“Em 3 de fevereiro de 1977 foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Escolhido como arcebispo por seu conservadorismo, uma vez nomeado aderiu à não-violência, posição que o levou a ser comparado ao Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Por isso, Óscar Romero passou a denunciar, em suas homilias dominicais, as numerosas violações de direitos humanos em El Salvador e manifestou publicamente sua solidaridade com as vítimas da violência política, no contexto da Guerra Civil de El Salvador.” Fonte
Olhem a falta de nexo:
“Escolhido como arcebispo por seu conservadorismo”
Como uma pessoa escolhida por ser conservador seria TL?
Não conheço a história do país onde ele foi bispo, logo fica complicado falar qualquer coisa, mas é fato de que em alguns lugares do mundo (não coloquem o Brasil no meio) a opção pelo pobre e oprimido de forma significativa pode sim ser motivo de santidade.
Os padres que defenderam os judeus de serem assassinados na Alemanha fizeram também por uma escolha política, e ao fazerem se posicionaram contra oprimidos e perseguidos, pobres e marginalizados... MAS dentro de um contexto.
O sujeito dizer que é necessária uma opção preferencial ao pobre fora do contexto de sua vida não faz dele um TL.
Dom Oscar Romero morreu celebrando o Santo Sacrifício em um convento. Um franco-atirador, do exército de El Salvador, o assassinou no momento da elevação do cálice.
Um dado teológico sobre esse momento:
Retenhamos os pontos principais do ensinamento da Igreja:
– O Santo Sacrifício da Missa é um sacrifício.
– É o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz.
– É o mesmo sacerdote: Nosso Senhor Jesus Cristo.
– É a mesma vítima: Nosso Senhor Jesus Cristo.
– Enquanto que, no Calvário, Nosso Senhor foi imolado de forma cruenta, Ele é imolado no altar de forma sacramental, incruenta.
– A Missa ocorre pelo ministério – instrumental – do sacerdote.
– Há sacrifício porque há transubstanciação e presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na Sexta-Feira Santa, Nosso Senhor Jesus Cristo ofereceu-se a si mesmo na Cruz por nossa redenção. Desse sacrifício, Ele foi não somente a vítima, mas também o sacerdote: ele morreu voluntariamente [Jo X, 18.]. Por esse sacrifício oferecido de uma vez por todas, Ele resgata todos os homens de todos os pecados passados, presentes e futuros, e isso de maneira definitiva e superabundante. Mas Nosso Senhor quis que esse sacrifício chegasse até nós, a fim de podermos participar nele e de que, assim, ele nos fosse aplicado. É por isso que na véspera, na Quinta-Feira Santa, Ele instituiu o Santo Sacrifício da Missa.
O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz. É o mesmo sacrifício. Tomemos cuidado, pois a palavra mesmo tem dois sentidos em vulgar: ela exprime uma similitude (nós temos o mesmo casaco) ou então a unidade (nós estamos no mesmo lugar). São o mesmo no sentido de que não são senão um só sacrifício.
Nosso Senhor imolou-se uma vez por todas. Os protestantes e modernistas deduzem disso que a Santa Missa não seja um sacrifício. Isso seria verdadeiro se ela fosse um outro sacrifício. Mas o Santo Sacrifício da Missa não “faz número” com o Sacrifício da Cruz. Eles são um só. E, no entanto, cada Missa, considerada em si mesma, é um verdadeiro sacrifício; mas é o sacrifício da Cruz.
Para haver sacrifício, é preciso que haja sacerdote, vítima e imolação. Assim, por exemplo, no primeiro sacrifício oferecido pelo pecado do povo [Lev IX, 15], o sacerdote foi Arão; a vítima, um bode; e a imolação, a destruição pelo fogo, pois era um holocausto [Lev VI, 9.]. Ora, como a Santa Missa é um sacrifício? Como esse sacrifício se realiza? Aí, mais do que nunca, é preciso não se deixar levar pela imaginação. É a fé que deve procurar entender, perscrutar o mistério: Fides quærens intellectum.
No altar, há um sacerdote: Nosso Senhor Jesus Cristo agindo através de Seu ministro. Há uma vítima: Nosso Senhor Jesus Cristo verdadeiramente, realmente e substancialmente presente sob as aparências do pão e do vinho. E quanto à imolação? Não vamos imaginar, como alguns, uma punhalada mística, ou então a destruição pela fração da hóstia ou comunhão! Não. É suficiente recordar-se de que o Santo Sacrifício da Missa é um sacramento, e o maior de todos os sacramentos.
