É fato que muitos vão à praia para apreciar a sensualidade das mulheres, e muitas mulheres, por sua vez, vão lá para a exibirem de formas nada discretas. Mas isso não faz da diversão na areia do mar um ato mau. Basta tomar as devidas precauções: em primeiro lugar, um coração e mente limpos de malícia já ajuda bastante, aliás em qualquer ambiente. Segundo, ir acompanhado, com a família é ótimo, e dar o exemplo sabendo se divertir sadiamente, evitando olhares de cobiça, etc.
Colocar-se em situação de pecado é, sim, um pecado por si mesmo, mas cada pessoa tem as suas próprias fraquezas. Cabe a cada um descobrir os lugares que poderá frequentar, seja tranquilamente ou com ressalvas.
Antes de tudo é preciso a honestidade consigo mesmo. O único motivo que considero justo e saudável para que alguém se abstenha de ir à praia é se a pessoa realmente tem uma libido à flor da pele, e é incapaz de controlá-la.
Também é importante que a pessoa conheça os seus “podres”, os seus fetiches e aquilo que lhe causa prazer desordenado. Para alguns, uma moça de biquini não provoca quase nenhuma excitação, mas uma mulher de minissaia sim. Outros são atraídos por determinadas partes do corpo, que podem ser mais ou menos realçadas pelos trajes de praia. Por fim, é importante conhecer a fortaleza de cada um: se a pessoa sabe que, mesmo sendo fraca a excitações que possam acontecer em determinado ambiente, ela deve se perguntar se é realmente incapaz de simplesmente não olhar, não dar bola.
Quando se está bem acompanhado, quando se tem outras pessoas para conversar, quando se está entretido com atividades, caminhadas, geralmente não se dá vazão para os maus pensamentos. Isso funciona particularmente comigo.
Por fim, há que se perguntar se a pessoa tem tendência a reter certas imagens do dia a dia na sua mente, que possam comprometê-la quando estiver sozinha.
Como se vê, a questão é absurdamente subjetiva, e cada um deve encontrar a forma ideal para lidar com isso. Mas, no geral, não é errado se expor a lugares públicos como praias ou boates se a pessoa se julga “preparada”. É como um esporte: se eu estou fisicamente preparado, e munido do equipamento de segurança necessário, não há problema.
Para a praia a mulher pode ir desde que seja decente, ou, o melhor, de maiô.
Agora, com toda a certeza, para o facebook é que não deve ir de biquini, como algumas moças que postam suas fotos. Isso é absolutamente incompatível com qualquer noção cristã de moralidade e pudor. A maioria dos biquínis, realmente, atenta contra a modéstia cristã. E, se formos pensar mais profundamente, para evitar qualquer problema, o melhor é que se opte por maiôs.
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Aliás, a sunga em um homem que não seja criança também fica estranha. Não é algo coerente com o pudor.
Vejam:
Se em 1975 um casal do interior de São Paulo fosse visitar a cidade do Rio de Janeiro e, nas suas andanças, acabasse em uma praia e ali encontrasse uma placa - já velha e enferrujada- em que se lesse: É PROIBIDO USAR BIQUINI, provavelmente reagiria: a mulher, de biquini, daria meia volta e o homem teria vergonha de entrar até de camiseta regata e shorts. Talvez no horizonte se pudesse ver austeras senhoritas de vestido branco longo e chapéu...
Então, no verão de 2009, outro casal paulista vai para o Rio de Janeiro, cai na besteira de acreditar no GPS e termina perdido na mesma praia. Ali, no mesmo lugar, esta a placa, mais velha e enferrujada ainda, só que com a mesma ordem bem legível: É PROIBIDO USAR BIQUINI. Provavelmente a mulher não pensasse duas vezes em deixar o biquini no carro e o marido saísse correndo para o mar, com a bunda branca refletindo ao sol...
Mudam-se os tempos, mudam-se os valores. O problema é que a Moral da Igreja não muda. A moral da Igreja é a placa.
Um texto do Dr. Plinio de Oliveira que fala do biquini é datado. E, certamente, o fundador da TFP não se preocupava com biquinis, mas, com a capacidade que as pessoas perderam de se constranger diante da intimidade exposta das outras. O texto, mais do que biquinis, fala sobre VERGONHA. Sobre o enrubecer da face, do acanhamento e de outros sintomas de quem esta exposto a situações potencialmente pecaminosas.
Na época em que o texto foi escrito o conservadorismo politico dava seus últimos suspiros no mundo. E, de fato, a Revolução Sexual vitoriosa que enterrou o conservadorismo cristão fez pessoas que se constrangiam com uma saia 1 cm acima do joelho, hoje acreditassem que o que tem “acesso proibido” é que se mede em cm...
