(...) Crucifíxus, mórtuus, et sepúltus : descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis (...)
Propriedade privada é um direito assegurado pela lei de Deus.
Um dos argumentos dos militantes de esquerda é que o socialismo cientifico de Marx e Engels na prática não foi aplicada de forma sensata. A sua maioria nunca sequer leu o Manifesto Comunista para saber exatamente o que estão defendendo e no que esta monstruosidade chamada comunismo está fundamentada, nos moldes mais teóricos e ortodoxos de como foi concebido. Felizmente que ele não foi aplicado da maneira que deveria ser, seria muito pior do que tudo que vimos por aí.
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Se Jesus foi o primeiro comunista por ter repartido os pães, os peixes e ter transformando água em vinho, então foi o último também, pois não conheço comunista algum que reparta comida... Muito menos que transforme água em vinho. Aliás, nem papel higiênico comunista reparte, vide o destino que os jornais oficiais do governo estão tendo em Cuba e na Venezuela.
Apenas uma palavra em relação à questão da direita e das desigualdades sociais. O senso de justiça, de desejar que haja dignidade para todos, não pode se transformar numa LEI que tolhe um direito natural do ser humano, que é a propriadade privada. A Igreja, infalível em moral, sempre defendeu que o direito à propriedade privada é um direito natural, e bani-lo é também atentar contra a dignidade do ser humano (“o trabalhador tem direito ao seu salário”).
Se é verdade que existem desigualdades, é devido à ambição do homem, não ao sistema político. O capitalismo, no sentido em que dá a liberdade para o homem administrar os seus bens, contém um princípio bom e justo em si mesmo (não que o capitalismo seja inteiramente justo ou bom em si mesmo, mas ESTE princípio o é: o da liberdade à administração dos bens adquiridos legitimamente). Só se pode exercer a caridade dessa forma.
Um direito não pode passar por cima de outro, muito menos suplantar outro. Dito de outro modo, os fins não justificam os meios, no sentido de que o fim de se combater a desigualdade social usando como meio a abolição do direito de propriedade, é evidentemente um fim bom almejado por um meio mau. Salvar a vida de uma gestante abortando-se o filho é outro exemplo de idêntico raciocínio.
O “menos pior” que temos que escolher deve ser “menos pior” nos seus princípios, não nos seus efeitos.
O comunismo tolhe um direito natural do ser humano, o da propriedade privada, como princípio. Só isso já o torna intrinsecamente mau, moralmente condenável, mesmo que TODOS os seus efeitos fossem bons e utópicos (o que a história comprovadamente prova que não é o caso, muito pelo contrário, essa ideia só gerou genocídio e morte, indicando que não é bem por aí que a sociedade humana se adapta).
O capitalismo se fundamenta no direito de propriedade e de aquisição de bens, que são princípios moralmente bons. E isto o faz ser legítimo, mesmo que 100% da população o use de forma errada.
Vejam, não estou discutindo política. O campo aqui é o da moral e o da lógica. E apenas estou repetindo o que diz a Igreja.
Leiam a Doutrina Social da Igreja, talvez percebam o choque de incompatibilidades MORAIS com o sistema comunista, mesmo que utópico.
Temos o direito a escolher dentre aquilo que não é moralmente mau. Mas não temos o direito moral de escolher a legalização do aborto ou da eutanásia, assim como não tem o direito de escolher o comunismo. A Igreja condenou o comunismo como algo MORALMENTE MAU, e ela é infalível em questões morais. Leiam a Quadragesimo Anno.
Existem muitas pessoas que são más católicas, ou melhor, católicas más: “Eu sou católico, MAS defendo o aborto em tais e tais casos... Sou católico, MAS acho que sexo antes do casamento não tem problema...”. Não julgo o caráter dessas pessoas, porque elas não entendem que defendem algo moralmente mau. Mas acredito que você entenda esse tipo de erro. Pois bem, está cometendo um erro exatamente igual, ao incluir o comunismo nesse rol de "mas".
Enquanto isso, o Arcebispo Ortodoxo Hilarion of Volokolamsk diz que “A sociedade contemporânea, com seu materialismo prático e relativismo moral, é um desafio para nós todos [católicos romanos e ortodoxos]” e que “só juntos nós podemos afirmar o nosso conceito de justiça social, de uma mais equitativa distribuição de bens.”
