É festa o encontro do Romano Pontífice com os carismáticos? Maravilha! De fato é festa! Mas nem por isso coloca-se um pano sobre os erros contínuos que sabemos que existem, como se o reconhecimento pontifício os cobrisse ou corroborasse. Seria perfeito se os apagasse.
Quando um carismático acusa um tradicional pela correção das atitudes heretodoxas da RCC de fariseu, está julgando temerariamente e são comparáveis aos fariseus aqueles adeptos de tal postura. Ora, somente Nosso Senhor lançava tais palavras aos próprios fariseus, pois sabia o que havia dentro de seus corações (e o trecho bíblico que trouxeste confirma). Acaso tu sabes de nosso interior? De nossos corações? Acaso não pode uma pessoa exortar outra pelo correto sem ser “errada” por dentro?
A Igreja tem a verdade, os movimentos são passíveis de erros, e a RCC tem um agravante pela quantidade de membros espalhados por este Brasil cheio de misturas e de falta de formação, daí podemos imaginar no que dá, e dá! Mas aos poucos, creio eu que as coisas vão se acertando, se Deus quiser.
Quando um carismático acusa um tradicional pela correção das atitudes heretodoxas da RCC de fariseu, está julgando temerariamente e são comparáveis aos fariseus aqueles adeptos de tal postura. Ora, somente Nosso Senhor lançava tais palavras aos próprios fariseus, pois sabia o que havia dentro de seus corações (e o trecho bíblico que trouxeste confirma). Acaso tu sabes de nosso interior? De nossos corações? Acaso não pode uma pessoa exortar outra pelo correto sem ser “errada” por dentro?
A Igreja tem a verdade, os movimentos são passíveis de erros, e a RCC tem um agravante pela quantidade de membros espalhados por este Brasil cheio de misturas e de falta de formação, daí podemos imaginar no que dá, e dá! Mas aos poucos, creio eu que as coisas vão se acertando, se Deus quiser.
A Igreja é perseguida desde que nasceu. Assim como perseguiram Cristo e seus apóstolos, e a nós, assim será até a vinda de Cristo. Mas depois, assim como Cristo, reinará vitoriosa para sempre.
As portas do Inferno não prevalecerão contra ela, já que Cristo estará com ela até o fim dos tempos.
Estrutura canônica da RCC
A RCC é um movimento que não tem um fundador (está toda a história de seu início em sites) e se espalhou pelo mundo de uma forma rápida. Representantes carismáticos no mundo se uniram e formaram a ICCRS que fala em nome dela. Este é o órgão internacional da RCC que fala ao Vaticano e a representa lá. Eles falam aos centros nacionais, que falam aos estaduais, que falam aos diocesanos, que falam aos seus grupos.
Quando houve o encontro latino-americano aqui no Brasil que aconteceu no Rio, vários membros do ICCRS estavam presentes, que alías foi através deles que vieram os pregadores internacionais. Ela não é a RCC por não se ter de fato uma definição para ela, mas que nasceu dela e para ela, isto é fato.
Se esta linha de comunicação acontece de forma plena e como deve ser é outra história, já que tem grupos que andam quase que a seu modo, por isso aqui em minha paróquia o padre sempre tem um representante seu dentro da RCC que cuida dos grupos. No início foi difícil o coordenador diocesano aceitar isso, pois esta pessoa apesar de ser da RCC, obedece ao sacerdote.
Hoje aceitaram e caminham juntos, mas o padre tem a palavra final, que a meu ver é a melhor solução para a RCC dentro das paróquias.
A ICCRS é a RCC na medida em que coordena os seus serviços. Os estatutos falam que ela serve de elo entre a RCC e a Santa Sé, na medida em que a ICCRS age de modo federativo, e também entendendo a RCC local mais como uma rede de GOs do que movimento organizado.
Em certo sentido, é, sim, RCC, até porque todos os serviços nacionais devem estar filiados à ICCRS. Isso quem ensina são os próprios escritórios nacionais, e, como quem melhor explica o que é o Opus Dei é o Opus Dei mesmo, quem melhor explica o que é a RCC é a própria RCC.
Estão certos em diferenciar a RCC em si mesma do ICCRS, mas penso que, por outro lado, não é equivocado dizer que o ICCRS é a RCC, de vez que a RCC pode ser entendida como organização burocrática (o ICCRS, que é uma associação de fiéis) ou como fenômeno. Nesse sentido de fenômeno, a RCC é apoiada, promovida enquanto corrente espiritual, pelo ICCRS. Podemos dizer que a RCC-instituição (que é o ICCRS) promove a RCC-fenômeno.
Enfim, se é uma associação de fiéis, quais são os fiéis que se associam no ICCRS? Os fiéis da RCC.
O movimento, a estrutura que comporta e vigia por essas reuniões de fiéis da RCC, é aprovada por Roma. Mas isso não significa que tudo o que fazem tem a aprovação.