Não tomem isso como critica. Eu também sou fruto da Revolução Sexual e estou preso ao meu tempo, com as minhas fraquezas. O problema é que eu também não consigo me render a ideia de que conceitos como “CONSCIÊNCIA”, “PUREZA” e “CONSTRANGIMENTO” sejam sistematicamente omitidos em discussões morais.
O pobre Chesterton, um senhor antiquado que se deixava fotografar de fraque, cartola e monóculo, já havia tratado disso ANTES da Revolução Sexual e de maneira infinitamente muito melhor que este humilde blog:
“Mas a multidão hoje dificilmente se revolta; na verdade, a multidão só se pode revoltar quando é conservadora, isto é, quando tem alguma razão para poder voltar. É terrível pensa-lo, mas a maior parte dos antigos golpes deferidos em nome da liberdade, não podem ser deferidos hoje, porque um eclipse cobriu os claros e populares costumes de onde eles vieram. O insulto que pôs em impetuoso movimento o martelo de Wat Tyler, seria hoje chamado de exame médico; o vexame que Virginius detestou e vingou, como insensata escravidão, seria hoje chamado de amor livre; e o cruel escárnio de Foulon para os pobres: “Deixai-os, que comam capim”, seria hoje interpretado como a ultima palavra de um idealista vegetariano.”
A Igreja não mudou. Ela não vai mudar NUNCA. O que mudou foi a nossa - a minha inclusa - tolerância para com aquilo que é ERRADO.
Como o gorducho inglês de fraque, cartola e monóculo já havia sentenciado: nós destruímos o alicerce da nossa CONTRA-REVOLUÇÃO.
Agora, a Revolução avança junto com a bunda de fora das nossas mulheres na praia...
Topless
Um brasileiro diria: eu sou contra a proibição, deixem as mulheres se exibirem, afinal, isto me beneficia pois me dá tesão.
Um cidadão decente: eu sou a favor da proibição, pois caracteriza atentado ao pudor. Seria o mesmo que sair nu em espaço público. Até acho bonito, mas é inconstitucional.
O nudismo em tribos indígenas é algo cultural, que é praticado pela tribo desde o primeiro habitante. É natural que eles apareçam assim em documentários e em nada isso ofende a moral e os bons costumes. Ao contrário de uma mulher nua em um praia, que fica numa CIDADE - lugar onde tradicionalmente as pessoas usam roupas.
A verdade é que o grande fetiche dessas mulheres é ser vistas como objeto de desejo sexual mas elas não gostam de assumir isso. É estranho, mas elas não gostam.
Por exemplo: a mulher se expõe da praia de topless ou com um fiozinho no bumbum. A reação normal do homem é parar e ficar olhando para aquilo. Ai elas não gostam. Você tem que “fingir que não olha ou olhar de rabo de olho”. É estranho isso. Se eu colocasse o meu pinto para fora na praia elas ficariam olhando de rabo de olho, por exemplo?
Tanto isso é verdade que muitas delas gostam de homens do estilo “cafetão” ou “cafa”, como elas gostam de chamar. É o estilo do homem playboy, provocador, que gosta apenas de uma transa e tem várias mulheres no seu encalço. Podem observar os tipos com os quais elas andam: quase sempre são homens desse naipe. E ai, quando elas invariavelmente acabam apaixonadas, querem converter esses tipos em “conservadores”: homens que vão ser só delas, um “namoro sério” como elas dizem e talvez até aceitem pagar as contas de uma eventual família. Invariavelmente tal tipo de relacionamento é um sério candidato ao fracasso porque o que essas pessoas realmente almejam em suas vidas é o prazer e a diversão.
Muitas mulheres, inocentemente talvez, adotam nomes (mulher melancia, mulher morango, mulher bombom, mulher jaca, etc) de objetos e cultuam fetiches sexistas (frequentando as sexy shops da vida) sem se dar conta de que estão entrando num jogo onde elas são as grandes prejudicadas.
O fetiche de ser vista como mero objeto de desejo sexual leva essas mulheres a uma vida sexual infeliz e cada vez menos prazerosa porque o que a mulher quer realmente é ser amada pelo seu marido e não ser um banquete na sua cama.
Disse Pio XII certa vez (R.E.B., vol. 18, fasc. 1 (março 1958), págs. 227-228; Directives..., 1504; Initiation thelogique, III, 1063-1066):
“Da interdependência (dessas três finalidades) decorre que a razão, ou melhor, o pretexto higiênico não vale para justificar a deplorável licenciosidade, particularmente em público... Do mesmo modo, uma maneira de vestir nociva à saúde, da qual não poucos exemplos são fornecidos pela história da moda, não pode ser legitimada pelo pretexto estético; como também as normas comuns do pudor devem ceder à necessidade de um tratamento médico que, embora pareça infringí-las, respeita-as, entretanto, empregando as devidas cautelas morais.”