Um sacramento é um sinal sensível instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para santificar os homens comunicando-lhes a graça que ele significa. Um sacramento é um sinal que realiza aquilo que ele significa. No Santo Sacrifício da Missa, a imolação é sacramental; isso quer dizer que ela é significada. E é por ser significada que ela é realizada.
Após a consagração do pão, o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente sobre o altar. É o Corpo de Nosso Senhor que está diretamente (ex vi verborum: pela eficácia das palavras) presente, e estão presentes também, por concomitância[*], seu Sangue, sua Alma e sua Divindade. [*. O termo em que se remata a transubstanciação é, segundo a significação das palavras, só o Corpo (ou só o Sangue) de Nosso Senhor. Mas tudo o que está atualmente unido ao Corpo (ou ao Sangue) de Nosso Senhor está também realmente presente. Essa presença é dita presença por concomitância.] Quando da consagração do vinho, o Sangue de Nosso Senhor, que estava presente por concomitância sob as aparências do pão, torna-se presente diretamente (ex vi verborum) sob as aparências do vinho. Sob essas mesmas espécies do vinho estão também presentes por concomitância o Corpo, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim a consagração do vinho traz uma mudança no modo de presença real do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo: ele estava presente (realmente) por concomitância, ele se torna presente diretamente (ex vi verborum). Essa mudança significa a separação do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja Sua imolação na Cruz, e portanto a realiza.
Dito de outro modo: no Altar, pelas duas consagrações, são separados (em sentido ativo, transitivo) o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, não realmente mas em sinal, pela separação das espécies do pão e do vinho. A imolação de Nosso Senhor assim significada é verdadeiramente realizada. O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz porque é sinal sacramental deste. E um sinal sacramental realiza aquilo que ele significa. O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz tão realmente quanto a criança é purificada pela água do Batismo. O Santo Sacrifício da Missa é um sacrifício sacramental, verdadeiramente realizado por um sinal instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, se uma única consagração é suficiente para haver presença de Nosso Senhor Jesus Cristo inteiro, as duas são necessárias para haver o sinal, e portanto para que seja realizado o sacrifício. O sacrifício ocorre, pois, no momento da consagração do vinho, e nesse momento somente. É por isso que se faz menção do sacrifício (quod pro vobis effundetur) unicamente quando da segunda consagração [Cf. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, IIIa, q.78, a.3 ad 2um.]. Se um sacerdote viesse a morrer entre as duas consagrações, haveria, sim, presença real, mas não sacrifício.
Como o Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz, tudo o que vamos dizer da Missa é verdadeiro da Cruz, e reciprocamente. A única diferença entre os dois está no modo de imolação: cruento na Cruz, sacramental na Santa Missa.”
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Rev. Pe. Hervé BELMONT, A Missa sacrificada, 2011, trad. br. por F. Coelho, São Paulo, fev. 2012, blogue Acies Ordinata, http://wp.me/pw2MJ-1fl
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Na Sexta-Feira Santa, Nosso Senhor Jesus Cristo ofereceu-se a si mesmo na Cruz por nossa redenção. Desse sacrifício, Ele foi não somente a vítima, mas também o sacerdote: ele morreu voluntariamente [Jo X, 18.]. Por esse sacrifício oferecido de uma vez por todas, Ele resgata todos os homens de todos os pecados passados, presentes e futuros, e isso de maneira definitiva e superabundante. Mas Nosso Senhor quis que esse sacrifício chegasse até nós, a fim de podermos participar nele e de que, assim, ele nos fosse aplicado. É por isso que na véspera, na Quinta-Feira Santa, Ele instituiu o Santo Sacrifício da Missa.
O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz. É o mesmo sacrifício. Tomemos cuidado, pois a palavra mesmo tem dois sentidos em vulgar: ela exprime uma similitude (nós temos o mesmo casaco) ou então a unidade (nós estamos no mesmo lugar). São o mesmo no sentido de que não são senão um só sacrifício.
Nosso Senhor imolou-se uma vez por todas. Os protestantes e modernistas deduzem disso que a Santa Missa não seja um sacrifício. Isso seria verdadeiro se ela fosse um outro sacrifício. Mas o Santo Sacrifício da Missa não “faz número” com o Sacrifício da Cruz. Eles são um só. E, no entanto, cada Missa, considerada em si mesma, é um verdadeiro sacrifício; mas é o sacrifício da Cruz.
