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De onde vem o ódio contra a SSPX?

Não tenhais cumplicidade com as obras estéreis das trevas; ao contrário, denuncie tais obras , Ef V, 11.

A verdade é que o Brasil está passando por um duro processo de protestantização. Enquanto o país mais protestante do mundo ganha mais católicos fiéis, o suposto maior país católico do mundo faz o processo contrário. Isso apenas mostra o grau de diferença do acervo cultural dos americanos em relação à República das Bananas em que nascemos.


Ano passado, por exemplo, 150.000 pessoas ganharam o batismo nos Estados Unidos, com uma forte presença de adultos e ex-protestantes.

Antes de analisarmos algumas coisas, devemos dizer que as conversões à Igreja sempre levam características doutrinais, enquanto o contrário não ocorre.

Mas por que viram protestantes?

Bem, existem alguns fatores que levam isso a ocorrer.

O primeiro é de algo histórico. O Catolicismo do Brasil e de Portugal foi algo mais cerimonialista, algo que sempre explorou a emoção das procissões em vez da doutrinação e fundamentação mais profundas. É um acinte à honestidade ver gente se dizer “católica” e seguir o caminho do Protestantismo. 95% das pessoas que viraram protestantes não sabiam nem mesmo quais eram os sete sacramentos, as sete virtudes, os sete pecados capitais, o que significa o nome católico e quantos livros possuem a Bíblia.

Um rapaz aqui de Brasília ainda tentou dizer que
pessoas da Igreja viraram protestantes. Bem, a presença física conta, não?

Sendo assim, notamos que o Catolicismo que se pratica entre as pessoas daqui não é algo profundo e com Filosofia e Teologia profundas. Diferente dos anglo-saxões, aqui não prezou muito a leitura diária e uma catequização mais forte. Nos Estados Unidos, por exemplo, as redes católicas distribuem panfletos em defesa da Fé e coisas semelhantes. A TFP, goste-se ou não, faz isso com intensa galhardia. Distribuem pequenos catecismos de doutrinação e se aprofunda na Fé. 


Os neoconservadores fazem a mesma coisa. Vejamos o tanto de escolas e universidades católicas, com certa qualidade, que se expandem por lá.

Aí reside uma diferença!

O outro fato que faz o Protestantismo crescer no Brasil é a questão da emoção. O povo brasileiro é, em média, carente de emoção, por isso precisando cada vez mais se alimentar disso. Se outrora gostavam de chorar e pular em procissões, agora emocionam-se ao escutar Aline Barros e Regis Danese.

O mito de que protestantes sabem de algo é mentira. O pessoal protestante só sabe falar “Senhor, Senhor” , mas não compreende o que é uma doutrina verdadeiramente. Pelo menos em média ocorre isso. Outra coisa que devemos notar é que o Protestantismo é imediatista. Isso é apenas uma prova de quem é uma religião pragmática, pelo menos em maioria. O fiel entre e sai preocupando-se com coisas meramente materiais. Isso é notável em cara. Talvez apenas Luteranismo e Anglicanismo fujam mais disso, enquanto os calvinistas e os falsos pentecostais sejam mestres nisso.

Sendo assim, notamos que o Protestantismo não tem pompa e nem liturgia poucamente respeitáveis. É algo mais simples e rápido, típico da mentalidade atual.

Por último, notamos que a mentalidade do Espírito do Concílio - como já dizia o Emérito Bento XVI - ajudou o Protestantismo a crescer. Ao passo que os supostos líderes da Igreja afirmam que todas religiões são iguais, não se pode estranhar o crescimento vertiginoso das congregações protestantes.

Acredito, miseravelmente, que esses aqui são os três grandes motivos que levam o Protestantismo a crescer nesse bananal chamado Brasil. A ida de muitos americanos ao Catolicismo, apenas mostra o quão diferente o povo brasileiro, em média, está distante do povo americano.

Até nisso, a América mostra certa superioridade.


Um leitor que nos escreveu assiste à Santa Missa num mosteiro amigo da FSSPX.

Fica na zona rural. Há quatro anos quando ele foi lá com um amigo, notou que na estrada havia uma igreja Assembléia de Deus.

Depois que chegaram ao mosteiro, conversaram com o padre de lá sobre muitas e muitas coisas.