Particularmente, penso que se deva mudar o sistema político e não o econômico.
Ninguém em momento algum disse que está tudo “às mil maravilhas”, e, salvo tenha me passado despercebido, ninguém (que tenha condenado o comunismo) entrou no mérito de propor uma solução ideal política para os problemas de hoje. Se querem criticar o capitalismo, estão em seu direito, mas tens a obrigação de ser contra o comunismo, por ele ser intrinsecamente mau. E quem diz isso não sou eu, mas o Magistério da Igreja e todos os papas desde Pio XI.
Por que ninguém consegue se ater a um princípio, por mais simples que seja? Por que não conseguem se deter num assunto, num contexto, sem desvirtuar o cerne da questão? Por que todos acham que, para se criticar algo que pode ser provado mau, é preciso que já se tenha na manga uma proposta ideal e infalível em substituição?
Se alguém quiser discutir tais questões, inclusive em crítica ao capitalismo, faça-o, desde que não use tais argumentos para transmitir a (falsa) ideia de que o combate ao comunismo é desnecessário. Simples assim.
O capitalismo está sendo visto como sinônimo de corrupção e malandragem, talvez pelas falhas de alguns que adotaram esse sistema e não corresponderam a confiança que lhe foi depositada.
Os que criticam não olhem pelo lado de que no capitalismo o mundo tem evoluído culturalmente, nas ciências e na tecnologia, infelizmente, vemos as diferenças sociais, a pobreza, com grande tristeza, mas no socialismo não seria diferente, vide casos da URSS, Cuba e China. São sistemas que em nada pregam a liberdade, não existe igualdade, existe miséria das mais miserentas do mundo. O Capitalismo, apesar de seu rigor, sugere que as pessoas possam evoluir mais livremente, não falo aqui de economia de mercado, mas de resultados gerados pelas pessoas e em suas iniciativas para o progresso.
Quem não viu pessoas que de vendedores autônomos se transformaram em grandes empresários do país, dando emprego a milhares de pessoas. A iniciativa de uma pessoa, gerou renda e segurança para centenas de outras.
Quem “aposta” no capitalismo, trabalhava para gerar riquezas. Riquezas para ele? Não, riqueza para ele era entendido como gerar emprego, era um comprometimento com seus empregados, com seus fornecedores... São ricos e trabalhavam como um pobre, pensando nos outros.
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Propriedade privada é um direito assegurado pela lei de Deus.
Um dos argumentos dos militantes de esquerda é que o socialismo cientifico de Marx e Engels na prática não foi aplicada de forma sensata. A sua maioria nunca sequer leu o Manifesto Comunista para saber exatamente o que estão defendendo e no que esta monstruosidade chamada comunismo está fundamentada, nos moldes mais teóricos e ortodoxos de como foi concebido. Felizmente que ele não foi aplicado da maneira que deveria ser, seria muito pior do que tudo que vimos por aí.
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Se Jesus foi o primeiro comunista por ter repartido os pães, os peixes e ter transformando água em vinho, então foi o último também, pois não conheço comunista algum que reparta comida... Muito menos que transforme água em vinho. Aliás, nem papel higiênico comunista reparte, vide o destino que os jornais oficiais do governo estão tendo em Cuba e na Venezuela.
Apenas uma palavra em relação à questão da direita e das desigualdades sociais. O senso de justiça, de desejar que haja dignidade para todos, não pode se transformar numa LEI que tolhe um direito natural do ser humano, que é a propriadade privada. A Igreja, infalível em moral, sempre defendeu que o direito à propriedade privada é um direito natural, e bani-lo é também atentar contra a dignidade do ser humano (“o trabalhador tem direito ao seu salário”).
Se é verdade que existem desigualdades, é devido à ambição do homem, não ao sistema político. O capitalismo, no sentido em que dá a liberdade para o homem administrar os seus bens, contém um princípio bom e justo em si mesmo (não que o capitalismo seja inteiramente justo ou bom em si mesmo, mas ESTE princípio o é: o da liberdade à administração dos bens adquiridos legitimamente). Só se pode exercer a caridade dessa forma.