Para haver sacrifício, é preciso que haja sacerdote, vítima e imolação. Assim, por exemplo, no primeiro sacrifício oferecido pelo pecado do povo [Lev IX, 15], o sacerdote foi Arão; a vítima, um bode; e a imolação, a destruição pelo fogo, pois era um holocausto [Lev VI, 9.]. Ora, como a Santa Missa é um sacrifício? Como esse sacrifício se realiza? Aí, mais do que nunca, é preciso não se deixar levar pela imaginação. É a fé que deve procurar entender, perscrutar o mistério: Fides quærens intellectum.
No altar, há um sacerdote: Nosso Senhor Jesus Cristo agindo através de Seu ministro. Há uma vítima: Nosso Senhor Jesus Cristo verdadeiramente, realmente e substancialmente presente sob as aparências do pão e do vinho. E quanto à imolação? Não vamos imaginar, como alguns, uma punhalada mística, ou então a destruição pela fração da hóstia ou comunhão! Não. É suficiente recordar-se de que o Santo Sacrifício da Missa é um sacramento, e o maior de todos os sacramentos.
Um sacramento é um sinal sensível instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para santificar os homens comunicando-lhes a graça que ele significa. Um sacramento é um sinal que realiza aquilo que ele significa. No Santo Sacrifício da Missa, a imolação é sacramental; isso quer dizer que ela é significada. E é por ser significada que ela é realizada.
Após a consagração do pão, o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente sobre o altar. É o Corpo de Nosso Senhor que está diretamente (ex vi verborum: pela eficácia das palavras) presente, e estão presentes também, por concomitância[*], seu Sangue, sua Alma e sua Divindade. [*. O termo em que se remata a transubstanciação é, segundo a significação das palavras, só o Corpo (ou só o Sangue) de Nosso Senhor. Mas tudo o que está atualmente unido ao Corpo (ou ao Sangue) de Nosso Senhor está também realmente presente. Essa presença é dita presença por concomitância.] Quando da consagração do vinho, o Sangue de Nosso Senhor, que estava presente por concomitância sob as aparências do pão, torna-se presente diretamente (ex vi verborum) sob as aparências do vinho. Sob essas mesmas espécies do vinho estão também presentes por concomitância o Corpo, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim a consagração do vinho traz uma mudança no modo de presença real do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo: ele estava presente (realmente) por concomitância, ele se torna presente diretamente (ex vi verborum). Essa mudança significa a separação do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja Sua imolação na Cruz, e portanto a realiza.
Dito de outro modo: no Altar, pelas duas consagrações, são separados (em sentido ativo, transitivo) o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, não realmente mas em sinal, pela separação das espécies do pão e do vinho. A imolação de Nosso Senhor assim significada é verdadeiramente realizada. O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz porque é sinal sacramental deste. E um sinal sacramental realiza aquilo que ele significa. O Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz tão realmente quanto a criança é purificada pela água do Batismo. O Santo Sacrifício da Missa é um sacrifício sacramental, verdadeiramente realizado por um sinal instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, se uma única consagração é suficiente para haver presença de Nosso Senhor Jesus Cristo inteiro, as duas são necessárias para haver o sinal, e portanto para que seja realizado o sacrifício. O sacrifício ocorre, pois, no momento da consagração do vinho, e nesse momento somente. É por isso que se faz menção do sacrifício (quod pro vobis effundetur) unicamente quando da segunda consagração [Cf. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, IIIa, q.78, a.3 ad 2um.]. Se um sacerdote viesse a morrer entre as duas consagrações, haveria, sim, presença real, mas não sacrifício.
Como o Santo Sacrifício da Missa é o Sacrifício da Cruz, tudo o que vamos dizer da Missa é verdadeiro da Cruz, e reciprocamente. A única diferença entre os dois está no modo de imolação: cruento na Cruz, sacramental na Santa Missa.”
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Rev. Pe. Hervé BELMONT, A Missa sacrificada, 2011, trad. br. por F. Coelho, São Paulo, fev. 2012, blogue Acies Ordinata, http://wp.me/pw2MJ-1fl
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.................A Missa pode ser interrompida?
Dom Oscar celebrando a Missa antes da Reforma Litúrgica
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Del Greco diz que jamais é lícito mutilar o sacrifício, nem mesmo para evitar a morte; mas por motivo justificado, pode suspender a celebração, consumindo-se imediatamente a hóstia ou levando-a consigo.
