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Todos ficaram perplexos com a atitude da Canção Nova na realização de um evento dito ecumênico em que cederam oportunidade ao um pastor protestante para ensinar heresias afirmando que o que importa é que somos todos *cristãos*. Para deixar os protestantes mais à vontade, a Canção Nova retirou o Crucifixo e o ícone de Nossa Senhora. Isso é ecumenismo? Responderemos logo abaixo.
Fazendo uma analogia ao corpo humano: um braço não sobrevive sem estar ligado ao corpo, pois este não receberá o fluxo sanguíneo que carrega tudo o que é necessário para manter as células vivas.
Assim também, as pessoas que estão fora da Santa Igreja Católica, são como esse braço decepado que por si só não “sobreviverá” , pois não receberá aquilo que é necessário para a sua “vida”.
É tão fácil entender esta lógica. Mas infelizmente os “católicos” sentimentalistas e relativistas tendem amenizar este dogma. E muitos se escandalizam com ele afirmando até que pensar assim é ser radical... (sic)
Não há como estar com Deus sem estar em comunhão com o Papa.
E se todas as religiões podem conceder a salvação, bastando ser “cristã”, então por qual motivo Jesus fundaria a SUA Igreja? É uma coisa tão óbvia que muitos “católicos” não querem enxergar!
Muito mais do que fazer as pessoas conhecerem a Doutrina Católica, faz-se muito importante se formar bons apologistas para que DEFENDAM aquilo que conhecem. Afinal estamos imersos em um oceano de heresias.
Mas aí vem a questão: se atualmente não se formam nem bons conhecedores da Doutrina, como então formar bons defensores? Um bom exemplo é a Canção Nova. Os carismáticos parecem que peneiram a doutrina, ficando só com a parte boa e que de algum modo, beneficiem eles mesmos. É difícil encontrar algum site carísmatico com foco apologético. Muitos parecem consultórios psicológicos.
Já citei aqui uma palestra do Padre Paulo Ricardo, na qual ele dá um puxão de orelhas nos carismáticos, justamente porque muitos querem só ver o lado bom de ser cristão: alegria, cambalhotas, palmas. Cristianismo não é isso!
É lamentável quando as pessoas deixam de defender a fé católica de maneira firme, com convicção, só porque acham que ser cristão é ter a amizade de muitos...
E bem sabemos que a história prova que não foi assim!
Ecumenismo, o que é?
Começo com um comentário do confrade Thiago Santos de Moraes, do fórum de discussões Apologética Católica:
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“Um conhecido meu disse que leu num livro de apologética que nos EUA, terra onde havia e há muitos protestantes, os padres em missão faziam o seguinte:
Colocavam uma caixinha na praça central para os protestantes colocarem lá suas dúvidas, críticas e idéias quanto à doutrina católica.
À noite, numa espécie de conferência pública o padre reunia o povo (que devia estar curioso) e respondia as dúvidas e desmentia as idéias falsas. Claro isso porque os padres estudavam apologética e conheciam bem sua doutrina, e estavam completamente persuadidos de que a Igreja não erra! Assim convertiam muito para a Igreja! O clero americano, do perído que vai do final do século XIX até o Vaticano II, tinha um apostolado bem agressivo (no sentido positivo da palavra). De universidades a jornais paroquiais as inicativas abundavam (impressionando a já “morta” Europa). Esse clero, que tinha um alto padrão, nos idos da década de 1950, era alvo de grande respeito até dos ministros protestantes.
A história da Igreja do Brasil entre o final do Império e o começo dos anos 60 é instigante. Quantos homens valorosos, quantas iniciativas interessantes. Eles se preparavam para trilhar o caminho que a Providência quer para o país desde seu nascimento com um Missa. Satanás, certamente, atuou para atrapalhar esse desenvolvimento.
No caso dos EUA, num outro contexto, havia um ambiente semelhante quanto a qualidade.
Só uma causa sobrenatural pode explicar a desgringolada que levou de uma imagem de padres fortes e espertos, como a que temos em Boys Town com Spencer Tracy ou Going My Way com Bing Crosby, para a de enrolões com desvios sexuais.
Todavia, a força da Igreja nos EUA continua. Um padre me confidenciou certa vez que ficou admirado com um texto de Ratzinger, onde ele dizia que os EUA eram uma das bases para o futuro da Igreja, mas depois de conhecer a realidade de lá com mais concretude, viu que a impressão do então cardeal era plausível. Os bons seminários estão cheios, há mais espaço para o rito tradicional e, nos últimos anos, leigos e sacerdotes se juntaram para fundar novas instituições de ensino (que já são conhecidas pelo alto nível e por serem um celeiro de vocações sacerdotais ou de formação de jovens famílias), purificadas do liberalismo que atingiu as antigas universidades católicas.