Ele na ocasião perguntou ao padre sobre os problemas espirituais que ele constatava entre os fiéis que moravam nas redondezas e frequentavam lá a Santa Missa.

O padre respondeu:
Problema espiritual aqui não existe. Existe problema de saúde, econômico, ou vez por outra com bebedeira, mas problema espiritual não há por aqui.

Aí ele perguntou
E aquela Assembléia de Deus na estrada? Os protestantes já estão visando a área?

O padre respondeu:
 
Eles chegaram aqui, compraram o terreno, ergueram o templo, fizeram uns cultos com um pessoal de fora. Eu soube que na região entraram dois ou três pessoas. Aí eu soube que eles fecharam.

Ele levou duas senhoras até o mosteiro. Elas viram o templo da seita no caminho. Antes que perguntassem, ele disse:
está abandonada a quatro anos.

Então eu refaço a pergunta no artigo:

Por que não viraram protestantes?

Por Graça de Deus, antes de tudo.

Mas porque a FSSPX e as Comunidades Ecclesiae Dei e inclui-se aí as paróquias tradicionais com padres que rezam o Rito Tridentino são um lugar 100% tradicional, e segue a religião católica em sua pureza, sem novidades, sem meias palavras. Lá é tudo simplesmente puro!

Doutrina Pura;

Missa Pura;

Homilia Pura;

Catequese Pura;

Moral Pura;

É o catolicismo pregado sem roupagem nova, sem maquiagem, sem desejo algum de agradar o mundo.

Testemunhamos uma caravana de ônibus que viajou mais de 150 km só para assistir à Santa Missa, e alguns fiéis dessas cidades onde há a Missa estão comprando terras ao redor, e construindo residências.

Recordo de uma homilia terrível, e ao mesmo tempo alentadora feita por um padre tradicional. Ele citou várias vidas de santos, Santa Maria Egipcíaca, Santa Margarida de Cortona, Santa Maria Goretti, e terminou citando uma visão da beata Ana Maria Taigi.


Dois padres discutiam sobre a quantidade de almas dos defuntos que teriam se salvado ou não.

O primeiro argumentava que a maioria se salvava, porque Cristo é Misericordioso, e deseja mais a salvação dos homens do que os próprios interessados;

O segundo argumentava que o Evangelho diz
multi autem sunt vocati pauci vero electiSaint Matthaeum 22,14

Perguntaram então o parecer da vidente.

A Beata Ana Maria tinha uma visão constante de uma espécie de sol, e olhando para esse sol, declarou aos padres presentes:
acabo de ter uma revelação divina do estado das almas dos falecidos nas últimas 24 horas”.

(só para situar a história: a Santa viveu na primeira metade do século XIX)

Qual o parecer?
 
“Nas últimas 24 horas, 10 pessoas foram direto ao paraíso”

Uma multidão incomparavelmente maior caiu no purgatório
Mas pensem no oceano. Pois foi um oceano de almas para o inferno, tão superior aos do paraíso e purgatório, que nem há comparação
...

E naqueles tempos os católicos em geral prestavam...

E como reagem os fieis?

Simples. Tentam se emendar.

A Santa Missa tradicional que eu vou todo domingo é assim. As comunidades tradicionais são vistas como de hospitais de almas, porque se alguém não se emenda ali, minha vista curta e humana não consegue enxergar onde alguém se consertaria.

O remédio é esse.

Catolicismo sem papas na língua. E teoria unida à prática.

Nessas comunidades a expressão Lex orandi, lex credendi faz todo o sentido. Lá ninguém precisa ser catequizado para saber que a Santa Missa tradicional é um sacrifício, porque ela em si já é uma catequese viva. E a fé sólida dos padres, e suas ortodoxias pura e livre da maldita diplomacia, que tenta agradar gregos e troianos, não existe!

Resultado?

As pessoas se confessam largamente, comungam devotamente, oram até a exaustão, antes, durante, e beeeem depois da missa, sempre há casos de conversão, e todas as pessoas que eu percebo estarem buscando um crescimento espiritual, eu levo até lá. E no segundo domingo elas vão com os próprios pés.

