, Paris, 1922; ODDONE, A. O respeito à vida, in "Civiltà Cattolica", nº 97, III, 1947, pp. 289-299; DEL GRECO, Fr. Teodoro da Torre, OFMCap. Teologia Moral, São Paulo: Paulinas, 1959, pp. 228-244).
No Catecismo de São Pio X, a Igreja condena os duelos com pena de excomunhão até dos padrinhos e espectadores. E esta proibição já vinha de longa data.
Tais combates eram enfrentamentos, tendo vista a morte do oponente ou não - mesmo que fosse fosse apenas para machucar já eram errados - por motivos de honra ou orgulho. Claro que uma luta não repara isso. Mas na época, os cavaleiros podiam treinar suas habilidades de combate como esporte, sem intenção de ferir.
São Pio X dizia que os duelos eram “invenção do demônio”. No caso do esporte conhecido como esgrima, ele é baseado nos duelos de espadas. Existe licitude em gostar ou querer praticar a esgrima como esporte?
Os duelos que a Igreja condena são aqueles nos quais um dos oponentes morre. Nos duelos temos tanto a malícia do homicídio quanto do suicídio.
Assim esses mesmos cristãos misturam luta com duelo. Duelar é disputar algo (geralmente a honra lesada), correndo risco de vida ou de ferimento grave.
O objetivo do jogador do MMA é ganhar o jogo e não o mal do adversário. Os ferimentos causados são ação secundária e não primária da luta. Se o lutador vai para luta com mentalizando unicamente ferir o adversário em detrimento do mérito da vitória apenas para vê-lo machucado ai sim concretiza-se o pecado.
Dois pontos são acrescentados para, os positivos: usar dos meios aptos para a preservação da vida, se existirem; e os negativos: evitar os meios que ordinariamente causem intencionalmente a morte própria ou de outrem (cf. BAYET, A. O suicida e a moral, Paris, 1922; ODDONE, A. O respeito à vida, in "Civiltà Cattolica", nº 97, III, 1947, pp. 289-299; DEL GRECO, Fr. Teodoro da Torre, OFMCap. Teologia Moral, São Paulo: Paulinas, 1959, pp. 228-244).
Para finalizar, utilizo as palavras do confrade Rafael Vitola Brodback em seu magnífico artigo “A moralidade das atividades perigosas”:
...
“Objetarão alguns que os fins não justificam os meios. A expressão, todavia, deve ser melhor formulada: os fins não justificam os meios maus. Porém, quando os meios são neutros, i.e., nem bons nem maus em si mesmos, os fins bons estão plenamente justificados.
.
Ora, os fins de contemplar a natureza, divertir-se moderadamente, descansar etc são bons, e assumir um risco de morte é um meio neutro. Pode-se, logo, desenvolver atividades perigosas à própria vida, presente o fim bom e ausente algo que transforme o meio, em si neutro, em coisa má (por exemplo, não usar equipamento adequado).
.
Tomando as devidas cautelas (o que mantém o meio neutro, sem torná-lo mau) e com um fim bom, a prática de atividades que envolvam perigo para a própria vida é moralmente lícita, não constituindo pecado contra o V Mandamento.”
“Objetarão alguns que os fins não justificam os meios. A expressão, todavia, deve ser melhor formulada: os fins não justificam os meios maus. Porém, quando os meios são neutros, i.e., nem bons nem maus em si mesmos, os fins bons estão plenamente justificados.
.
Ora, os fins de contemplar a natureza, divertir-se moderadamente, descansar etc são bons, e assumir um risco de morte é um meio neutro. Pode-se, logo, desenvolver atividades perigosas à própria vida, presente o fim bom e ausente algo que transforme o meio, em si neutro, em coisa má (por exemplo, não usar equipamento adequado).
.
Tomando as devidas cautelas (o que mantém o meio neutro, sem torná-lo mau) e com um fim bom, a prática de atividades que envolvam perigo para a própria vida é moralmente lícita, não constituindo pecado contra o V Mandamento.”