A FSSPX também tem uma instituição de ensino superior nos EUA (e em torno dela surgiu espontaneamente uma cidade):
Está na missão da Igreja Católica trabalhar ardentemente por um são ecumenismo, e os católicos devem desejar de todo coração a conversão do maior número de almas, de maneira que haja “um só rebanho e um só Pastor”.
Ou seja, o único ecumenismo aceitável é o ecumenismo sob o Papa, e a única unidade aceitável é a unidade na Verdade da Igreja Católica Apostólica Romana.
Colocavam uma caixinha na praça central para os protestantes colocarem lá suas dúvidas, críticas e idéias quanto à doutrina católica.
À noite, numa espécie de conferência pública o padre reunia o povo (que devia estar curioso) e respondia as dúvidas e desmentia as idéias falsas. Claro isso porque os padres estudavam apologética e conheciam bem sua doutrina, e estavam completamente persuadidos de que a Igreja não erra! Assim convertiam muito para a Igreja! O clero americano, do perído que vai do final do século XIX até o Vaticano II, tinha um apostolado bem agressivo (no sentido positivo da palavra). De universidades a jornais paroquiais as inicativas abundavam (impressionando a já “morta” Europa). Esse clero, que tinha um alto padrão, nos idos da década de 1950, era alvo de grande respeito até dos ministros protestantes.
A história da Igreja do Brasil entre o final do Império e o começo dos anos 60 é instigante. Quantos homens valorosos, quantas iniciativas interessantes. Eles se preparavam para trilhar o caminho que a Providência quer para o país desde seu nascimento com um Missa. Satanás, certamente, atuou para atrapalhar esse desenvolvimento.
No caso dos EUA, num outro contexto, havia um ambiente semelhante quanto a qualidade.
Só uma causa sobrenatural pode explicar a desgringolada que levou de uma imagem de padres fortes e espertos, como a que temos em Boys Town com Spencer Tracy ou Going My Way com Bing Crosby, para a de enrolões com desvios sexuais.
Todavia, a força da Igreja nos EUA continua. Um padre me confidenciou certa vez que ficou admirado com um texto de Ratzinger, onde ele dizia que os EUA eram uma das bases para o futuro da Igreja, mas depois de conhecer a realidade de lá com mais concretude, viu que a impressão do então cardeal era plausível. Os bons seminários estão cheios, há mais espaço para o rito tradicional e, nos últimos anos, leigos e sacerdotes se juntaram para fundar novas instituições de ensino (que já são conhecidas pelo alto nível e por serem um celeiro de vocações sacerdotais ou de formação de jovens famílias), purificadas do liberalismo que atingiu as antigas universidades católicas.
A FSSPX também tem uma instituição de ensino superior nos EUA (e em torno dela surgiu espontaneamente uma cidade):
Está na missão da Igreja Católica trabalhar ardentemente por um são ecumenismo, e os católicos devem desejar de todo coração a conversão do maior número de almas, de maneira que haja “um só rebanho e um só Pastor”.
Ou seja, o único ecumenismo aceitável é o ecumenismo sob o Papa, e a única unidade aceitável é a unidade na Verdade da Igreja Católica Apostólica Romana.
Porém, esta conversão deve operar-se sempre com o auxílio da graça de Deus, sendo ensinada ao neófito toda a doutrina da Igreja, ainda que por partes, mas sem qualquer relativização. Deve-se ademais fazer o jogo da verdade, apontando lealmente as discrepâncias doutrinárias em relação às outras religiões e ensinando os argumentos que refutam erros e heresias de toda espécie. É a apologética cristã.
Se alguma “unidade dos cristãos” se apresenta como uma tentativa de esconder os pontos de divergência entre católicos e os que estão fora da Igreja, essa “unidade dos cristãos” é heresia.”
Se alguma “unidade dos cristãos” se apresenta como uma tentativa de esconder os pontos de divergência entre católicos e os que estão fora da Igreja, essa “unidade dos cristãos” é heresia.”
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O que o Papa Pio IX reprovou foi o projeto ecumênico dos protestantes, não o dos católicos. Existe um ecumenismo católico, que visa a aproximação com os protestantes e ortodoxos, como ponte para seu regresso à Igreja de Cristo.