Agora, indiretamente, cada GO está, sim, submetido a um Escritório Diocesano, e estes aos estaduais, que, por sua vez, se comportam ao Conselho do Escritório Nacional, o qual, enfim, é filiado ao ICCRS.
A ICCRS faz parte da RCC pois os membros pertencem a ela e existem para ela e a RCC nunca poderia ser ICCRS já que ele é só um orgão dela.
Mas todos da RCC tem as regras ditadas pelo ICCRS, se as colocam em pratica é outra coisa.
Na verdade, a RCC é ICCRS e ICCRS é RCC. O caso do erro é outra coisa: a grande maioria dos GOs, embora, sendo do ICCRS, seja aprovada por Roma, nem sempre faz coisas aprovadas por Roma.
Ou seja, são submetidos a Roma na forma, mas não na matéria. Realmente, um GO estruturado e submisso ao Diocesano e ao Nacional está também submetido ao ICCRS e, assim, é aprovado por Roma, pois é uma engrenagem da mesma estrutura. Agora, assim, como uma equipe que faz merda continua aprovada por Roma na forma, mas não na matéria, o mesmo se dá quanto ao GO. Quanto a um GO que faz merda (e muitos fazem, senão a maioria), isso não legitima seus erros.
.
E o que é que a RCC está fazendo em sua comunidade ou cidade? Imitando protestantes e se deixando contaminar? Ou buscando ser fiel aos Sagrados Ensinamentos da Igreja Católica Apostólica Romana?
Dá impressão de que durante mais de 19 séculos os cristãos não souberam “louvar” a Cristo e só de 1960 pra cá foi que alguns movimentos da Igreja descobriram a roda e reinventaram a Missa de acordo com o gosto dos fregueses. E o pior: influenciado pelas heresias do protestantismo.
Recomendo ler os documentos da Santa Sé que falam sobre o que é a Santa Missa.
Aí depois de ter a plena certeza de que ela é a perpetuação de um Sacrifício, de uma morte, do assassinato (é, Ele foi assassinado) de Deus feito homem pelas mãos dos homens feitos por Deus, aí basta usar o bom senso pra saber se devemos macaquear a missa com palmas, danças e outras bizarrices tão comuns em nosso meio.
Se nada disso der resultado, procure saber como as missas foram celebradas durante 2 mil anos, e descubram que a inserção de palmas é algo recente e aberrante, que em nada se coaduna com a tradição bimilenar da Santa Igreja.
Se ainda não foi o suficiente relembre de Maria e João aos pés da Cruz. Se a Missa é a renovação do Calvário de Cristo, então nós estamos nela assim como Maria e João estavam, certo? E não como aqueles judeus que queriam crucificar a Cristo... Esses sim estava rindo, zombando, gritando, assobiando e tudo o mais.
Lembremos de Maria e João e os imitemos. Alegria sentiam sim, mas a alegria sobrenatural, de saber que seu filho e seu mestre, respectivamente, iria vencer a morte.
Se ainda não funcionou, leiamos São Leonardo de Porto Maurício:
“Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que Deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos?” Tesouro Oculto
Não funcionou?
Podemos ler Padre Pio:
.
“4. Padre, como devemos assistir à Santa Missa?
Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz”
Não funcionou?
Podemos ler Padre Pio:
.
“4. Padre, como devemos assistir à Santa Missa?
Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz”
Temos ainda mais um Santo:
“Acabamos de reviver o drama do Calvário, aquilo que me atreveria a chamar a primeira Missa, a primordial, celebrada por Jesus Cristo.” (São Josemariá Escrivá- É Cristo que passa pág. 129)
Podemos ficar também com as palavras de um famoso Cardeal, que atualmente, simplesmente, é o Pontífice Emérito:
“Quando um aplauso surge na liturgia devido à um feito humano, é um sinal certo de que a essência da liturgia desapareceu totalmente e foi substituída por um tipo de entretenimento religioso.” Joseph Cardinal Ratzinger (ele mesmo), pg. 198 no livro The Spirit of the Liturgy
Se nada disso adiantou... vamos adiante... peguemos o Missal. A regra de ouro da liturgia é “faça o que está escrito”. Se no Missal não se prescrevem palmas, então não devemos batê-las.
Se continua sem funcionar, vamos ler a Ecclesia de Eucharistia, escrita pelo Santo Padre São João Paulo II:
“O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja.”
Podemos bater palma em silêncio? Só se imitarmos a recomendação da Dona Florinda, que mandou o Quico gritar em silêncio... Talvez seja possível .
Mas não há ressurreição sem morte, sem sacrifício. E o ponto central na Missa é o sacrifício, é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é o Corpo e o Sangue da Nova e Eterna Aliança...
Óbvio que relembramos a ressurreição, mas o que ocorre, tal qual ocorreu a dois mil anos, é o calvário. O mesmo, não outro, ocorre em toda missa em todo lugar do mundo. O tempo é rasgado e aquela ocasião em que Maria e João estiveram como testemunhas, desenrola-se ante nossos olhos, novas testemunhas como eles também foram. O mesmo não acontece com a Ressurreição.
