Artigo dedicado para amiga e irmã em Cristo Fernanda Silva.
As mulheres da era modernista possuem o índice de depressão muito alto. Desejando alcançar a realização profissional imposta de fora, continuam ansiando por um casamento feliz para vida inteira, por um lar, por filhos. Ao mesmo tempo são bombardeadas pela cultura do prazer que impõe a necessidade de variar as experiencias sexuais, de provar sua capacidade de sedução e conquista; a mulher da era modernista comprou uma ideologia que nunca a realizará como pessoa.
No fim os prejuízos continuam sendo da mulher de qualquer forma: aquelas que são mães , esposas e profissionais estão sobrecarregadas de responsabilidades; as que são apenas profissionais sentem solidão, depressão, desespero por que não tem espaço para uma vida pessoal, para se dedicar a família; as que são apenas donas de casa sofrem pressão de suas amigas profissionais que continuamente as jogam contra o marido querendo fazê-la parecer idiota por se submeter a ser sustentada por um homem.
E ainda dizem que depois do feminismo a situação da mulher melhorou ? No que a modernidade ajudou a mulher ?
A tendencia é que a modernidade desgaste ainda mais e torne ainda mais insuportável a condição feminina.
Se olharmos para aquilo que sempre foi o papel tradicional da mulher em todas as sociedades já existentes vê-se que sempre se ressaltou seu papel de mãe e esposa como sendo o principal.
A mulher pode ter profissão? Não vejo por que não, desde que sejam atividades adequadas a seu papel de Mãe e Esposa. Uma executiva por exemplo não tem tempo para isso. Naquelas que exigem 44 horas semanais, naquelas que eixigem força braçal, habilidades físicas, não!
Deveria haver carreiras só masculinas e outras só femininas e algumas mistas.
E um regime especial de trabalho para mulheres casadas.
Mas isso só seria possível em uma sociedade cristã, coisa que já não somos mais - nossos critérios até o de muitos católicos já não são mais os de Deus mas os do século.
Desde que o homem perdeu o vínculo com seu passado, já não sabe mais se orientar em relação ao seu futuro.
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O mundo moderno instável como é nunca vai realizar a mulher pois a cada momento poe sua felicidade em um lugar diferente. Que hoje consiste em ser siliconada e pegadora de homens... e mulher que não tem nádegas atraentes, seios fartos e é objeto de desejo dos homens se sente tão frustrada que divide até em 24 vezes a sua plástica. Será mesmo que a mulher de ontem era mais infeliz que a de hoje ?
Esse “somente” é um grande problema.
Na verdade, o problema são aquelas que “somente” se dedicam ao trabalho exterior, ignorando responsabilidades com a ordem interior das coisas. Somente nesse caso “somente” adquire senso mais apropriado.
Esposa e mãe é um “somente”, tal qual o cara que se realiza somente com um pós-Doutorado em Física Quântica. O problema de mulheres ocupando cargos cada vez mais altos é perverter a ordem estabelecida por Deus, deixando de lado a primazia dos compromissos assumidos no matrimônio.
Claro que a principal vocação da mulher é ser a “dona do lar” e fazer isso bem feito requer tempo e esforço. Mas muitas mulheres já provaram como exemplo de Santa Joana Mola que quando se faz necessário a mulher pode sim trabalhar para ajudar a casa a se sustentar, ainda mais se ela tiver vocação ao trabalho.
A mulher começa a errar quando decide colocar a família em segundo plano, quando ignora sua obrigação de mãe e esposa... e essa situação é mais comum nos tempos modernos, pela abertura as mulheres no espaço de trabalho.
É fato que mesmo dentro do erro existiram progressos, e podemos falar de alguns no que trata as mulheres.
A própria “delegacia da mulher” que nasceu de ideais feministas trouxe para as mulheres simples, que sofriam abusos, a possibilidade de defesa.
Se uma mulher for obrigada a trabalhar, em empregos como caixa de banco que trabalha quase meia jornada dando a possibilidade de ter um lar, deixar os filhos na escola, chegar cedo em casa e etc... é justo que receba salário equivalente ao do homem que com o mesmo cargo.
O pai, o homem é o cabeça da família - a própria escritura deixa isso claro. O homem tem primazia sobre a mulher na hierarquia familiar, a mulher deve-lhe sempre obediência, não uma obediência cega mas regulada pela Lei divina.
Creio que Deus dotou os esposos de um dom próprio tanto natural quanto sobrenatural (conferido no sacramento do matrimônio) para o sábio guiamento da esposa e filhos. É claro que o bom exercício desta função exige do homem o cultivo das virtudes naturais e sobrenaturais - nesse sentido a mulher pode e deve ser sua auxiliar.