Consequentemente, a participação em eventos ecumênicos só é reprovável, no contexto do projeto ecumênico dos protestantes. A Teologia Dogmática de Bartmann tem um capítulo sobre o ecumenismo católico. Ela está online no site “Obras raras do catolicismo” . Referência: “Teologia Dogmática”, vol. II: A Redenção. A Graça. A Igreja. Edições Paulinas, 1962, pág. 557.
Sigamos o ecumenismo, tanto com os irmãos ortodoxos, quanto com os irmãos protestantes, quanto com os irmãos nestorianos e monofisistas. Dentre eles, há quem possa não estar em pecado mortal, e, portanto, está unido espiritualmente à Igreja. E, mesmo os só batizados, conservam um elo com a Igreja Católica, tanto que permanece neles o dever de cumprir todos os preceitos da Igreja que lhes dizem respeito:“D-864. Cân. 8. Se alguém disser que os batizados estão de tal modo livres e isentos dos preceitos da Santa Igreja, quer constem por escrito ou por tradição, que não estão obrigados a guardá-los, salvo se, por sua livre vontade, quiserem sujeitar-se a eles — seja excomungado.” (Concílio de Trento)
Medir palavras também não é característico do ecumenismo. O ecumenismo precisa pautar-se na Verdade, até porque só se pode dialogar rumo à conversão, sabendo perfeitamente o que o outro pensa.
Em outras palavras, não há necessidade, nem aqui, nem em qualquer outro lugar, de ninguém mesclar a verdade. Basta explicá-la corretamente. Verdade é que até a frase “Fora da Igreja não há salvação” pode, se não for bem explicada, ser entendida de maneira herética, como se não pudesse haver salvação para os que se encontram fora do Corpo da Igreja.
Pode-se se salvar pela Igreja de duas maneiras: com incorporação real ou pertencendo-lhe em voto. Todos os que têm caridade pertencem à Igreja em voto.
Alguns teólogos distinguem o Corpo e a Alma da Igreja. Desta forma, salvar-se-iam todos os que pertencem à Alma da Igreja. Os não-batizados, bem como os hereges e cismáticos, não pertencem ao Corpo da Igreja, mas poderiam pertencem à Alma da Igreja.
Outros teólogos já dão uma solução diferente e mais perfeita: da mesma forma como a alma humana não se estende além do corpo do homem, a Alma da Igreja não compreende uma extensão além do Corpo da Igreja. Para salvar-se é necessário pertencer ao Corpo-animado da Igreja, mas há duas maneiras de pertencer ao Corpo-animado da Igreja: de fato ou em voto. Nesta solução, a Alma da Igreja é o Espírito Santo, que a informa e vivifica.
A segunda solução é mais perfeita, porque, quando se não se identificam entre si o Corpo e a Alma da Igreja, ofusca-se a visibilidade perfeita da Igreja, e corre-se o risco de distinguir entre uma Igreja visível e outra invisível. Pio XII salientou, na Encíclica Mystici corporis:
O que o Papa Pio IX reprovou foi o projeto ecumênico dos protestantes, não o dos católicos. Existe um ecumenismo católico, que visa a aproximação com os protestantes e ortodoxos, como ponte para seu regresso à Igreja de Cristo.
Consequentemente, a participação em eventos ecumênicos só é reprovável, no contexto do projeto ecumênico dos protestantes. A Teologia Dogmática de Bartmann tem um capítulo sobre o ecumenismo católico. Ela está online no site “Obras raras do catolicismo” . Referência: “Teologia Dogmática”, vol. II: A Redenção. A Graça. A Igreja. Edições Paulinas, 1962, pág. 557.
Sigamos o ecumenismo, tanto com os irmãos ortodoxos, quanto com os irmãos protestantes, quanto com os irmãos nestorianos e monofisistas. Dentre eles, há quem possa não estar em pecado mortal, e, portanto, está unido espiritualmente à Igreja. E, mesmo os só batizados, conservam um elo com a Igreja Católica, tanto que permanece neles o dever de cumprir todos os preceitos da Igreja que lhes dizem respeito:“D-864. Cân. 8. Se alguém disser que os batizados estão de tal modo livres e isentos dos preceitos da Santa Igreja, quer constem por escrito ou por tradição, que não estão obrigados a guardá-los, salvo se, por sua livre vontade, quiserem sujeitar-se a eles — seja excomungado.” (Concílio de Trento)
Medir palavras também não é característico do ecumenismo. O ecumenismo precisa pautar-se na Verdade, até porque só se pode dialogar rumo à conversão, sabendo perfeitamente o que o outro pensa.