É um lugar simplesmente paradisíaco, se existe um recanto onde se pode entrar numa Igreja e encontrar silêncio, se existe uma missa onde não existem abusos, onde existe uma homilia onde o habitual desconfiômetro da ortodoxia dos padre é guardada é lá (porque atentados contra a fé católica, irreverências e espetáculos de ignorância não existem naquelas bandas).

O povo lá não se constitui de pessoas deslumbradas, que correm atrás de aparição, revelação, modismos da hora. Todos vem sendo lapidados pouco a pouco... Já perdi a conta de quantas pessoas passaram a ter o rosário como um hábito diário...


E posso garantir que 90% não tem facebook, e pelo menos a metade está quase alheia a querelas de Roma x FSSPX, acordo, etc etc etc.

Hoje em dia se identifica uma mulher católica de uma protestante, porque as protestantes ao menos se vestem decentemente (no geral).

As Missas no Rito Tradicional estão sempre quase lotadas... Notei que 100% das mulheres usavam vestido ou calça e véu. Entre os homens é comum usar roupa social e até gravata.

Como é o dia a dia dos fiéis que moram na cidade e se dirigem até lá?

- É costume que todos rezem o rosário. Então, geralmente se reza os mistérios gozosos e dolorosos na ida;

- Na volta, os gloriosos  e luminosos.

E quando acaba o rosário, sempre fica tempo livre para conversar. Já conversei com três senhoras e o tema principal foi o lucro de indulgências.

Vocações? Com certeza. Uma amiga minha foi pro convento, um rapaz foi pro seminário, e duas outras não saem do pé do padre pedindo dicernimento vocacional.

Casamentos? Também. Com direito a tudo o que a Igreja consagra a esse tema. O padre ordena que os noivos tenham todos os filhos que Deus conceder, e critica violentamente as mulheres pagãs que impedem a gravidez.

Nas comunidades tradicionais são assim:
Catolicismo puro e simples.
Sem máscaras, sem rodeios.
Sem COMPROMISSOS.
Sem liberalismo.
Sem preocupação com o que vão pensar.
Sem medo de represálias.

A região em volta das comunidades o protestantismo é fraco.

A velha receita ainda funciona...


Sim, o Brasil nunca foi uma terra de padres impecáveis. Desde o século XIX já existem católicos indo na direção da heresia protestante. Mas eram estatisticamente irrisórios, porque até outro dia, as autoridades da Igreja não fizeram formalmente as pazes com o MUNDO.

Então, países mornos como os da América Latina (exceto o México, e talvez o Peru e Equador), que tinham na defesa intransigente do dogma, nos moldes de Trento, uma dos poucos escudos contra o mundo, subitamente subsituiram tudo por RELATIVISMO, INDIFERENÇA RELIGIOSA E DOUTRINAS HERÉTICAS.

Nas comunidades tradicionais isso não apenas é rejeitado, mas é fortemente atacado.

E a receita funciona...

É um milagre hoje em dia se entrar num templo católico e não se escandalizar com as irreverências do povo e os agentes de pastorais, que quase loteiam a igreja, fechando tudo em departamentos, ministérios, etc etc etc. Nas comunidades tradicionais, o povo vai pra rezar. A liturgia, os hinos religosos, o gregoriano, acólitos, catequese para comunhão e crisma, fica tudo a cargo dos leigos compromissados... E nem por isso os fiéis se sentem menosprezados ou distanciados de ninguém!

E os padres jamais iriam reclamar de que o povo não responde as missas em latim. Porque isso é simples PRÁTICA. Três, quatro domingos, e as pessoas já repetem como se fosse uma língua inata...

Na questão missionária, também há algo a contar sobre as Comunidades Tradicionais.

Vez por outra os padres e alguns acólitos se dirigem para alguma localidade distante, em geral carente de sacerdotes, e faz uma missão de dois ou três dias.

Distribuem medalhas de Nossa Senhora das Graças, explicam a devoção, ensinam a rezar o Santo Rosário, rezam a Missa Tridentina, ouvem muitas confissões, pregam os Novíssimos (morte, juizo, inferno e paraíso).

Em geral os diocesanos da região proibem o uso das Igrejas, então o padres usam alguma garagem ou local improvisado, mas levam os paramentos tradicionais e as toalhas de altar, e acabam sempre fazendo um altar florido, com bastante esmero.

