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Dom Lefebvre assinou ou não o documento sobre a liberdade religiosa?
O assunto não é novo, mas não por isso deixa de levantar grande polêmica e um caloroso debate. Depois de tantas provas da assinatura de Dom Lefebvre, ainda hoje há os que contentam-se em usar as velhas saídas do bispo em questão para negar sua ratificação aos 4 documentos (veja-se um exemplo aqui).
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Para uma leitura completa do assunto indico ao leitor o seguinte artigo do site Apologistas Católicos, segue o trecho:
“Tendo em vista o fato de que há mais de 20 anos, o falecido arcebispo Marcel Lefebvre denunciava constantemente a Declaração do Concílio Vaticano II sobre a Liberdade Religiosa, Dignitatis Humanae, como inconciliável com a doutrina católica ortodoxa, é curioso, para dizer o mínimo, descobrir que ele mesmo, juntamente com o Papa Paulo VI e a maioria dos outros Padres do Concílio Vaticano II, era, na verdade, um dos signatários do documento. Demonstrou-se a partir dos arquivos originais do Vaticano II que o seu nome (assim como a do companheiro tradicionalista, o brasileiro Dom Antonio de Castro Mayer dos Campos) aparecem na lista de assinaturas para este e os outros três documentos promulgados no último dia do Concílio Vaticano II, 07 de dezembro de 1965.
Em certo sentido, isso não é exatamente uma notícia de primeira mão. Na verdade, a lista de assinaturas foi divulgada pela primeira vez há 16 anos, quando a Imprensa do Vaticano finalmente deu por encerrada a sua laboriosa publicação dos documentos conciliares completos: dezenas de enormes tomos em latim conhecidos como Acta Synodalia, que contêm todos os debates, intervenções escritas, os primeiros esboços dos documentos conciliares, e assim por diante. Elas incluem as listas completas dos nomes dos Padres que assinaram cada documento logo após o Papa.” Continua aqui.
Nela encontram-se não só toda a disputa sobre esse ponto, como também refutações às tentativas frustradas de Dom Lefebvre de negar o óbvio. Possivelmente por esquecer, dado o passar do tempo, o que então fizera na Sessão Pública IX, onde assinou os decretos em conjunto (Dignitatis Humanae, Presbyterianum, Ad Gentes e Gaudium et Spes) em reverência e submissão ao Papa Paulo VI.
Com esta postagem apresentamos fotocópias dos documentos das Atas do Concílio [vol. IV, parte VII], comprobatórias da assinatura, com as respectivas explicações sobre cada uma delas. Fizemos esta pesquisa no intuito de dá-la como anexo a oportuna tradução do Site Apologistas Católicos, que com a divulgação dos argumentos brilhantes do Pe. Brian Harrison desmonta de uma vez por todas a lenda da pretensa recusa de Dom Lefebvre em assinar os documentos supracitados.
Iniciamos com um pequena localização do conteúdo ao leitor, com alguns apontamentos importantes:
1. O conteúdo é encontrado em “Acta Synodalia Sacrosancti Concilii Oecumenici Vaticani II, vol. IV, part. VII”.
2. Trata-se da Sessão pública IX.
3. A Declaração DignitatisHumanae inicia-se na pág. 664 e termina na pág. 673.
4. O Decreto Ad Gentes inicia-se na pág. 673 e termina na pág. 704.
5. O Decreto Presbyterorum ordinis inicia-se na pág. 704 e termina na pág. 732.
6. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes inicia-se na pág. 733 e termina na pág. 804.
7. O início das assinaturas dos Padres (ou “Patrum subsignationes”) começa na pág. 804.
8. O nome de Dom Marcel Lefebvre está na pág. 809.
9. O nome de Dom Antonio de Castro Mayer está na pág. 823.
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1. CAPA
Acima a capa do volume pesquisado.
2. INÍCIO DA SESSÃO
Como dito, trata-se da Sessão pública IX, do dia 07 de dezembro de 1965.
3. PÁG. 650
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As páginas 650 e 651 apresentam os documentos tratados com a interrogação do placet ou non placet.
4. PÁG. 663
Na página 663 aparece o início do conteúdo da Declaração sobre a liberdade religiosa.
5. PÁG. 673
Na página 673 é onde termina o documento da Declaração sobre a liberdade religiosa. Repare, prezado leitor, que logo no início da página há a ratificação do Papa Paulo VI e logo então é dito Sequuntur Patrum subsignationes (Seguido das assinaturas dos Padres), onde manda-se conferir na página 804 (cf. pag. 804), que, de fato, inicia as assinaturas de todos os Padres que ratificaram os documentos. Isso derruba a tese de Dom Lefebvre que da pág. 804 em diante continha-se apenas uma lista dos Padres presentes na Sessão.
A expressão “Sequuntur Patrum subsignationes” refere-se, claramente, aos Padres que assinaram os documentos em questão. Não à toa encontra-se na seqüência da assinatura do Papa na página em tela.
Nesta página também se dá ao início do conteúdo do documento Ad Gentes.
6. PÁG. 704
Na página 704 é o final do documento Ad Gente, com as notas do último capítulo. Reparemos, mais uma vez, a assinatura do Paulo VI com a seguida indicação da página 804 a se encontrar a lista dos Padres conciliares que também assinaram o documento. Na página 704 também inicia o conteúdo do Decreto De Presbyterorum Ministerio et Vita.
7. PÁG. 732
Na página 732 é o final do documento De Presbyterorum Ministerio et Vita. Mais uma vez aparece a ratificação do Papa Paulo VI, após “Sequuntur Patrum subsignationes” (cf. 804).
8. PÁG. 733
Na página 733 há o início do documento Gaudium et Spes.
9. PÁG. 803
Na página 803 vemos o final do documento Gaudium et Spes.
10. PÁG. 804
Ratificação do documento anterior (Gaudium et Spes). Início da lista dos Padres que assinaram os documentos em conjunto.
11. PÁG. 804 MAIS NÍTIDA
Reparemos o asterisco que serve como nota na lista, onde traz a seguinte informação:
Quidam Patres suffragium dederunt, quin decreta Ss. Concilii subsignaverint.
Isto é, certos Padres votaram, mas não assinaram.
Se a lista não se referia aos Padres conciliares que assinaram, juntamente com o Papa, os documentos, como explicar essa informação? Não ficaria fora do contexto?
12. NOME DE DOM LEFEBVRE NA LISTA DOS SIGNATÁRIOS
13. PÁG. 823 ASSINATURA DE DOM MAYER
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Domine Iesu, quem velatum nunc aspicio, Oro, fiat illud, quod tam sitio, Ut te revelata cernes facie, Visu sim beatus tuae gloriae. Amem.
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CRÍTICAS E CORREÇÕES SÃO BEM-VINDAS:
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