Um direito não pode passar por cima de outro, muito menos suplantar outro. Dito de outro modo, os fins não justificam os meios, no sentido de que o fim de se combater a desigualdade social usando como meio a abolição do direito de propriedade, é evidentemente um fim bom almejado por um meio mau. Salvar a vida de uma gestante abortando-se o filho é outro exemplo de idêntico raciocínio.
O “menos pior” que temos que escolher deve ser “menos pior” nos seus princípios, não nos seus efeitos.
O comunismo tolhe um direito natural do ser humano, o da propriedade privada, como princípio. Só isso já o torna intrinsecamente mau, moralmente condenável, mesmo que TODOS os seus efeitos fossem bons e utópicos (o que a história comprovadamente prova que não é o caso, muito pelo contrário, essa ideia só gerou genocídio e morte, indicando que não é bem por aí que a sociedade humana se adapta).
O capitalismo se fundamenta no direito de propriedade e de aquisição de bens, que são princípios moralmente bons. E isto o faz ser legítimo, mesmo que 100% da população o use de forma errada.
Vejam, não estou discutindo política. O campo aqui é o da moral e o da lógica. E apenas estou repetindo o que diz a Igreja.
Leiam a Doutrina Social da Igreja, talvez percebam o choque de incompatibilidades MORAIS com o sistema comunista, mesmo que utópico.
Temos o direito a escolher dentre aquilo que não é moralmente mau. Mas não temos o direito moral de escolher a legalização do aborto ou da eutanásia, assim como não tem o direito de escolher o comunismo. A Igreja condenou o comunismo como algo MORALMENTE MAU, e ela é infalível em questões morais. Leiam a Quadragesimo Anno.
Existem muitas pessoas que são más católicas, ou melhor, católicas más: “Eu sou católico, MAS defendo o aborto em tais e tais casos... Sou católico, MAS acho que sexo antes do casamento não tem problema...”. Não julgo o caráter dessas pessoas, porque elas não entendem que defendem algo moralmente mau. Mas acredito que você entenda esse tipo de erro. Pois bem, está cometendo um erro exatamente igual, ao incluir o comunismo nesse rol de "mas".
Enquanto isso, o Arcebispo Ortodoxo Hilarion of Volokolamsk diz que “A sociedade contemporânea, com seu materialismo prático e relativismo moral, é um desafio para nós todos [católicos romanos e ortodoxos]” e que “só juntos nós podemos afirmar o nosso conceito de justiça social, de uma mais equitativa distribuição de bens.”
Particularmente, penso que se deva mudar o sistema político e não o econômico.
Ninguém em momento algum disse que está tudo “às mil maravilhas”, e, salvo tenha me passado despercebido, ninguém (que tenha condenado o comunismo) entrou no mérito de propor uma solução ideal política para os problemas de hoje. Se querem criticar o capitalismo, estão em seu direito, mas tens a obrigação de ser contra o comunismo, por ele ser intrinsecamente mau. E quem diz isso não sou eu, mas o Magistério da Igreja e todos os papas desde Pio XI.
Por que ninguém consegue se ater a um princípio, por mais simples que seja? Por que não conseguem se deter num assunto, num contexto, sem desvirtuar o cerne da questão? Por que todos acham que, para se criticar algo que pode ser provado mau, é preciso que já se tenha na manga uma proposta ideal e infalível em substituição?
Se alguém quiser discutir tais questões, inclusive em crítica ao capitalismo, faça-o, desde que não use tais argumentos para transmitir a (falsa) ideia de que o combate ao comunismo é desnecessário. Simples assim.
O capitalismo está sendo visto como sinônimo de corrupção e malandragem, talvez pelas falhas de alguns que adotaram esse sistema e não corresponderam a confiança que lhe foi depositada.
Os que criticam não olhem pelo lado de que no capitalismo o mundo tem evoluído culturalmente, nas ciências e na tecnologia, infelizmente, vemos as diferenças sociais, a pobreza, com grande tristeza, mas no socialismo não seria diferente, vide casos da URSS, Cuba e China. São sistemas que em nada pregam a liberdade, não existe igualdade, existe miséria das mais miserentas do mundo. O Capitalismo, apesar de seu rigor, sugere que as pessoas possam evoluir mais livremente, não falo aqui de economia de mercado, mas de resultados gerados pelas pessoas e em suas iniciativas para o progresso.