Causa justa: incendio da Igreja, terremoto, bombardeiro aereo, perigo de profanação do S.S. pelo inimigo. Deve-se suspender a celebração quando se pode fazer sem escandalo, quando antes da consagração o sacerdote se recorda que há um impedimento por ex: Não está em jejum, é irregular, está em pecado mortal ou quando percebe a presença de um excomungado vitando e não consegue expulsa-lo.
Qualquer incomodo grave, no entanto escusa da interrupção da Missa ( can 2259. 2)
O sacrifício interrompido deve ser continuado por outro sacerdote, mesmo que não esteja em jejum, se a suspensão ocorrer depois da consagração, por motivo de indisposição grave do celebrante.( Del Greco pag. 557)
---
Sempre foi um bispo de fé, comprometido com a Sã Doutrina da Igreja Católica. O Beato João Paulo II rezou sobre seu túmulo, como rezou sobre o de tantos outros, martirizados pela esquerda.
Defender direitos humanos, liberdade individual, se opor a um estado policial totalitário, que, na sanha de se perpetuar no poder esquece das garantias legais ou da moralidade é um dever de qualquer bom pastor. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas.
Aqui no Brasil, Dom Eugênio Salles protegeu comunistas da morte sem deixar de se opor ao comunismo.
Na Polônia, O Cardel Wizinski e o Cardeal Wojtila também foram opositores de uma ditadura de esquerda.
A Igreja não pode ser instrumentalizada por lutas políticas, e sim deve defender os valores do Evangelho, que podem ser subvertidos tanto por um regime, como pelo outro.
Só para lembrar, D. Romero nunca foi laxo em liturgia, moral ou doutrina. As fotos acima dizem tudo. Entretanto, ele não foi beatificado ainda - foi declarado servo de Deus -, mas, talvez seja... o tempo e a Santa Sé nos dirão.
A mesma atitude muitas vezes tem fundamentação diferente. Se alguém morre por defender os pobres, coerente com a Doutrina Social da Igreja. é santo, está no céu. Agora se ele defende os “pobres” não sendo os pobres do Evangelho, mas os proletários do marxismo, aí é um herege. E o marxismo, que entrou na Igreja como TL, não tem nenhum escrúpulo em proclamar toda ação social da Igreja como sendo de inspiração marxista. Já vi atribuírem intenções esquerdistas a um sacerdote que se caracterizou pela obediência ao Magistério e difundiu incansavelmente o Catecismo e as Cartas do Papa.
A TL tem a mania de usar as pessoas em favor de suas idéias. Se todos os que eles dizem que são ou pensam como eles for uma afirmação verdadeira... Teremos que considerar os Evangelhos e até mesmo Jesus Cristo como “dá TL”.
Considerações do prezado Rafael Vitola Brodback:
.
“Dom Romero foi sequestrado pela esquerda, digamos assim. Ele combateu a TL em seu país, excomungando os padres guerrilheiros. Introduziu o Opus Dei em sua diocese, era amante do latim e da liturgia digna e ortodoxo em doutrina. Bem diferente de Dom Hélder. Mais olhar sobrenatural, caríssimos. Nós nos moldamos à Igreja, não ela a nós. Deixemos de tratar a Igreja como uma mera sociedade política e tenhamos mais confiança nela.Cabe lembrar que os comunistas e TLs tb queriam matar Dom Romero.”
Causa justa: incendio da Igreja, terremoto, bombardeiro aereo, perigo de profanação do S.S. pelo inimigo. Deve-se suspender a celebração quando se pode fazer sem escandalo, quando antes da consagração o sacerdote se recorda que há um impedimento por ex: Não está em jejum, é irregular, está em pecado mortal ou quando percebe a presença de um excomungado vitando e não consegue expulsa-lo.
Qualquer incomodo grave, no entanto escusa da interrupção da Missa ( can 2259. 2)
O sacrifício interrompido deve ser continuado por outro sacerdote, mesmo que não esteja em jejum, se a suspensão ocorrer depois da consagração, por motivo de indisposição grave do celebrante.( Del Greco pag. 557)
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Sempre foi um bispo de fé, comprometido com a Sã Doutrina da Igreja Católica. O Beato João Paulo II rezou sobre seu túmulo, como rezou sobre o de tantos outros, martirizados pela esquerda.
Defender direitos humanos, liberdade individual, se opor a um estado policial totalitário, que, na sanha de se perpetuar no poder esquece das garantias legais ou da moralidade é um dever de qualquer bom pastor. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas.