E isso mantêm o povo no catolicismo. Os padres dizem que até famílias já protestantes tem maior receptividade do que os diocesanos da região, geralmente infectados de TL.

A única coisa que o padres não fazem é batismo. Porque aí eles estarian realmente invadindo a jurisdição alheia. Então batismo e matrimônio nesses lugares eles não fazem - salvo com a permissão do clero local -. Mas Missas e direções espirituais, eles fazem à exaustão.

Em geral as missões são sempre um grande sucesso de público, e também de conversão, porque os padres ignoram as diretrizes modernas do relativismo e de
inculturação, e pregam o Evangelho de sempre, a Missa de sempre, os costumes de sempre, sem inovações.

Em um desses lugarejos, já se fala até mesmo em construir uma capela minúscula, que fique no nome de algum particular, por causa da questão da jurisdição.

Houve um relato de que, quando um padre terminou uma Santa Missa, uma velhinha que havia participado das pregações se aproximou dele e disse
Padre, vem morar aqui com a gente!.

Ele disse
Não posso, tenho um paróquia e capelas para cuidar
 
Ela respondeu
Olha, eu sou pobre, mas tenho um terreninho... Eu dou pro senhor, aí o senhor fica por aqui...
 
Ele agradeceu, mas prometeu ir lá mais vezes...

É assim que o bom povo morre à míngua...


O bom modelo tradicional: Santo Atanásio


Santo Atanásio viveu no ano de 296, e era conhecido por sua inteligência e por seu talento nos estudos, tanto profanos quanto religiosos.

Era conhecido por ter as virtudes e a piedade cada vez mais consolidadas, quanto mais instruído se tornava (ao contrário da tendência humana de se ensoberbecer quanto maior a instrução...). De forma que em um dado momento, desejando ainda mais a perfeição, optou pelo eremitismo no deserto, indo buscar a solidão e procurando para isso o grande eremita e pai dos solitários, Santo Antão.

Com Santo Antão ele permaneceu por dois anos afastado do barulho do mundo; contudo, Santo Atanásio, anteriormente formado por Santo Alexandre, patriarca, foi convocado por este para deixar o deserto e unirem-se os dois em direção a Nicéia, para o famoso Concílio.

A intenção de Santo Alexandre era usar os talentos de Santo Atanásio na luta contra os hereges e na apologia à Doutrina Verdadeira. Na ocasião do Concílio de Nicéia, chegaram lá as duas eminentes figuras, o patriarca Santo Alexandre e Santo Atanásio, na ocasião simples diácono.

Os erros arianos foram por ele refutados com tanto brilho e clareza, que causou admiração de todos os assistentes. Seu discurso foi um triunfo para a causa católica, conquistou-se-lhe também o ódio dos arianos, que lhe declararam implacável guerra, a começar daquele momento, até o dia de sua morte.

Prevendo o próximo desenlace fatal do Patriarca Alexandre, Atanásio esquivou-se da mais que provável eleição e fugiu para Alexandria. Santo Alexandre, conhecendo o plano do amigo, declarou-lhe que de nada adiantava prosseguir na sua humilde trama, pois que não se livraria do cargo de futuro patriarca. Efetivamente foi eleito Atanásio sucessor de Alexandre e só seis meses depois da eleição, lograram os fiéis descobrir o esconderijo do novo Pastor. De nada lhe valeram as desculpas inspiradas pela humildade, pois que o povo conduziu-o como que em triunfo à capital, e Atanásio, se bem que em lágrimas, tomou posse do cargo.

O governo sapientíssimo, enérgico e resoluto que teve a diocese, é prova patente de sua administração, elevando-o à sede patriarcal de Alexandria.

Os arianos não viram de bons olhos este estado de coisas e, como se lhes não fosse possível reverter a eleição de Atanásio, recorreram à vil calúnia, para desta maneira lhe destruir o prestígio junto do Imperador. Este convocou um concílio na cidade de Tiro para que Atanásio respondesse às acusações levantadas. A Assembléia compunha-se na maioria de bispos arianos, portanto de inimigos de Atanásio que, ainda assim, compareceu à audiência. A primeira acusação foi feita por uma mulher paga pelos inimigos do patriarca, a qual , em plena assembléia, dirigiu-se erroneamente em acusações para o Secretário Timóteo , pensando ser este Atanásio, já que não o conhecia pessoalmente. Timóteo, após receber as acusações em rosto disse: “Como eu teria entrado em tua casa? Teria te feito propostas indignas?” Ela, mediante juramento, corroborou suas palavras. Diante desta cena, e bem que contrafeita, a assembléia toda declarou a inocência de Atanásio.