Quem não viu pessoas que de vendedores autônomos se transformaram em grandes empresários do país, dando emprego a milhares de pessoas. A iniciativa de uma pessoa, gerou renda e segurança para centenas de outras.
Quem “aposta” no capitalismo, trabalhava para gerar riquezas. Riquezas para ele? Não, riqueza para ele era entendido como gerar emprego, era um comprometimento com seus empregados, com seus fornecedores... São ricos e trabalhavam como um pobre, pensando nos outros.
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Certo que o espírito de ostentação é condenável, o espírito egoísta, o sentimento de poder através do dinheiro, mas isso são vícios humanos e não erros do capitalismo em si. O Capitalismo, por ser uma estrutura natural da sociedade, é mais sustentável e mais benéfico para o homem.
Não devemos fazer a leitura dos sistemas com os olhos da Teologia da Libertação, isso gera um transtorno e confusão na cabeça das pessoas, prova disso é algumas organizações virtuais, em que vemos pessoas apoiando o condenável, e irmãos criticando o que pode ser frutuoso sendo bem aplicado.
Onde apoiar-se para que o erro não aconteça mais? DSI.
Um exemplo de quem soube aproveitar o capitalismo para gerar produtividades e ainda distribuir as riquezas tanto do fruto do seu trabalho como no giro capital onde esteve presente seus pontos de negócios, é o Samuel Klain, dono das Casas Bahia.
Como trabalhador, com minha carteira de trabalho assinada com o FGTS e o INSS descontado mensalmente, tenho que acordar diariamente para pegar o trem da Super Via onde na maioria das vezes os vagões são sujos, lotados e com deficiência na pontualidade dos horários programados me deixando sempre constrangido por chegar atrasado no serviço, a rotina diária das funções à mim confiadas, e com o meu salário depositado, eu posso separar 50% e aplicar numa caderneta de poupança ou em ações, de modo que possa render uma porcentagem boa que faça com que o meu capital cresça para que tudo venha me beneficiar mais tarde.
E sim, todo o meu investimento e minhas economias me deram a oportunidade de abrir meu próprio negócio e comprar uma casa mais ampla e confortável para minha família, e gero produtividade, gero impostos, a minha empresa emprega terceirizados e empregos indiretos, através de uma desigualdade, por eu ter uma condição maior do que algumas pessoas, eu pude repartir o que tenho mas não jogando dinheiro na janela como querem os vermelhos e sim aplicando investimento seja na mão de obra ou em outras áreas.
Observe que tudo isso foi feito com meu suor, como meu esforço, não precisei cobiçar do colega nem roubar o que é do outro para que pudéssemos ter iguais benefícios ou regalias em igual, eu não sou obrigado a dividir a minha riqueza que foi uma benção de Deus que me recompensou pelo meu esforço para desocupados e vagabundos [ Eu sei que o termo é pesado, mas quem por preguiça não corre para vencer na vida e quer ficar no bem bom é o quê? ] para usufruírem das minhas conquistas de graça.
Quem aqui que é a favor da igualdade social não coloca desocupados para morar em suas casas? Dê abrigo, roupas e comida em troca de um boa tarde de sono em vossas camas? Quem gosta de mole vai querer moleza a vida toda, e ninguém conseguiu nada na vida jogando dominó e recebendo bolsas.
Não me refiro aos necessitados que Jesus nos pede para darmos de vestir, de comer e visitar na prisão, mas sim aos preguiçosos que ficam na vadiagem o dia inteiro e se auto classificam como pobres e o trabalhador honesto é tido como vilão da história por ter sua riqueza fruto do seu próprio esforço e mérito, com raras exceções de Mega Sena ou Loto, nunca vi dinheiro cair do céu. Todo mundo tem que ralar para ter o seu.
Se todos fossemos iguais socialmente, como eu, pobre de baixa renda, com meu troquinho contadinho pro pão diário, poderia dar algo para alguém que está na mesma situação que estou?
Até nisso o Evangelho deixa claro.
A Igreja ensina que nada do que é material é imoral apenas pela sua materialidade; isso seria cair no puritanismo.