Aqui no Brasil, Dom Eugênio Salles protegeu comunistas da morte sem deixar de se opor ao comunismo.
Na Polônia, O Cardel Wizinski e o Cardeal Wojtila também foram opositores de uma ditadura de esquerda.
A Igreja não pode ser instrumentalizada por lutas políticas, e sim deve defender os valores do Evangelho, que podem ser subvertidos tanto por um regime, como pelo outro.
Só para lembrar, D. Romero nunca foi laxo em liturgia, moral ou doutrina. As fotos acima dizem tudo. Entretanto, ele não foi beatificado ainda - foi declarado servo de Deus -, mas, talvez seja... o tempo e a Santa Sé nos dirão.
A mesma atitude muitas vezes tem fundamentação diferente. Se alguém morre por defender os pobres, coerente com a Doutrina Social da Igreja. é santo, está no céu. Agora se ele defende os “pobres” não sendo os pobres do Evangelho, mas os proletários do marxismo, aí é um herege. E o marxismo, que entrou na Igreja como TL, não tem nenhum escrúpulo em proclamar toda ação social da Igreja como sendo de inspiração marxista. Já vi atribuírem intenções esquerdistas a um sacerdote que se caracterizou pela obediência ao Magistério e difundiu incansavelmente o Catecismo e as Cartas do Papa.
A TL tem a mania de usar as pessoas em favor de suas idéias. Se todos os que eles dizem que são ou pensam como eles for uma afirmação verdadeira... Teremos que considerar os Evangelhos e até mesmo Jesus Cristo como “dá TL”.
Considerações do prezado Rafael Vitola Brodback:
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“Dom Romero foi sequestrado pela esquerda, digamos assim. Ele combateu a TL em seu país, excomungando os padres guerrilheiros. Introduziu o Opus Dei em sua diocese, era amante do latim e da liturgia digna e ortodoxo em doutrina. Bem diferente de Dom Hélder. Mais olhar sobrenatural, caríssimos. Nós nos moldamos à Igreja, não ela a nós. Deixemos de tratar a Igreja como uma mera sociedade política e tenhamos mais confiança nela.Cabe lembrar que os comunistas e TLs tb queriam matar Dom Romero.”
Do prezado Rafael Cresci:
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“Não obstante, D. Romero não morreu fuzilado numa passeata. Ele morreu mártir assassinado durante a celebração da missa. Qualquer que tenha sido a posição política dele, o argumento relativo à ela morreu aí.
O que foi atingido e vilipendiado foi o Sacramento, ali ele não era Romero mas o próprio Cristo impersonado. O próprio Cristo foi novamente imolado. Ou então você está querendo relativizar a doutrina sobre o sacerdócio ministerial.
Pela mesma linha de raciocínio: Se um louco das Falklands resolver assassinar o Papa por razão deste ser argentino (e supondo que Francisco defenda que as Malvinas são argentinas), então o Papa não será mártir porque a intenção política do assassino era distinta de um ataque ao sacerdócio?
Ele foi declarado apóstata, herege ou cismático pela Santa Sé (à qual é reservado o direito de julgar bispos, e só e somente ao Santo Padre pessoalmente)? Há algum documento por D. Romero assinado, apostatando formalmente da fé católica?
A canonização por martírio é praticamente (semi-)automática. Não necessita de processo nem de análise de discursos ou escritos. Os atos/fatos falaram muito mais alto do que os escritos. Sempre foi assim.
Dom Lefebvre e Dom Mayer morreram excomungados formalmente. Não comparem maçãs com laranjas. Tivesse D. Romero morrido numa passeata, e não celebrando um sacramento, muito provavelmente não seria mártir.”
Palavras dele: “Ustedes como cristianos formados en el evangelio tienen el derecho de organizarse, de tomar decisiones concretas, inspirados en su evangelio. Pero mucho cuidado en traicionar esas convicciones evangélicas, cristianas, sobrenaturales, en compañía de otras liberaciones que pueden ser meramente económicas, temporales, políticas. El cristianismo, aun colaborando en la liberación con otras ideologías, debe conservar su liberación original”(19 de junio de 1977)
“De nada serviría una liberación económica en que todos los pobres tuvieran casa, su dinero, pero todos ellos fueran pecadores, el corazón apartado de Dios” (9 de octubre de 1977)
Dom Oscar Romero não comungaria do relativismo e do comunismo da TL de hoje. Podem alguns achá-lo progressista demais, mas sempre foi um homem verdadeiramente católico.