Em outras palavras, não há necessidade, nem aqui, nem em qualquer outro lugar, de ninguém mesclar a verdade. Basta explicá-la corretamente. Verdade é que até a frase “Fora da Igreja não há salvação” pode, se não for bem explicada, ser entendida de maneira herética, como se não pudesse haver salvação para os que se encontram fora do Corpo da Igreja.
Pode-se se salvar pela Igreja de duas maneiras: com incorporação real ou pertencendo-lhe em voto. Todos os que têm caridade pertencem à Igreja em voto.
Alguns teólogos distinguem o Corpo e a Alma da Igreja. Desta forma, salvar-se-iam todos os que pertencem à Alma da Igreja. Os não-batizados, bem como os hereges e cismáticos, não pertencem ao Corpo da Igreja, mas poderiam pertencem à Alma da Igreja.
Outros teólogos já dão uma solução diferente e mais perfeita: da mesma forma como a alma humana não se estende além do corpo do homem, a Alma da Igreja não compreende uma extensão além do Corpo da Igreja. Para salvar-se é necessário pertencer ao Corpo-animado da Igreja, mas há duas maneiras de pertencer ao Corpo-animado da Igreja: de fato ou em voto. Nesta solução, a Alma da Igreja é o Espírito Santo, que a informa e vivifica.
A segunda solução é mais perfeita, porque, quando se não se identificam entre si o Corpo e a Alma da Igreja, ofusca-se a visibilidade perfeita da Igreja, e corre-se o risco de distinguir entre uma Igreja visível e outra invisível. Pio XII salientou, na Encíclica Mystici corporis:
“14. Que a Igreja é um corpo, ensinam-nos muitos passos da sagrada Escritura: "Cristo, diz o Apóstolo, é a cabeça do corpo da Igreja" (Cl 1,18). Ora, se a Igreja é um corpo, deve necessariamente ser um todo sem divisão, segundo aquela sentença de Paulo: "Nós, muitos, somos um só corpo em Cristo" (Rm 12,5). E não só deve ser um todo sem divisão, mas também algo concreto e visível, como afirma nosso predecessor de feliz memória Leão XIII, na encíclica "Satis cognitum": "Pelo fato mesmo que é um corpo, a Igreja torna-se visível aos olhos". (4) Estão pois longe da verdade revelada os que imaginam a Igreja por forma, que não se pode tocar nem ver, mas é apenas, como dizem, uma coisa "pneumática" que une entre si com vínculo invisível muitas comunidades cristãs, embora separadas na fé.”
Errado é como foi o caso da Canção Nova com esse evento falando que somos todos iguais, que o que interessa é falar de Jesus e ter Deus no coração e outras baboseiras. Se o evento mostrar que já somos unidos em tudo, estará errado, mas se servir como testemunho público de que ainda não somos unidos em tudo, estará valendo para ajudar à sua conversão.
Roma apóia iniciativas desse tipo, desde que com autorização dos Bispos. E isso vem desde Pio XII.
A intenção deve ser a conversão dos protestantes, mas nem sempre é eficaz buscar conversão imediata. Um início de contatos, um aparar as aretas, uma aproximação amigável, tudo isso é lícito, tendo em vista à conversão que virá no futuro, se tudo andar bem e os protestantes forem dóceis.
Com a adesão dos Anglicanos convencionais e membros da TAC em geral somado aos luteranos ao catolicismo, Bento XVI foi o Papa que mais converteu protestantes a Santa Igreja, e em um curto período de papado.
Louvado seja nosso Senhor pelo seu servo que hoje ora pela Igreja Militante para que siga seu empenho e exemplo no verdadeiro ecumenismo! Glória a Deus pelas conversões!
Roma apóia iniciativas desse tipo, desde que com autorização dos Bispos. E isso vem desde Pio XII.
A intenção deve ser a conversão dos protestantes, mas nem sempre é eficaz buscar conversão imediata. Um início de contatos, um aparar as aretas, uma aproximação amigável, tudo isso é lícito, tendo em vista à conversão que virá no futuro, se tudo andar bem e os protestantes forem dóceis.
Com a adesão dos Anglicanos convencionais e membros da TAC em geral somado aos luteranos ao catolicismo, Bento XVI foi o Papa que mais converteu protestantes a Santa Igreja, e em um curto período de papado.
Louvado seja nosso Senhor pelo seu servo que hoje ora pela Igreja Militante para que siga seu empenho e exemplo no verdadeiro ecumenismo! Glória a Deus pelas conversões!