Não conheço os detalhes da sua origem, mas é evidente que trata-se de uma dança erótica. Uma prática tradicional oriental para um “enriquecimento”, se é que podemos dizer assim, da relação sexual e despertar o apetite erótico entre homem e mulher.
Dança do ventre como fatuidade
Antes que alguém venha dizer que eu acho a coisa satânica, impura e degradante, adianto que não é nesse sentido que a critico. Mas sim à luz da moral cristã, que é obrigada a renuciar a costumes e culturas que, mesmo em origem e em intenção, não têm o caráter de “impuras”, mas não se coadunam com a nossa moral.
Por exemplo, não me lembro bem, acho que é no hinduísmo, existe uma prática de que se incentivem as crianças entre 7 anos de idade, a conhecerem seus órgãos genitais colocando-os par a par com o sexo oposto, nus, e ensinando-lhes a se acariciar. Pedofilia? Influência satânica? Talvez não. Na mentalidade deles, isso seria a forma saudável de se ensinar a sexualidade desde cedo. Mas é compatível com a moral cristã? NÃO!
Os esquimós tinham como costume, ao receberem visitas, em ação de hospitalidade, oferecer sua própria mulher para passar a noite com ela, o que era visto como grande honra para o hóspede. Degradação humana? Para a cultura deles não, mas nem preciso dizer que é impossível conciliar isso com a moral cristã.
Algumas tribos indígenas, quando havia a união entre um casal, realizavam uma dança religiosa em círculo, com o casal, em ritmo de dança, consumando a sua relação sexual. Essa cena pode ser vista no início do filme “Lambada”, se não estou enganado. Depravação? Pelo contrário: era a forma de eles celebarem a grandeza do que seria para nós o “sacramento”, além do fato de que a nudez não era ofensiva ao pudor. Porém, tanto pela cultura greco-romana como pela moral cristã, tal prática nunca poderá ser lícita ao cristão.
E assim chegamos ao mesmo caso da dança do ventre, que pode ter até, em sua origem ser considerado algum de grandioso, mas está fundamentada em uma disciplina erótica externa incompatível ao cristão.
Por exemplo, não me lembro bem, acho que é no hinduísmo, existe uma prática de que se incentivem as crianças entre 7 anos de idade, a conhecerem seus órgãos genitais colocando-os par a par com o sexo oposto, nus, e ensinando-lhes a se acariciar. Pedofilia? Influência satânica? Talvez não. Na mentalidade deles, isso seria a forma saudável de se ensinar a sexualidade desde cedo. Mas é compatível com a moral cristã? NÃO!
Os esquimós tinham como costume, ao receberem visitas, em ação de hospitalidade, oferecer sua própria mulher para passar a noite com ela, o que era visto como grande honra para o hóspede. Degradação humana? Para a cultura deles não, mas nem preciso dizer que é impossível conciliar isso com a moral cristã.
Algumas tribos indígenas, quando havia a união entre um casal, realizavam uma dança religiosa em círculo, com o casal, em ritmo de dança, consumando a sua relação sexual. Essa cena pode ser vista no início do filme “Lambada”, se não estou enganado. Depravação? Pelo contrário: era a forma de eles celebarem a grandeza do que seria para nós o “sacramento”, além do fato de que a nudez não era ofensiva ao pudor. Porém, tanto pela cultura greco-romana como pela moral cristã, tal prática nunca poderá ser lícita ao cristão.
E assim chegamos ao mesmo caso da dança do ventre, que pode ter até, em sua origem ser considerado algum de grandioso, mas está fundamentada em uma disciplina erótica externa incompatível ao cristão.
E isso, entrando apenas no terreno de sua origem e significados. Além disso, temos que ser também, como sempre digo, práticos e “pé no chão” e sabermos analisar como uma realidade pode influenciar nossos jovens na atualidade. Se a dança do ventre tinha, em sua origem, algo de pomposo, de honroso, de boa valia entre os egípcios (acho que a prática é egípcia) da época, essas qualidades se perderam hoje. Claro, não podemos julgar o todo, mas fazer uma análise crítica da grande parte é válida. Nossos jovens são levados a esta dança como uma forma de exaltar o próprio corpo. E, mesmo que me digam que não têm o claro desejo de provocar excitação sexual, pergunto a vocês: acaso a nossa sociedade já não está tão banalizada pelo sexo que situações óbvias (e agora falo de degradação mesmo) já se tornaram tão comuns que não são feitas pela maioria das pessoas sem nem que a erotização passse pelo limite da percepção imediata? Quantos jovens não dançam funk, fazem movimentos que simulam uma relação sexual selvagem, mas que, por ver essa realidade em todo lugar, já até se acostumaram com isso que nem sequer pensam em sexo? Isso atenua o comportamento desses jovens?