Recorreram os inimigos a uma outra astúcia que, segundo lhes parecia, não havia de falhar. Espalharam o boato de ter Atanásio assassinado um bispo de nome Arsênio, cuja mão direita levava consigo para fazer obras de feitiçaria, chegando mesmo a apresentar uma caixa com a tal suposta mão, que diziam ser do bispo assassinado. Atanásio, tendo absoluta certeza de que o tal bispo Arsênio estava vivo, localizou-o e pô-lo a par do que se tratava, convidando-o a vir até Tiro. Em uma das sessões que tratava da questão de Arsênio, Atanásio perguntou aos bispos arianos presentes, um por um, se conheciam Arsênio, quando alguns deles responderam afirmativamente. Era o momento escolhido por Atanásio para desmascarar e humilhar os seus inimigos.

A um sinal, abriu-se a porta da sala e entrou Arsênio, dando com sua presença, testemunho da inocência de Atanásio.

Recorreram os inimigos a uma outra astúcia que, segundo lhes parecia, não havia de falhar. Espalharam o boato de ter Atanásio assassinado um bispo de nome Arsênio, cuja mão direita levava consigo para fazer obras de feitiçaria, chegando mesmo a apresentar uma caixa com a tal suposta mão, que diziam ser do bispo assassinado. Atanásio, tendo absoluta certeza de que o tal bispo Arsênio estava vivo, localizou-o e pô-lo a par do que se tratava, convidando-o a vir até Tiro. Em uma das sessões que tratava da questão de Arsênio, Atanásio perguntou aos bispos arianos presentes, um por um, se conheciam Arsênio, quando alguns deles responderam afirmativamente. Era o momento escolhido por Atanásio para desmascarar e humilhar os seus inimigos.

A um sinal, abriu-se a porta da sala e entrou Arsênio, dando com sua presença, testemunho da inocência de Atanásio. Mesmo assim, enfurecidos contra o Patriarca, tanto insistiram ao Imperador Constantino, que este determinou o exílio de Atanásio para Treves. Lá foi recebido pelo Bispo (São Maximiliano) com todas as honras e, as notícias recebidas por Atanásio de Alexandria, davam conta de que os fiéis cada vez mais rejeitavam toda e qualquer comunicação com a igreja ariana. Diversos pedidos foram feitos ao Imperador para a reabilitação do Patriarca, que não foram atendidos, sob a alegação de que não poderia interferir numa decisão do concílio. O Imperador Constantino morreu em 12 de Maio de 337. No leito de morte, depois de ter recebido o santo Batismo, reconheceu a inocência de Atanásio e decretou-lhe a volta para Alexandria. Só em 388 foi executada esta ordem. O império foi dividido entre os três filhos de Constantino: Constantino, Constâncio e Constante.

O primeiro, Constantino, a quem coube a parte da Gália, deu liberdade a Atanásio, o qual em triunfo foi recebido na sua metrópole, Alexandria. Os arianos, não descansaram, e armaram novas perseguições a Atanásio.

Os arianos, não descansaram, e armaram novas perseguições a Atanásio. Alegando que as decisões de um concílio só poderiam ser alteradas por outro, com consentimento do Imperador do Oriente, recorreram à Constâncio e, convocando um novo concílio, fizeram eleição de um novo bispo de Alexandria. . O eleito era o sacerdote ariano, Gregório. Diante disso, Atanásio dirigiu-se à Roma e invocou a autoridade do Papa Júlio, o qual pessoalmente presidiu o concílio de Sárdica, bem como um sínodo convocado pelos imperadores católicos Constantino e Constante, que reconheceram e confirmaram Atanásio como legítimo Patriarca de Alexandria.