Portanto, o acúmulo de riquezas é moralmente neutro. O juízo moral sobre estes atos se dá caso a caso, conforme as circunstâncias às quais cada um é consciente a colaborar na partilha, seja financeiramente, por esmola, dízimo ou financiamento a instituições caritativas, seja por outros meios. É verdade que a reflexão moral que goza de mais peso entre os Santos Padres e encontra respaldo bíblico é a que devemos dar tudo o que é de supérfluo, mas insisto, tal princípio não é em si mesmo passível de obrigação absoluta. Nem todos são chamados à pobreza e ao despreendimento total, da mesma forma que nem todos são chamados ao martírio ou ao celibato. Prova disso é a grande quantidade de santos canonizados que eram ricos, dentre os mais famosos Santa Isabel de Portugal e São Luís da França.
Jesus não poderia estar condenando nada apenas pela materialidade, pois isto não carrega peso moral. Só poderia estar se referindo ao pecado da cobiça, ou seja, ao ato de preferir as riquezas ao chamado de Deus.
Eu ousaria dizer que estas imperfeições são mais benéficas do que maléficas. O fato de elas serem possíveis mostra exatamente que o indivíduo tem a liberdade, sobretudo a liberdade para errar, como Von Mises cita magistralmente em suas Seis Lições.
Nenhum mal é em si justificável, mas a existência de um mal pode presumir um bem por trás dele. Aliás, não existe bem sem a possibilidade de mal. O próprio pecado é uma prova de que fomos criados para o bem; se fôssemos incapazes de pecar, jamais seríamos bons, e meros marionetes de Deus.
Quanto ao ideal utópico, deve-se considerar que por "utopia" se entende uma sociedade perfeita e ideal, cuja ordem e bondade são auto preservantes e maximizadas. Sonhar com isso não apenas é imoral como extremamente tolo.
Lutemos pela justiça social sim, porém sem a ilusão de que toda justiça se fará pelas mãos do Estado, o que jamais funciona e jamais foi solicitação da sociedade no contexto geral da história das civilizações; e sem ideais utópicos, mas tão somente com vistas a melhoras pontuais, dentro da capacidade de cada um. Desejar mudar o mundo radicalmente não é generosidade, antes pecado de soberba e presunção.
Indicações de leituras:
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“O Cruzado do século XX – Plinio Corrêa de Oliveira”
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(Donoso Cortés, Discurso sobre a ditadura, Obras Completas, BAC, Madrid, 1970, 2 vol, p.311-312)
(Lactâncio, Instituições divinas 22 apud RESTITUTO SIERRA BRAVO, Diccionario social de los Padres de la Iglesia, Edibesa, 1997, p. 105)
Não devemos fazer a leitura dos sistemas com os olhos da Teologia da Libertação, isso gera um transtorno e confusão na cabeça das pessoas, prova disso é algumas organizações virtuais, em que vemos pessoas apoiando o condenável, e irmãos criticando o que pode ser frutuoso sendo bem aplicado.
Onde apoiar-se para que o erro não aconteça mais? DSI.
Um exemplo de quem soube aproveitar o capitalismo para gerar produtividades e ainda distribuir as riquezas tanto do fruto do seu trabalho como no giro capital onde esteve presente seus pontos de negócios, é o Samuel Klain, dono das Casas Bahia.
Como trabalhador, com minha carteira de trabalho assinada com o FGTS e o INSS descontado mensalmente, tenho que acordar diariamente para pegar o trem da Super Via onde na maioria das vezes os vagões são sujos, lotados e com deficiência na pontualidade dos horários programados me deixando sempre constrangido por chegar atrasado no serviço, a rotina diária das funções à mim confiadas, e com o meu salário depositado, eu posso separar 50% e aplicar numa caderneta de poupança ou em ações, de modo que possa render uma porcentagem boa que faça com que o meu capital cresça para que tudo venha me beneficiar mais tarde.
E sim, todo o meu investimento e minhas economias me deram a oportunidade de abrir meu próprio negócio e comprar uma casa mais ampla e confortável para minha família, e gero produtividade, gero impostos, a minha empresa emprega terceirizados e empregos indiretos, através de uma desigualdade, por eu ter uma condição maior do que algumas pessoas, eu pude repartir o que tenho mas não jogando dinheiro na janela como querem os vermelhos e sim aplicando investimento seja na mão de obra ou em outras áreas.