Acho que entenderam onde quero chegar. A inocência de muitos jovens que dizem participar da dança do ventre, apenas pela pompa, pela beleza das roupas, pela música, é válida, mas arrisco dizer que tais pessoas já não têm mais a sensibilidade de discernir, com o mero uso da razão, o atentado ao pudor que cometem com isso. Ao ponto de que as roupas provocantes (em nossa cultura , claro) se tornaram “normais”. Nudez sim! Não explícita, mas nudez, e erotismo, não próprios à cultura ocidental e à moral cristã.
Se podemos criticar o Halloween pelo seu estrangeirismo, o que dizer de uma prática que era originária das odaliscas e dos faraós? Como ter isso em boa conta?
Dança do ventre como exercício e vínculo matrimonial
Acho que entenderam onde quero chegar. A inocência de muitos jovens que dizem participar da dança do ventre, apenas pela pompa, pela beleza das roupas, pela música, é válida, mas arrisco dizer que tais pessoas já não têm mais a sensibilidade de discernir, com o mero uso da razão, o atentado ao pudor que cometem com isso. Ao ponto de que as roupas provocantes (em nossa cultura , claro) se tornaram “normais”. Nudez sim! Não explícita, mas nudez, e erotismo, não próprios à cultura ocidental e à moral cristã.
Se podemos criticar o Halloween pelo seu estrangeirismo, o que dizer de uma prática que era originária das odaliscas e dos faraós? Como ter isso em boa conta?
Dança do ventre como exercício e vínculo matrimonial
Não há nenhum problema na prática da dança do ventre privada aos esposos. Não há nada que proíba nenhuma ação dentro da experiência sexual do casal, desde que essa experiência tenha plenamente o caráter procriativo e unitivo!
A dança do ventre é uma dança sensual e por isso, deve ser praticada somente dentro da intimidade dos esposos ou sozinha, como ginástica. O treino pode ser feito com qualquer roupa, desde que seja em um grupo exclusivamente feminino. O que não deve ser feito é a dança do ventre na frente de homens “estranhos”. Dançar uma dança assim na frente de estranhos seria semelhante a fazer um strip-tease. Então, como é natural que seja apresentada a nudez diante do mesmo gênero (vestiários, etc.), pode-se praticar a dança do ventre em um ambiente exclusivamente feminino, para fins terápicos.
Vale o mesmo para toda dança erotizada, é claro!
Sobre a nudez
Eu acreditava (e até o momento ainda acredito, a não ser que alguém consiga me explicar o contrário) que a nudez em si é neutra. Evidente que quando falamos de algo “em si” há uma delicadeza, pois não podemos abstrair o objeto de estudo a tal ponto que o elemento humano se perca, ou seja, a intenção do ato. Acredito que a nudez enquanto um estado físico em que a pessoa se encontra, por si só, não é imoral e que isso seja ponto pacífico. Do contrário, teríamos que tomar banho com algum tipo de vestimenta que cobrisse pelo menos as partes íntimas, mesmo estando sozinho.
Agora, em relação à nudez enquanto ato físico considerado conjuntamente com a intenção de se estar nu diante de outra pessoa, ser imoral pelo atentado ao pudor, a coisa muda de figura. Claro que em nossa sociedade e na nossa cultura isso nunca se justifica. Mas não consigo compreender como a nudez em si, dentro de outra cultura como os índios, possa ser imoral.
Até os índios cobrem as partes mais íntimas, mas provavelmente não se sentem ofendidos se eventualmente sua genitália for vista por outra pessoa, do mesmo sexo ou do sexo oposto. Não sei, não conheço a realidade a fundo. Mas você também disse que ela está intrinsecamente ligada ao sexo pela nossa natureza decaída. E é aí que entra a dúvida: acaso a nossa natureza decaída pode ser considerada como um parâmetro absoluto para determinar a moralidade ou imoralidade de algo? Pois nossa natureza decaída também nos faz ligar o sexo com a malícia, e nem por isso o sexo é algo mau em si mesmo, muito pelo contrário. Da mesma forma, nossa natureza decaída não nos torna maus por natureza, nós somos bons porque Deus nos fez bons e essa natureza prevalece, ainda que esteja profundamente ofuscada pelo pecado original.
É como um carro que passou por um lamaçal. O carro não é sujo, ele está sujo. O carro foi fabricado limpo e reluzente, e sua natureza é essa.