Uma carta de Constante dirigida a Constâncio, em tom ameaçador, fez com que este respeitasse as deliberações dos concílios católicos e restabelecesse Atanásio no uso dos seus direitos. Morreu Constante, e desencadeou-se nova tempestade contra Atanásio. Constâncio, cedendo às exigências dos Arianos, acabou cedendo, tendo sido convocado o concílio de Milão pelos arianos, que novamente condenou Atanásio e exigiu da Igreja de Alexandria a agremiação à seita ariana. Foram cometidas tantas atrocidades e crueldades que Atanásio fugiu, e permaneceu exilado por cinco anos numa cisterna seca, ao abrigo de um amigo, período em que escreveu as obras mais importantes contra a seita ariana. Somente por ocasião da morte de Constantino, foi-lhe permitido voltar à Diocese por um decreto de Juliano, o Apóstata, que deu liberdade a todos os bispos católicos exilados. Não tardou , porém, nova perseguição , e Atanásio, para não cair nas mãos dos inimigos que lhe queriam a morte, procurou salvação na fuga navegando o Santo para o exílio. Só durante o governo de Joviano foi concedida paz e prosperidade para a fé católica, por um período de três anos.

O Sucessor de Joviano, Valente, empregou novamente medidas extremas contra os bispos católicos, mandando-os para o exílio. Atanásio, escondeu-se no túmulo do pai, por um período de quatro meses. Foi esta a última perseguição sofrida pelo grande Bispo.

As autoridades, receando uma revolução em Alexandria caso não fosse reconduzido, chamaram de volta Atanásio, que dirigiu a diocese até à morte. Em 373 foi o grande propugnador da Igreja Católica, receber a recompensa na eternidade. São Gregório Nazianzeno, diz: “Atanásio, foi uma coluna da Igreja e o modelo dos Bispos”. Ortodoxo era aquele que confessava a doutrina de Atanásio. A vida toda de Santo Atanásio consumiu-se na luta contra os hereges. Hereges houve sempre, ainda existem e sempre os haverá


Nada mais tenho a acrescentar nesse simples artigo. Já testemunhei o que vi e ouvi. E apesar de ter passado a maior parte de minha vida situado numa Igreja que a todo momento se reinventa, tive sem merecimento algum de minha parte a Graça de me deparar em um ambiente que se salvou de todos esses dilemas. Basta ver as fotografias antigas de minha cidade para constatar que o caos (ao menos litúrgico) se havia, não era tão acentuado. Hoje em dia Rio de Janeiro é uma terra de missão! O catolicismo aqui se revitaliza com a presença da aplicação do Summorum Pontificum EM TODO O ESTADO CARIOCA. Aos poucos matando os simulacros de religião salpicados aqui e acolá, liturgias horrendas, procissões bizarras e uma laxidão moral sem precedentes, talvez pior do que no tempo da selvageria e canibalismo indígenas...

O problema não é o protestantismo, porque ainda que não houvesse nenhum, do jeito que a cidade se encontra, isso não significaria que todos são católicos. Hoje existe uma multidão de pagãos batizados que ora caem no mundanismo, ora na superstição, ora no protestantismo, e ora num catolicismo bizarro que não reflete mais o ardente desejo de restaurar tudo em Cristo, mas o de fazer a própria vontade. Claro que o Rio de Janeiro não era um paraíso há quarenta anos, e tornou-se um inferno num piscar de olhos... Mas a experiência mostra que não há nada tão ruim que não possa piorar muito mais...

Com certeza as Comunidades Tradicionais não são o Céu, mas também já não é mais a terra... Como é bom entrar numa igreja onde as pessoas se comportam como católicas, vivem como católicas e pensam como católicas. Como é bom estar num lugar onde existe ordem, onde os leigos se submetem aos padres, e onde a oração e as boas obras são incentivadas.

Mas no passado você não criticava a SSPX? Há artigos aqui que mostram isso. Mudança de postura todo mundo pode ter, certo? Há quem frequentou 467 seminários e em cada um adotou uma postura diferente, embora hoje em dia se adotou uma posição ultra tradicionalista apenas pelo espírito de exibição, já que por si só é uma pessoa pobre de popularidade e de espírito.


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PARA CITAR ESTE ARTIGO:

De onde vem o ódio contra a SSPX?
David A. Conceição 01/2014 Tradição em Foco com Roma.

Grupo Tradição - Vaticano II acesse:


CRÍTICAS E CORREÇÕES SÃO BEM-VINDAS: 

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