A razão masculina deve assim ser forjada e temperada pela sensibilidade da mulher.
A mulher sai de casa para trabalhar pelo mesmo amor à família que o homem! O que se precisa ter em mente é que ela não deve colocar o trabalho acima dos deveres familiares. Deve exercer seu papel de mulher integralmente! Muitos tradicionalistas que sob pretexto da “submissão” ensinada por São Paulo e sob pretexto de vocação maternal caem numa espécie de misoginia.
“Corruptio optimus pessima est”, existem anjos e demônios, tanto entre homens e mulheres, e a grande maioria de indecisos. Não se pode generalizar. Se a menina não estuda e não se prepara para uma profissão, acaba vendo o homem como uma tábua de salvação, e isto é péssimo para os dois. As mulheres cristãs modernas exemplares como Madre Teresa de Calcutá, a médica Gianna Beretta Molla, a filósofa Edith Stein, a jovem Maria Goretti e outra mulher moderna, ainda que do século XVI: Santa Teresa de Ávila estiveram em sintonia e até a frente do seu tempo, não foram amélias nem mulheres de Atenas. Foram cristãs, como Maria, como Madalena. Ninguém está justificando o erro modernista nem canonizando seus frutos como as mães solteiras e o sexo extra-conjugal, que é pecado para ambos os sexos. Quanto aos homens que se tornam pais sem serem os pais biológicos, podem estar fazendo o que fez São José, ou sendo otários. Por isso é preciso rezar, pedir o discernimento, e fazer o que o coração pede, com a orientação de Deus.
Viva as verdadeiras mulheres, guerreiras que trabalham para ajudar o marido e ainda conseguem cuidar da casa e dos filhos com todo amor de mãe!
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Palavras do Venerável Pio XII:
“O dever da mulher aparece nitidamente traçado pelos lineamentos, pelas atitudes, pelas faculdades peculiares ao seu sexo; Colabora com o homem, mas no modo que lhe é próprio, segundo sua natural tendência; Ora o ofício da mulher, sua maneira, sua inclinação inata, é a maternidade. Toda mulher é destinada para ser mãe; mãe no sentido físico da palavra, ou em um significado mais espiritual e elevado; De modo que a mulher, verdadeiramente tal, não pode de outro modo ver nem compreender a fundo todos os problemas da vida humana, senão com relação à família. Alguns sistemas totalitários colocam diante de seus olhos magníficas promessas; igualdade de direitos com os homens, proteção das gestantes e das pasturientes, cozinha e outros serviços comuns que a libertarão do peso das obrigações domésticas, jardins públicos para a infância e outros institutos, mantidos e administrados pelo Estado e pelos próprios filhos, escolas gratuitas, assistência em caso de doenças.A igualdade de direitos com o homem, trazendo o abandono da casa onde ela era Rainha, sujeita a mulher ao mesmo peso e tempo de trabalho. Desprestigiou-se a sua verdadeira dignidade e o sólido fundamento de todos seus direitos, quer dizer, o caráter próprio de seu ser feminil e a íntima coordenação dos dois sexos; perdeu-se a vista o fim desejado pelo Criador para o bem da sociedade humana e sobretudo pela família. Nas concessões feitas à mulher, é fácil de perceber, mais que o respeito de sua dignidade e de sua missão, a mira de promover a potência econômica e militar do Estado totalitário, do qual tudo deve inexoralmente ser subordinado.
Eis a mulher que, para aumentar o salário do marido, vai ela também trabalhar na fábrica, deixando durante sua ausência a casa no abandono, e esta, talvez já suja e pequena, torna-se também mais miserável pela falta de cuidado; os membros da família trabalham cada um separadamente, nos quatro ângulos da cidade e em horas diversas: quase nunca se encontram juntos, nem para o jantar, nem para o repouso depois das fadigas do dia, ainda menos para as orações em comum. Que permanece da vida da família? e quais os atrativos que podem ser oferecidos aos filhos?A estas penosas conseqüências da falta da mulher e da mãe no lar, ajunta-se outra ainda mais deplorável: ela diz respeito à educação, sobretudo da jovem e sua preparação para a vida real. Habituada a ver a mãe sempre fora de casa e a própria casa tão triste no seu abandono, ela será incapaz de encontrar aí qualquer fascínio, não provará o mínimo gosto pelas austeras ocupações domésticas, não saberá compreender a nobreza e a beleza das mesmas, nem desejará um dia dedicar-se a isso, como esposa e mãe.”
Pio XII e os problemas modernos - Parte do discurso de Pio XII à juventude Feminina de Ação católica, 24 de abril, 1943
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