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Não confundem o que estou dizendo acerca do nudismo com os outros exemplos que eu citei. Naqueles, considero o ato imoral, porém atenuado pela influência cultural do povo. É imoral porque em si é imperfeito e não faz parte da nossa natureza se comportar assim. A moralidade é a mesma antes e depois do pecado original. O sexo era bom antes da queda, e continua bom após, mas também a concepção de como deve ser praticado era uma antes, e permanece a mesma após. Diferentemente em relação à nudez, ela era amoral antes do pecado original, mas tornou-se causa de vergonha pela concupiscência que havia entrado no homem. Então, não foi ela que tornou-se imoral (algo que era moral ou amoral não pode se tornar imoral), mas sim a vergonha do homem por ter pecado o fez se sentir frágil e sujo. Acredito que o relato do Gênese em relação à vergonha pela nudez seja semelhante à da criança que, quando fez uma malcriação, e a mãe descobre, esta esconde a cara da mãe, não lhe encara os olhos por vergonha.
Considerações do confrade Rafael Vitola Brodback, do Apostolado Domestica Ecclesia:
Considerações do confrade Rafael Vitola Brodback, do Apostolado Domestica Ecclesia:
* Aline Taddei, sua esposa, faz um trabalho sobre modéstia e elegância no Blog Femina.
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“Não existe NOSSA moral, moral CATÓLICA etc. Moral é universal, pois dela deriva a lei natural, que é colocada no coração de todos os homens. Outras culturas podem não aceitar a moral, podem distorcê-la, interpretá-la mal. Tudo isso por causa do pecado original, que faz com que nossa natureza, embora capaz de deduzir, por si só, a moral, também tenha a capacidade de distorcer a regra moral. Ainda assim, ela é universal, única, vale para todos.
Assim, se a dança do ventre é imoral se dançada em público para os católicos, o é para todos! Mesmo que os muçulmanos achem que não, isso é um erro deles. A prática hindu da estimulação dos genitais também: não é proibida pela “nossa” moral, e sim pela “moral ponto”, pela “moral simplesmente”. E se é imoral para nós, é imoral para eles (ainda que eles não tenham consciência disso).
Mesmo que os índios não considerem a nudez imoral, isso não significa nada, pois a moralidade nem sempre é certa e retamente apreendida por todos.
Somos bons, mas somos maliciosos e a concupiscência nos leva a ter pensamentos contra a castidade ao menor sinal de algo que aponte nessa direção. Uns mais, outros menos. Somos seres de carne e osso, não anjos.
Não é que os seios de fora estejam ligados ao sexo pela natureza decaída. Eles são ligados ao sexo pela própria natureza das coisas (não preciso explicitar, né? ). E a nossa natureza decaída (aí, sim) pode ceder mais facilmente se “a carne está exposta no açougue”, digamos assim.
Um ato imoral possa ser atenuado por um forte elemento cultural que impede quem com ele convive de perceber a profundidade da lei natural.
Evidentemente, a nudez é neutra, do contrário não poderíamos tomar banho pelados. Depende, então, da intenção: tomar banho (fim bom), procedimentos médicos (fim bom), exibir-se (mau) etc.
Andar pelado pela rua, praticar naturismo, top less etc são claramente maus porque o fim é desordenado. O erro não é afrontar os hábitos sociais, mas simplesmente o andar pelado, que, por si, só desperta violentamente a conpusciência.”
Assim, se a dança do ventre é imoral se dançada em público para os católicos, o é para todos! Mesmo que os muçulmanos achem que não, isso é um erro deles. A prática hindu da estimulação dos genitais também: não é proibida pela “nossa” moral, e sim pela “moral ponto”, pela “moral simplesmente”. E se é imoral para nós, é imoral para eles (ainda que eles não tenham consciência disso).
Mesmo que os índios não considerem a nudez imoral, isso não significa nada, pois a moralidade nem sempre é certa e retamente apreendida por todos.
Somos bons, mas somos maliciosos e a concupiscência nos leva a ter pensamentos contra a castidade ao menor sinal de algo que aponte nessa direção. Uns mais, outros menos. Somos seres de carne e osso, não anjos.
Não é que os seios de fora estejam ligados ao sexo pela natureza decaída. Eles são ligados ao sexo pela própria natureza das coisas (não preciso explicitar, né? ). E a nossa natureza decaída (aí, sim) pode ceder mais facilmente se “a carne está exposta no açougue”, digamos assim.
Um ato imoral possa ser atenuado por um forte elemento cultural que impede quem com ele convive de perceber a profundidade da lei natural.
Evidentemente, a nudez é neutra, do contrário não poderíamos tomar banho pelados. Depende, então, da intenção: tomar banho (fim bom), procedimentos médicos (fim bom), exibir-se (mau) etc.
Andar pelado pela rua, praticar naturismo, top less etc são claramente maus porque o fim é desordenado. O erro não é afrontar os hábitos sociais, mas simplesmente o andar pelado, que, por si, só desperta violentamente a conpusciência.”
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