Veja bem, não estou tirando a importância da Ressurreição, pelo contrário, sem ela vã seria nossa fé, afinal que Deus seria o nosso se não tivesse poder sobre a morte?
E mesmo celebrando a Ressurreição nas Missas, torna o questionamento: por que palmas e macacadas? Alegria é mesmo isso?
Acho que a questão passa muito mais em saber o que é alegria verdadeira, coisa que poucos pelo visto sabem, do que outra coisa. É igual a questão da caridade. 90% das pessoas acham que caridade é falar feito bocó, passar a mão na cabeça, dar abraços e beijinhos. E sabemos que não é. Do mesmo modo muitos pensam que alegria é bater palma, dançar, assoviar... E não é.
Nesse link o Cardeal Arinze responde a perguntas sobre liturgia:
A seguir a tradução da pergunta sobre dança: (o mesmo vale para as palmas, creio eu)
.
“Seu dicastério aprovou a dança litúrgica?
Nunca houve documento da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos dizendo que a dança é permitida na missa. O assunto da dança é difícil e delicado. De qualquer modo, é bom saber que a tradição da Igreja latina não conhece a dança. É algo que as pessaos introduziram nos últimos 10 ou 20 anos. Nem sempre foi assim. E agora isso está se espalhando como fogo em todos os continentes - uns mais, outros menos. No meu continente, a África, está se espalhando, bem como na Ásia.
Agora, alguns padres e leigos acham que a missa fica incompleta sem dança. O problema é: nós vamos à missa, em primeiro lugar, para adorar a Deus - é o que chamamos dimensão vertical. Não vamos à missa para entreter uns aos outros. Não é o objetivo da missa. Pra isso existe o salão paroquial. Então, para os que querem nos entreter - depois da Missa, vamos ao salão paroquial e vocês podem dançar. E nós vamos aplaudir. Mas quando vamos à missa não vamos para aplaudir. Não vamos para observar ou admirar as pessoas. Queremos adorar a Deus, agradecer a Ele, pedir perdão pelos nossos pecados e pedir as coisas de que precisamos.
Não me interpretem mal, mas é que quando eu disse isso em outro lugar retrucaram “você é um bispo africano. Vocês, africanos, estão sempre dançando. Como é que você nos diz para não dançar?” Um momento - nós, africanos, não ficamos dançando o tempo todo!
Além disso, existe uma diferença em relação aos que participam da procissão do ofertório. Eles trazem os dons, com alegria. Há um movimento do corpo para os lados. Eles trazem os dons para Deus. Isso é bom, de verdade. E o coro canta. Eles se movimentam um pouco, ninguém vai condenar isso. E quando você sai, se movimenta mais um pouco, e está tudo bem.
Mas quando você coloca, digamos, uma dançarina, eu preciso perguntar o que isso tem a ver. O que exatamente você pretende?
E quando as pessoas acabam de dançar, na Missa, o resto aplaude - o que isso significa? Que nós gostamos. Que viemos pelo entretenimento. Façam de novo que gostamos. Mas então tem algo errado. Quando as pessoas aplaudem, tem algo errado - imediatamente. Uma dança terminou e eles aplaudem. É possível que haja uma dança tão interessante que eleve as mentes para Deus, e assim eles estão rezando e adorando a Deus. Quando a dança termina, as pessoas ainda estão envolvidas na oração. Mas é esse o tipo de dança que temos visto? Perceba que não é fácil.
A maioria das danças feitas durante a Missa deviam ser feitas no salão paroquial - e algumas delas, nem mesmo no salão paroquial! Em um lugar, não vou dizer qual, eu vi uma dança durante a missa que era ofensiva, quebrava as regras da teologia moral e da modéstia. Quem quer que tenha montado isso devia ter a cabeça lavada com um balde de água benta. Por que fazer o povo de Deus sofrer tanto? Nós já não temos problemas suficientes? Só aos domingos, por uma hora, as pessoas vêm adorar a Deus. E vocês me vêm com uma dança! Vocês são tão pobres que não tenham nada mais para trazer? Que vergonha! É como eu penso.
Alguém pode dizer “ah, mas o Papa foi ao país tal e teve dança”.
Espera um pouco: foi o Papa que planejou isso? Pobre Papa: ele vem, os outros planejam. E ele não sabe o que planejaram. Se alguém faz algo engraçado - o Papa é responsável por isso? Isso significa que a partir de agora está valendo? Eles mostraram isso pra nós na Congregação? Teríamos rejeitado! Se as pessoas querem dançar, elas sabem aonde ir. ”
Está na hora dos católicos crescerem, para testemunhar a fé e a verdadeira doutrina neste mundo que tanto nos persegue. Fé e razão, fazem bem.