Observe que tudo isso foi feito com meu suor, como meu esforço, não precisei cobiçar do colega nem roubar o que é do outro para que pudéssemos ter iguais benefícios ou regalias em igual, eu não sou obrigado a dividir a minha riqueza que foi uma benção de Deus que me recompensou pelo meu esforço para desocupados e vagabundos [ Eu sei que o termo é pesado, mas quem por preguiça não corre para vencer na vida e quer ficar no bem bom é o quê? ] para usufruírem das minhas conquistas de graça.
Quem aqui que é a favor da igualdade social não coloca desocupados para morar em suas casas? Dê abrigo, roupas e comida em troca de um boa tarde de sono em vossas camas? Quem gosta de mole vai querer moleza a vida toda, e ninguém conseguiu nada na vida jogando dominó e recebendo bolsas.
Não me refiro aos necessitados que Jesus nos pede para darmos de vestir, de comer e visitar na prisão, mas sim aos preguiçosos que ficam na vadiagem o dia inteiro e se auto classificam como pobres e o trabalhador honesto é tido como vilão da história por ter sua riqueza fruto do seu próprio esforço e mérito, com raras exceções de Mega Sena ou Loto, nunca vi dinheiro cair do céu. Todo mundo tem que ralar para ter o seu.
Se todos fossemos iguais socialmente, como eu, pobre de baixa renda, com meu troquinho contadinho pro pão diário, poderia dar algo para alguém que está na mesma situação que estou?
Até nisso o Evangelho deixa claro.
A Igreja ensina que nada do que é material é imoral apenas pela sua materialidade; isso seria cair no puritanismo.
Portanto, o acúmulo de riquezas é moralmente neutro. O juízo moral sobre estes atos se dá caso a caso, conforme as circunstâncias às quais cada um é consciente a colaborar na partilha, seja financeiramente, por esmola, dízimo ou financiamento a instituições caritativas, seja por outros meios. É verdade que a reflexão moral que goza de mais peso entre os Santos Padres e encontra respaldo bíblico é a que devemos dar tudo o que é de supérfluo, mas insisto, tal princípio não é em si mesmo passível de obrigação absoluta. Nem todos são chamados à pobreza e ao despreendimento total, da mesma forma que nem todos são chamados ao martírio ou ao celibato. Prova disso é a grande quantidade de santos canonizados que eram ricos, dentre os mais famosos Santa Isabel de Portugal e São Luís da França.
Jesus não poderia estar condenando nada apenas pela materialidade, pois isto não carrega peso moral. Só poderia estar se referindo ao pecado da cobiça, ou seja, ao ato de preferir as riquezas ao chamado de Deus.
Eu ousaria dizer que estas imperfeições são mais benéficas do que maléficas. O fato de elas serem possíveis mostra exatamente que o indivíduo tem a liberdade, sobretudo a liberdade para errar, como Von Mises cita magistralmente em suas Seis Lições.
Nenhum mal é em si justificável, mas a existência de um mal pode presumir um bem por trás dele. Aliás, não existe bem sem a possibilidade de mal. O próprio pecado é uma prova de que fomos criados para o bem; se fôssemos incapazes de pecar, jamais seríamos bons, e meros marionetes de Deus.
Quanto ao ideal utópico, deve-se considerar que por "utopia" se entende uma sociedade perfeita e ideal, cuja ordem e bondade são auto preservantes e maximizadas. Sonhar com isso não apenas é imoral como extremamente tolo.
Lutemos pela justiça social sim, porém sem a ilusão de que toda justiça se fará pelas mãos do Estado, o que jamais funciona e jamais foi solicitação da sociedade no contexto geral da história das civilizações; e sem ideais utópicos, mas tão somente com vistas a melhoras pontuais, dentro da capacidade de cada um. Desejar mudar o mundo radicalmente não é generosidade, antes pecado de soberba e presunção.
Indicações de leituras:
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“O Cruzado do século XX – Plinio Corrêa de Oliveira”
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(Donoso Cortés, Discurso sobre a ditadura, Obras Completas, BAC, Madrid, 1970, 2 vol, p.311-312)
(Lactâncio, Instituições divinas 22 apud RESTITUTO SIERRA BRAVO, Diccionario social de los Padres de la Iglesia, Edibesa, 1997, p. 105)